A importância da computação em nuvem para a transformação digital das PMEs

A importância da computação em nuvem para a transformação digital das PMEs

3 minutos de leitura

Redução de custos e acesso a um portfólio completo de serviços de TI são as principais vantagens da solução digital.



Por Redação em 29/03/2019

Principais destaques:
– Até 2020, empresas sem computação em nuvem serão raras, segundo a Gartner;
– Pequenas e Médias Empresas crescem 10% ao ano e são responsáveis por 30% dos empregos diretos no Brasil;
– Adoção de cloud reduz custos e dá acesso a portfólio completo de serviços de TI;
– Acesso remoto e escalabilidade são os principais benefícios da nuvem para PMEs.

O uso de novas tecnologias é indispensável para as organizações aumentarem a produtividade de suas operações e manterem a competitividade no mercado. Para as pequenas e médias empresas, a transformação digital pode ser um caminho cheio de barreiras, já que nem todas contam com um setor de TI ou um orçamento para o investimento. Mas a adoção da computação em nuvem (cloud computing) pode ser o passo inicial para esse processo.

Até 2020, empresas que não utilizam cloud estarão fadadas a sumir, segundo um estudo da Gartner. Em um setor que cresce 10% ao ano e é responsável por 30% dos empregos diretos no Brasil, as PMEs podem, com esta tecnologia, prestar serviços de forma mais rápida e ágil, reduzindo também os custos de manutenção e operação.

“Com o cloud computing, a empresa consegue expandir os recursos tecnológicos de acordo com as suas necessidades e sempre alinhados ao crescimento e novas demandas”, reforça Luciano Carino, diretor da área comercial PME da Claro/Embratel. Em entrevista ao Mundo + Tech, ele aborda as vantagens da adoção da computação em nuvem para empresas desse porte. Confira:

Mundo + Tech: Por que uma pequena e média empresa deve investir em cloud computing?
Luciano Carino: A computação em nuvem garante acesso a um portfólio completo e inovador de serviços de TI. A tendência é que mais poder computacional seja disponibilizado por provedores IaaS e PaaS* em nuvem em comparação às tecnologias tradicionais dos data centers corporativos. Trata-se de uma transformação representativa, uma vez que o mercado de IaaS apresenta crescimento de 40% ao ano desde 2011 e a previsão é de que o mesmo continue crescendo mais de 20% por ano nos próximos anos.

Nota da Redação: IaaS é a sigla para infraestructure as a service (infraestrutura como serviço), um dos modelos de serviço de computação em nuvem. Aqui o cliente aluga a infraestrutura de TI de um provedor externo e paga conforme o uso. O PaaS —sigla para plataform as a service ou plataforma como serviço — é um outro modelo. É indicado para quem precisa desenvolver ou testar uma aplicação sem ter de se preocupar com a infraestrutura.

M+T: Podemos dizer que é o pontapé inicial para a transformação digital delas?
LC: Sim. De qualquer forma, o principal motivador para as PMEs adotarem a cloud computing é a redução de custos. Contratar um serviço na nuvem é muito mais barato que montar e manter um data center, uma vez que a estrutura envolveria gastos com energia elétrica, contratação de mão de obra própria especializada para diversas áreas, além da manutenção do sistema e dos custos de rede e licenciamento de software. Enquanto isso, ao adotar a cloud computing as a service, toda essa equação é reduzida a um valor fixo mensal de serviços.

“Principal motivador para PMEs adotarem a computação em nuvem é a redução de custo”

M+T: Quais benefícios e/ou retorno a empresa pode esperar com esse investimento em cloud?
LC: A computação em nuvem é também um “alavancador” do trabalho remoto, possibilitando aos colaboradores acesso a qualquer dado da empresa, em qualquer hora e qualquer lugar com garantia de segurança, privacidade e confidencialidade. Esta tecnologia já é uma das principais responsáveis pelo aumento do uso do trabalho corporativo na modalidade home office.

Outro diferencial é a escalabilidade. Ela possibilita a expansão dos recursos tecnológicos de acordo com as necessidades especificas da empresa, em perfeita sintonia com o crescimento e demanda da empresa. A disponibilização dos upgrades é muita rápida, sem necessidade de grandes investimentos em softwares, equipamentos e alocação de especialistas.

M+T: Como você avalia o cenário de PMEs nos próximos anos? A adoção de cloud computing vai ser algo obrigatório?
LC: O mercado das PMEs cresce consistentemente 10% ao ano sendo responsável por cerca de 30% dos empregos diretos no Brasil. A onda do cloud computing veio para ficar pois permite uma prestação de serviços muito mais rápida e ágil do que a computação tradicional. Seja por redução de custos ou por atualização e manutenção do parque e recursos tecnológicos. Certamente a nuvem será a melhor opção de suporte ao negócio dos clientes. A obrigatoriedade deverá ocorrer por conta da pressão por redução das atividades não primárias do negócio que na maioria dos casos incluem a contratação do suporte, aplicações e ambiente de TI no mercado.

“Certamente a nuvem será a melhor opção de suporte ao negócio dos clientes”

M+T: E por que algumas empresas não olham para a computação em nuvem como fator de crescimento?
LC: O estágio de maturação, dependência e vivência dos recursos e sistemas de TI e consequente infraestrutura (incluindo o cloud computing) varia muito de empresa para empresa, setor para setor, etc. A agregação de valor de um novo serviço depende não somente das tecnologias utilizadas, mas também dos processos internos e de implantação para o sucesso da migração. Cabe ressaltar que, em última análise, a adesão a qualquer inovação tecnológica sempre deve estar atrelada a realidade do mercado e oportunidades de crescimento do negócio.



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