A multa bilionária que o Facebook terá de pagar e outros destaques

A multa bilionária que o Facebook terá de pagar e outros destaques

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Confira o resumo de seis notícias que foram destaques em tecnologia e inovação na última semana.



Por Redação em 15/07/2019

Facebook é multado em US$ 5 bilhões por uso indevido de dados pessoais

A multa foi aplicada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, sigla em inglês), como mostra essa matéria da Folha de S.Paulo. Até então, é a maior envolvendo a FTC, órgão norte-americano de defesa do consumidor, e uma empresa de tecnologia. O motivo seria o repasse de dados pessoais de milhões de usuários do Facebook à Cambridge Analytic, empresa que atuou na campanha de Donald Trump em 2016. A FTC deu início a uma investigação em 2018 para entender se a rede social violou o decreto de consentimento acordado com a agência em 2012. Naquele ano, o Facebook garantiu que iria proteger melhor a privacidade dos usuários. Agora, a decisão da FTC segue para revisão da divisão civil do Departamento de Justiça do país, mas nenhuma alteração deve ser feita na decisão da agência.

Amazon vai preparar funcionários para um futuro dominado por máquinas inteligentes

Novas tecnologias entram cada vez mais nas empresas e, até 2030, irão substituir 20 milhões de empregos. Se a tendência é que, até 2026, 54% das atividades sejam executadas por máquinas, a Amazon começa a preparar seus colaboradores para este cenário. A empresa anunciou que vai investir US$ 700 milhões (R$ 2.6 bilhões) nos próximos seis anos e treinar diversas pessoas em automação, Machine Learning e outras tecnologias. A expectativa é de “retreinar” 100 mil trabalhadores e investir US$ 7 mil (R$ 2.6 mil) em cada. Para se ter uma ideia, a média de gasto em aprimoramento profissional é de US$ 500 (R$ 1.8 mil) por pessoa em empresas de até 10 mil contratados, segundo levantamento de 2017 da associação sem fins lucrativos Association For Talent Development.

No Rio de Janeiro, mulher é presa por engano após erro de reconhecimento facial

Uma moradora do bairro de Copacabana (Rio de Janeiro) foi detida por engano pela polícia local após câmeras de segurança com reconhecimento facial confundi-la com uma foragida da justiça. O sistema do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) utiliza Inteligência Artificial e confundiu a mulher com outra, condenada de espancar um homem até a morte. A moradora foi encaminhada até a delegacia e foi liberada após a polícia constatar a falha no sistema. O uso de tecnologia na segurança pública não é recente – foi utilizada no Carnaval de vários estados e, na semana passada, São Paulo anunciou um edital para instalar um sistema de reconhecimento facial no Metrô. A aplicação ética dessas tecnologias gera (e ainda deve gerar) muita discussão. Enquanto a China utiliza IA para reprimir minorias étnicas, cidades nos Estados Unidos têm banido o uso de reconhecimento facial pela polícia e agências públicas.

Ruptura digital fará investimento em tecnologia crescer

A conclusão é do estudo Harvey Nash/KPMG CIO Survey 2019, divulgado pela KPGM. A pesquisa mostra que 44% das organizações entrevistadas esperam investir em tecnologia para mudar modelo de produtos e serviços nos próximos três anos e se aproximar do consumidor. Segundo a consultoria, a maior parte das organizações aumentou em 55% os investimentos em tecnologias em 2019, maior nível desde 2010. As tecnologias emergentes — como Inteligência Artificial e Cloud — são as mais aplicadas. O comportamento das empresas também mudou. Por exemplo: o Conselho Administrativo e os CEO priorizam mais a criação de valor do que a eficiência e houve um aumento no nível de confiança quanto aos incidentes cibernéticos, que permaneceram estáveis, na opinião dos entrevistados. Mais insights da pesquisa estão disponíveis no site da KPMG.

Falando em incidentes, ataques ransomware devem custar US$ 20 bilhões até 2021

Os dados do 2018 Cyber Incident & Breach Trends Report da Aliança para a Confiança Online da Sociedade Internet mostram ainda que 95% das brechas de segurança poderiam ser evitadas. Um destaque do relatório é que o número de ataques ransomware, que custaram US$ 8 bilhões (R$ 30 bilhões) caiu 20% em relação a 2017, mas as perdas financeiras aumentaram 60%. A expectativa é que, em 2021, este tipo de investida gere um custo de US$ 20 bilhões (R$ 75 milhões). Ainda segundo o relatório, o setor de governo é o menos disposto a pagar por resgastes que corporações de outras áreas.

Chatbots refletem a identidade da sua empresa para os seus clientes?

O questionamento é de Robin Austin em artigo assinado no site CIO. O autor cita a redução de US$ 1 trilhão em custos no setor bancário com Inteligência Artificial e Machine Learning até 2030, mas que essas tecnologias ainda não conseguem garantir funções personalizadas e mais humanizadas de atendimento ao cliente. Parte disso é que, para os consumidores, interagir com chatbots significa mais uma etapa de atendimento sem resultado, que vai levá-los a perder tempo antes de serem atendidos por seres humanos. Apesar deste cenário, Justin cita uma pesquisa da Forester em que 95% dos profissionais afirmam a importância de chatbots para acessar o histórico do cliente por meio de interações ao vivo.


Gestão de dados é determinante para eliminar gargalos dos call centers

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