10 tendências que vão impulsionar a Edge Computing

10 tendências que vão impulsionar a Edge Computing

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Com processamento na ponta, Edge Computing permite uma tomada de decisão mais ágil. Confira 10 tendências que devem popularizar a tecnologia.



Por Redação em 21/10/2020

Com processamento na ponta, Edge Computing permite uma tomada de decisão mais ágil. Confira 10 tendências que devem popularizar a tecnologia.

Quando o assunto é computação em nuvem, é comum muita gente pensar que a tecnologia possui um modelo distribuído. Na verdade, todo o processamento de dados acontece em um servidor central, o que pode gerar sobrecarga e atraso na execução de comandos.

Por isso, muitas empresas estão de olho na Edge Computing ou Computação de Borda. Um levantamento da Grand View Research mostra que este mercado deve ter uma taxa de crescimento anual composta de 37,4% até 2027, atingindo o valor de US$ 43,4 bilhões até lá.

Mas, por que a computação de borda pode ser tornar ainda mais relevante?

Porque empresas e clientes têm utilizado mais dispositivos inteligentes com poder de processamento e de armazenamento. Assim, há uma economia nos recursos e na conectividade de um ambiente em nuvem, já que os dados chegarão mais interpretáveis em um dashboard.

Essa agilidade é prática uma vez que os dispositivos não vão enviar os dados para a nuvem para serem processados, nem vão esperar a nuvem enviá-los de volta. Essa baixa latência é essencial para a tomada de decisão.

Um exemplo é um e-commerce durante a Black Friday. Se um consumidor usa o aplicativo mobile de um varejista, toda a decisão dele de colocar um produto no carrinho e finalizar a compra é processada no próprio smartphone.

No entanto, caso ele desista do produto, o varejista poderá, em tempo real, disponibilizar um desconto para que o cliente volte e finalize a compra. Por sinal, entenda neste artigo do Mundo + Tech como a Edge Computing pode fornecer melhores insights durante a Black Friday.

Com base em todo esse panorama, confira 10 tendências, apontadas pelo site InformationWeek, que vão impulsionar a computação de borda nas empresas.

1. Internet das Coisas (IoT)

Não há como negar que Edge Computing e Internet das Coisas (IoT) andam juntas. Hoje em dia, é comum que (quase) tudo tenha uma conexão com a Internet. Estamos falando de eletrodomésticos, relógios, veículos, brinquedos infantis e roupas, por exemplo.

E no espaço industrial, sensores e equipamentos conectados à Internet tornaram-se a norma. Vale destacar que todas essas coisas geram muitos dados. A IDC prevê que a IoT irá gerar cerca de 79,4 zetabytes (ZB) de dados até 2025.

Transmitir tantos dados sobrecarrega as redes e pode ser caro. Dar aos dispositivos IoT a capacidade de fazer algum processamento na extremidade da rede diminui a quantidade de dados que eles precisam transmitir e reduz custos, liberando largura de banda para outras coisas.

Quer saber mais do assunto? Confira como a convergência de IoT e computação em borda pode transformar os negócios neste blog post.

2. COVID-19

Como o próprio InformationWeek publicou, pode parecer estranho listar uma pandemia mundial como uma “tendência”, mas o fato é que o “grande evento” de 2020 definitivamente acelerou a utilização da computação de borda.

Basta observar a quantidade de pessoas usando notebooks e smartphones durante o trabalho remoto. Todos esses dispositivos estão conectados à internet e possuem poder computacional – processam e armazenam dados. Logo, são um tipo de computação de borda.

Mesmo que as empresas retomem o trabalho presencial, outras devem manter sua força de trabalho remota ou em um modelo híbrido. Assim, a Edge Computing continuará tendo um papel essencial nesses locais.

3. Transformação Digital

Embora o conceito sobre transformação digital signifique coisas diferentes dependendo da organização, em geral, envolve mudar os processos, as operações e a cultura de uma empresa para focar nas formas digitais de fazer negócios.

Para muitas organizações, a transformação digital significou adotar a Internet das Coisas Industrial (IIoT), fábricas inteligentes, tecnologias de comércio eletrônico e de mobilidade. Tudo isso aumentou a dependência das empresas pela computação de borda.

4. 5G

Quando finalmente se popularizar, o 5G poderá transmitir dados 10 vezes mais rápido do que a tecnologia 4G. No entanto, obstáculos tecnológicos e regulatórios atrasaram repetidamente sua implementação.

