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Amy Webb no SXSW: saiba o que prevê a futurista

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Os avanços dos dados devem fazer com que a internet passe a nos procurar, ao invés de nós procurarmos coisas nela



Por Redação em 20/03/2023

Um dos grandes e mais esperados momentos do South by Southwest (SXSW), que acontece todos os anos em Austin, nos Estados Unidos, foi a apresentação da futurista Amy Webb. E não poderia ser diferente: inteligência artificial continua sendo o assunto do momento, com destaque para o ChatGPT.

De acordo com o portal Metropolis, as previsões de Webb nunca foram tão alarmantes quanto agora. “Estamos à beira de uma mudança radical e profunda, com impacto direto nos rumos da humanidade”, apontou.

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Amy Webb (Foto: Reprodução/ Facebook SXSW)

Apesar da palavra da futurista ter amplo significado, Webb contou que seu trabalho é totalmente fundamentado em dados, e deixou claro: “não tem jeito de prever o futuro. Meu trabalho é preparação. Basicamente, o que eu faço é usar dados e evidências para descobrir quais são os sinais, e aí criar modelos”. 

A palavra do momento é foco

Para Amy Webb, a palavra de 2023 é foco. “A atenção é sempre única. Pense na busca. A versão 1 da busca era de hiperlinks azulados. A versão 2 tinha imagens e vídeos. Já versão 3 será algo completamente diferente, como um fluxo de informação contínua, bem próximo da conversação humana”, apontou.

Em outras palavras, é preciso entender o comportamento de consumo das pessoas. Em um primeiro momento, isso otimiza processos. O dado que se pode tirar sobre esse comportamento se torna valioso. Basicamente, não importa a série que se assiste no streaming, mas sim quanto tempo um usuário fica assistindo, qual a tela, com quem, que tipo de conteúdo consome, etc. 

A primeira provocação de Webb apresentada em Austin foi: “E se a internet estiver se transformando em algo diferente? E se nós não estivermos vendo o futuro? Em vez de você buscar na internet, a internet é que vai buscar em você?”.

A inteligência artificial

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Quando se trata de inteligência artificial, o ChatGPT novamente vira o centro das atenções. Ele é um gerador de conversas capaz de reconhecer, traduzir e gerar não só texto, mas outras formas de conteúdo, oriundos de bancos de dados massivos. Vale ressaltar que o “T” do ChatGPT vem da palavra transformer (transformador). Ainda assim, o ChatGPT é bastante criticado. Uma busca na aplicação custa cerca de sete vezes mais do que uma busca no Google, em termos de estrutura.

Webb ainda apontou um gargalo no quesito inteligência artificial. Segundo ela, o dado está impedindo o mundo de construir IAs mais poderosas. “Os componentes irão se desenvolver e os custos irão cair. Por isso há uma demanda gigantesca para que se treine dados. E essa é a motivação para que se adquira o máximo possível deles. Os desenvolvedores estão olhando para todos os lados, e precisam que tudo esteja disponível como dado possível de ser lido”, explicou na matéria do Metrópolis.

A análise de dados por Amy Webb

É preciso estar atento ao grande valor da informação e à possibilidade de ser mais assertivo quanto à tomada de decisão baseada em dados. Webb relacionou, por exemplo, a questão do lockdown durante a pandemia e a grande quantidade de permissões que foram dadas na internet em um momento em que todo mundo precisava estar em casa. “Muitas pessoas passaram a consentir tudo on-line. Desde então o comportamento foi acompanhado por bots”, disse. 

Nesse sentido, a futurista afirmou que estamos no fim da era da internet como conhecemos. “Tudo é informação e os sistemas irão procurar por nós. É importante perguntar agora: quem serão os vencedores e os perdedores do futuro? O que estaremos entregando?”.



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