A nuvem apresenta diversas vantagens para quem a adota, como redução de custos, facilidade de crescimento da infraestrutura (chamada de escalabilidade) e armazenamento ilimitado. E isso explica porque cada vez mais organizações migram para a infraestrutura em nuvem (IaaS). Somente no ano passado, segundo o Gartner, os investimentos em IaaS cresceram 41% na comparação com 2020, chegando à cifra global de US$ 64,3 bilhões.
Contudo, os benefícios da migração para a cloud precisam ser suportados por procedimentos e parceiros confiáveis, motivo pelo qual o Próximo Nível lista, a seguir, os cinco principais erros na migração para cloud. Confira.
1. Falta de planejamento
Não ter um planejamento do processo de migração de dados é o primeiro erro de uma corporação na hora de migrar para a nuvem. É preciso saber o que vai ser enviado para ela e de que forma isso será feito, evitando a perda de informações importantes para a organização, como dados de serviços, produtos, clientes e colaboradores. Nesse aspecto, portanto, a recomendação é que se faça uma análise cuidadosa de tudo que será migrado, antes de iniciar o processo.
Na análise, é preciso pensar nos custos envolvidos, inclusive decidindo o destinamento aos sistemas legados, que podem ou não ser mantidos com o fornecimento de acesso para leitura ou backup por algum período.
Também é preciso destacar quem serão os responsáveis por cada etapa do processo, assim como por cada tarefa relacionada à operação em nuvem, como segurança, backups e medidas de continuidade do negócio.
2. Negligenciar a segurança
A cibersegurança jamais pode ser deixada de lado em um procedimento de migração para a cloud. Os gestores da área precisam estabelecer as diversas formas de proteger os dados durante e depois da migração. Depois, aliás, é necessário estabelecer uma estratégia de vigilância, pois, por mais que os provedores de nuvem tenham medidas eficazes de segurança, nada impede que uma credencial de acesso vaze e ponha todo o projeto a perder.
Assim como nos ambientes on primese, é preciso estabelecer políticas de segurança e de identidade no acesso ao servidor em cloud. Estabeleça também as camadas adicionais de segurança, para evitar outros tipos de incidentes cibernéticos.
3. Não fazer backup
Complementando a questão da segurança, ter um plano de backup garante que haja uma saída, caso algo dê errado na migração. Se os dados forem corrompidos de alguma forma, é mais fácil recuperar a partir de cópias de segurança do que tentar repará-los depois.
Por isso, é recomendável fazer um plano para realizar cópias de segurança antes da migração para a cloud. Inclusive, elas podem servir de backup posteriormente, mesmo quando tudo já estiver rodando perfeitamente na nuvem.
4. Acreditar que fornecedores de cloud são todos iguais
Não se deve pensar que todo fornecedor de nuvem é igual. Afinal, cada um tem as suas capacidades de infraestrutura, de gestão e atendimento. Por isso, é recomendável que a organização que deseja migrar para cloud estabeleça as vantagens e desvantagens de cada um antes de fazer a escolha. Também é indicado que pense no modelo: se será uma nuvem privada, pública ou mesmo híbrida. Os serviços – desde o que é oferecido em questão de aplicações até a forma que são cobrados – também devem pesar na balança.
É preciso ainda ficar de olho no desempenho que o provedor oferece e se ele é capaz de cumprir o nível de acordo de serviço (SLA) contratado.
Por fim, verifique a distância geográfica do data center em que a nuvem estará instalada, tendo em vista que a latência tende a aumentar de acordo com a distância.
5. Não ter uma equipe capacitada
Depois de vencer o desafio de migrar para a nuvem, será preciso manter a operação com eficiência, e isso exigirá uma equipe capacitada para lidar com a administração do ambiente. Atualmente, a vantagem é que se pode investir em parcerias para realizar o serviço.
Além de trazer mais segurança para o processo, um pessoal ou parceiro capacitado vai garantir que o uso da nuvem seja bem dimensionado, evitando gastos desnecessários com contratações extras de armazenamento, por exemplo.