As redes de tecnologia 5G devem acrescentar mais um fator ao mercado de distribuição de energia, com a movimentação do bilionário negócio de aluguel de postes. Segundo o site Energia Hoje, embora o 5G seja uma tecnologia de telefonia móvel – e, portanto, sem fio – o escoamento do volume de dados vai exigir grande capacidade e a fibra óptica é mandatória.
Mais do que isso, a ampliação dessa rede no Brasil é liderada pelos provedores regionais de telecomunicações, um universo de pelo menos 10 mil empresas (oficialmente homologadas pela Anatel), que respondem pela metade da banda larga ativada no país. E a expansão dessa infraestrutura acontece por meio dos postes.
O site cita um estudo do Banco BTG Pactual, o qual estima que a locação dos postes para as operadoras regionais chegue a 12,9 bilhões anuais. Porém, as concessionárias de energia não ficam com esse valor integral — elas receberiam cerca de 40% do total, sendo a maior parte destinada à modicidade tarifária. A discussão é complexa, pois a divisão pode ser diferente, com 70% para cobertura dos custos das distribuidoras e 30% carreados para a modicidade tarifária.
De qualquer forma, o valor seria alto para as empresas de telecomunicações, segundo Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática. Ela defende o consenso na negociação envolvendo os segmentos de telecomunicações e energia.