Agile mais que um método, uma forma de pensar e agir

Agile: mais que um método, uma forma de pensar e agir

3 minutos de leitura

A colunista Cristina De Luca debate sobre o agile, metodologia ágil que organizações têm abraçado cada vez mais.



Por Redação em 20/02/2020

A necessidade de redesenhar os negócios para adequá-los às demandas de um mundo cada vez mais digital tem levado muitas organizações a abraçar as chamadas metodologias ágeis.

A medida que as organizações adotam mudanças e as executam com propósito, elas não apenas coordenam suas pessoas em direção a uma intenção estratégica – elas também precisam sentir rapidamente, aprender e responder quando as condições de negócios mudam.

O que os tomadores de decisão precisam perceber, porém, é que a agilidade como filosofia não é uma bala de prata capaz de resolver a lentidão na oferta de novos produtos e serviços.

Agilidade é a capacidade de responder de maneira mais eficaz e eficiente às necessidades do cliente, priorizando os produtos e recursos que fornecem uma melhor experiência. O que, por sua vez, gera maior valor.

Proporcionar uma boa experiência passou a ser prioridade para uma série de negócios, simplesmente porque é a boa experiência que fideliza o cliente, em um mundo onde o conceito de relacionamento é ainda mais fluido.

A 13º edição do Relatório State of Agile, publicada em maio de 2019, já apontava, pelo segundo ano seguido, a satisfação do cliente como a principal medida para o sucesso de iniciativas ágeis (52%) e o sucesso de projetos ágeis individuais (46%).

O World Quality Report 2019-20, da Capgemini, de outubro do ano passado, vai pelo mesmo caminho. Os resultados mostram o alinhamento entre as prioridades dos negócios e as expectativas dos clientes como o principal desafio para a adoção do Agile e do DevOps.

Nesse contexto, capitalizar todo o potencial das metodologias ágeis passa por alguns pontos cruciais. O principal deles é a adoção de uma abordagem mais ágil em toda a cadeia de valor, desafiando a liderança para permitir melhores maneiras de trabalhar em todas as áreas. E, o mais importante, solidificando o cliente como o “fio de ouro” em todas as atividades para obter agilidade nos negócios.

Outro ponto crucial é ter um ambiente controlado para poder construir, testar, falhar, corrigir e lançar rápido. A chave das metodologias ágeis é fazer isso em curtos espaços de tempo para, em seguida, promover ajustes incrementais com base no feedback dos clientes.

Os ambientes de nuvem de hoje oferecem interfaces de usuário que simplificam o trabalho dos squads, possibilitando que novas soluções sejam experimentadas rapidamente e passem por possíveis adequações de maneira eficiente, de modo a levar as empresas ao sucesso, mesmo considerando que a experiência do cliente envolve, necessariamente, questões como design, usabilidade, arquitetura da informação, etc.

Além disso, para garantir que todas as equipes ágeis trabalhem tendo em mente os mesmos objetivos, a equipe executiva deve comunicar a missão de forma consistente. A comunicação está no coração do ágil – portanto, dominá-la também é uma questão chave do sucesso. Quanto mais complexo e rápido o ambiente externo, mais importante será alinhar as equipes ágeis em um objetivo ou missão abrangente e estável.

Em squads eficazes, é possível notar “um certo fluxo na maneira como os membros da equipe interagem e um claro direcionamento em suas ações”, diz Rik Pennartz, expert em Agile Coach e DevOps na Capgemini.

“A comunicação é fluente e há discussões construtivas. Os membros da equipe sentem a responsabilidade por seus objetivos e tomam ações proativas para alcançá-los. Eles definem seu próprio caminho e sua própria maneira de trabalhar e obtêm um certo nível de autonomia”, continua Rik, lembrando que, para permitir essa cultura específica de equipe, a gerência precisa adotar um certo estilo de liderança, chamado liderança transformacional.

Muitas das características de um líder transformacional refletem os novos tempos que vivemos: eles devem estimular suas equipes, serem francos sobre as decisões que tomam, ouvirem mais, não terem todas as repostas, estarem dispostos a assumir riscos e perdoar falhas… Em outra palavras, o líder transformacional deve agir para proteger sua organização de um futuro disruptivo e torná-la mais eficiente, preservando sua cultura e mantendo o engajamento dos funcionários.

Por fim, organizações ágeis aprendem continuamente e são melhores amanhã do que eram ontem. Porque Agile não é algo no qual a organização se torna; é uma mentalidade que a organização aprimora, explicada em detalhes no Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software e nos 12 Princípios por trás do Manifesto Ágil.

Em que ponto a sua organização está em sua jornada Agile?



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