Bruno Bragazza, da Bosch, fala sobre os aprendizados que empresas podem ter com startups na Amcham Talks 2019

3 perguntas sobre aprendizados com startups para Bruno Bragazza, da Bosch

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A Bosch tem uma grande meta para os próximos anos: a empresa quer ser líder global do mercado de Internet das Coisas. Para atingir este objetivo, a empresa começou a investir em startups com o intuito de, em 2020, lançar todas as suas soluções elétricas com acesso à internet. Em conversa exclusiva ao Mundo + Tech, Bruno Bragazza, gerente de inovação da Bosch, comentou como a empresa evoluiu após criar estratégias a partir de aprendizado com startups.



Por Redação em 15/04/2019

A Bosch tem uma grande meta para os próximos anos: a empresa quer ser líder global do mercado de Internet das Coisas. Para atingir este objetivo, a empresa começou a investir em startups com o intuito de, em 2020, lançar todas as suas soluções elétricas com acesso à internet. Em conversa exclusiva ao Mundo + Tech, Bruno Bragazza, gerente de inovação da Bosch, comentou como a empresa evoluiu após criar estratégias a partir de aprendizado com startups.

Mundo + Tech: O que a Bosch aprendeu desde que começou a se relacionar com startups?
Bruno Bragazza:
Foram vários aprendizados. Acho que o primeiro foi identificar talentos internos. Com essas ações de “intraempreendedorismo” que criamos, descobrimos colaboradores ótimos com ideias boas, propósitos bons e com vontade de fazer as coisas acontecerem, o que levou a criação de startups dentro da nossa empresa. Conseguimos entender como é esse mundo de exploração de novos negócios. É muito diferente do tradicional P&D (área de pesquisa e desenvolvimento) que a empresa faz e isso impacta da liderança ao colaborador que faz parte do time da startup.

Outro ponto é que são mundos diferentes, situações bem diferentes e que, em um momento, vão se juntar. Algumas ideias vão passar da exploração para virar uma excelência operacional. E identificar essa diferença foi um aprendizado grande para a Bosch porque os novos negócios desenvolvidos pelas startups permitiram gerar uma quantidade enorme de novos contatos – seja de fornecedor, universidade, institutos de pesquisas. São potenciais clientes que a gente não tinha e começamos a criar um CRM (Customer Relationship Management) de uma maneira jamais imaginada porque cada startup na Bosch precisa fazer 100 entrevistas com potenciais clientes para validar os negócios e ter uma noção se ela pode ser escalável.

M+T: Você acredita que toda empresa deve ter um olhar para startups? É um caminho sem volta?
BB:
É um caminho sem volta. A empresa precisa lidar com essa ambidestria – enxergar o melhor desses dois mundos. Nesse mundo da exploração de novos negócios, a empresa pode fazer como a Bosch faz, explorando bastante as startups criadas internamente pelos colaboradores, mas obviamente que é preciso olhar para as startups lá fora. É importante identificá-las para fechar parcerias e fazer os investimentos que achar necessário.

M+T: A Bosch começou a investir em startups e também na própria solução de nuvem. Por quê?
BB:
Principalmente por questão de segurança. Tínhamos parceria com grandes players do mercado, mas como enxergamos a transparência dos dados, autorização de uso dos dados e de cuidados com a segurança dos dados foi preciso desenvolver nossa própria solução de nuvem. Com os parceiros, vimos que não conseguiríamos impor o que achávamos ser importante na questão da segurança de dados. Esse foi o principal motivador para a Bosch criar a própria cloud.

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Foto: Matheus Campos/Amcham Brasil


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