Assim, muitas empresas usam a computação de borda para reduzir a quantidade de dados que precisam ser transmitidos nas redes 4G. A tendência com 5G é que o fluxo de dados continue aumentando, daí a necessidade da Edge Computing para preencher potenciais silos.

5. Analytics e Inteligência Artificial

A empresas já perceberam que a Inteligência Artificial, combinada com Analytics, pode fornecer insights que vão transformar os negócios. Logo no “descobrimento” dessas tecnologias, a tendência era usar os dados de negócio em ferramentas analíticas.

No entanto, ao ganhar maturidade, as companhias passaram a aplicar a análise em dados operacionais e na ponta. Por exemplo, saber quando uma máquina possivelmente vai quebrar e, com isso, agendar uma manutenção preventiva.

6. Gêmeo digital

Um gêmeo digital é uma representação computadorizada de algo que existe no mundo real. Um protótipo de desenvolvimento de produto é um gêmeo digital. O mesmo ocorre com os modelos meteorológicos e os ambientes de realidade virtual baseados no mundo real.

Saiba mais sobre o conceito de gêmeo digital clicando aqui.

Atualmente, muitas indústrias possuem gêmeos digitais para refletir o status de suas operações. Por exemplo, um fabricante pode ter uma virtualização de cada equipamento em seu chão de fábrica, de modo que possa monitorar todas as linhas de produção.

Porém, com milhares de sensores transmitindo dados para atualizar o gêmeo digital, isso requer muita largura de banda. Nessas horas, a computação de borda vai realizar o processamento no local para que um subconjunto menor de dados chegue ao equipamento virtual.

7. Realidade virtual e realidade aumentada

Realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA) geralmente criam ambientes imersivos e altamente realistas para os usuários. No entanto, é preciso uma grande quantidade de poder de processamento para computar os gráficos que sustentarão esses ambientes.

Embora seja possível fazer esse processamento na nuvem, a latência causada pela transmissão de dados resulta em um atraso que torna o ambiente de RV e RA menos real. Com isso, essas tecnologias quase sempre dependem de dispositivos com recursos de computação de borda.

8. Regulações de privacidade

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) diz respeito a coleta, armazenamento e análise dos dados dos cidadãos. Para estar em conformidade, as organizações têm apostado em duas tecnologias:

  • Computação em nuvem distribuída: em que os dados vão ser armazenados em servidores espalhados em diversos países, mas fazem parte de uma nuvem central.
  • Edge Computing: os dados são armazenados nos dispositivos dos usuários. Então, em caso de invasão de um smartphone, apenas os dados desse dispositivo podem ser acessados. Entenda mais sobre isso aqui.

Em resumo, ao armazenar e processar dados na extremidade da rede, as organizações podem seguir as leis relevantes enquanto fazem negócios globalmente.

9. Cidades inteligentes e coisas autônomas

Veículos autônomos, cidades inteligentes e robôs já estão entre nós. Não tanto quanto nos filmes de ficção científica, mas parcerias entre governos, entidades acadêmicas e empresas privadas têm intensificado essa realidade em alguns municípios.

À medida que essas coisas se tornam mais comuns, o mesmo ocorre com a quantidade de processamento e armazenamento de dados gerenciados na borda.

Até porque, a transferência de dados para a nuvem e vice-versa simplesmente leva muito tempo para a maioria dessas coisas conectadas. Por exemplo, um carro autônomo precisa de uma resposta rápida para evitar uma colisão durante um trajeto.

10. Desastres naturais

Não há como prever incêndios, inundações, furacões e outros desastres naturais. Com a pandemia global do novo coronavírus, ficou claro que as empresas precisam ter planos em vigor para lidar com esses tipos de catástrofes.

Os profissionais de planejamento de desastres há muito aconselham as organizações a armazenar dados em mais de um local. Assim, manter dados na borda e em um ambiente de nuvem pode ser uma estratégia válida para um plano de continuidade de negócios (BCP, na sigla em inglês).

Principais destaques desta matéria

  • Mercado de Edge Computing deve valer mais de US$ 47 bilhões até 2027.
  • Processar e armazenar dados na borda gera economia de recursos da computação em nuvem.
  • Confira 10 tendências que vão impulsionar a adoção da computação em borda nas empresas.

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