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Anything as a service: o caminho da transformação digital de governos

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Anything as a service: aceleração digital dos ambientes governamentais exige atuação consistente das empresas de TIC



Por Redação em 11/07/2022

As soluções anything as a service (XaaS, ou tudo como serviço, em tradução livre), em órgãos governamentais, foram adotadas mais aceleradamente durante a pandemia. Isso porque elas permitiram que os gestores de TI modernizassem infraestruturas – conquistando agilidade e escalabilidade – de acordo com a demanda e, assim, pudessem acelerar suas transformações digitais. Foi o que mapeou o Gartner, com um relatório de tendências de tecnologia para ambientes governamentais divulgado no primeiro trimestre deste ano.

Somente em 2022, aliás, 54% dos CIOs que atuam em órgãos governamentais esperam alocar mais recursos em plataformas de nuvem. Já para os próximos três anos, a expectativa é que 95% dessas instituições destinem novos investimentos para TI, em soluções XaaS, segundo o Gartner.

A consultoria mostra ainda que a evolução dos serviços de nuvem leva também à tendência de que tudo pode virar um serviço, elevando a necessidade de gerenciamento de casos como serviço (CMaaS – Case Management as a Service).

A ideia é que as organizações governamentais usem aplicativos e sistemas para ajudar no trabalho de estudos de casos, simplificando o acompanhamento de programas de governo ou ações administrativas. O CMaaS, portanto, promete dar agilidade para ações do poder público, aplicando princípios e práticas de negócios que podem substituir sistemas legados por produtos modulares.

É por isso que o Gartner prevê que, até 2024, os órgãos que adotarem esse processo implementarão novos recursos pelo menos 80% mais rápido do que aqueles sem a tecnologia.

Melhorando a experiência dos cidadãos

A exemplo do mercado corporativo, a nuvem surge como forma de melhorar a experiência do cliente/cidadão nas aplicações governamentais, segundo os analistas do Gartner. Eles chamam isso de experiência total (TX) e defendem que os governos que não tiveram uma estratégia com essa abordagem, não conseguiram transformar digitalmente seus serviços.

A abordagem de TX oferece aos governos uma maneira de melhorar as estratégias de gestão e de desenvolver conjuntos de habilidades digitais mais fortes, ao mesmo tempo que melhora a entrega de serviços a cidadãos. “A falta de uma estratégia de TX pode aumentar o atrito do serviço, levando ao risco de atrasos no serviço e experiências de serviço insatisfatórias”, defende o Gartner.

Identidade digital

A tendência se reflete na identidade digital, que já é algo em que os governos de todo o mundo começam a investir. Não por menos, o Gartner prevê que, até 2024, mais de um terço dos governos de países oferecerão carteiras de identidade baseadas em dispositivos móveis aos seus cidadãos. “No entanto, apenas uma minoria será interoperável entre setores e jurisdições, o que pode trazer uma perda na experiência do usuário”, pontua o Gartner.

Os desafios para a identidade digital, portanto, estão se expandindo rapidamente, à medida que os governos buscam formas de provar que a pessoa é quem diz ser, apostando em dispositivos, carteiras de identidade, entre outros recursos que possam compor um ecossistema de identidade para garantir acesso confiável e conveniente aos serviços.

O papel dos fornecedores na transformação de governos

Segundo o Gartner, o papel das empresas de TIC na digitalização dos governos é crucial, pois cabe a essas companhias não só fornecer tecnologia, mas também guiar os governos. A cibersegurança está entre as tendências de tecnologia listadas pelo Gartner para os ambientes governamentais e a consultoria mapeou que 75% dos líderes de TI desses ambientes serão diretamente responsáveis pela segurança fora de da área de TI, incluindo ambientes operacionais e de tecnologias de missão críticas até 2025.

“A falta de programas de conscientização e práticas de segurança cibernética se tornam uma ameaça e é nesse ponto que os fornecedores podem auxiliar os governos, além de oferecer as tecnologias de segurança”, defende Odélio Horta Filho, líder de desenvolvimento de negócios para Setor Público da Embratel.

Apoio na análise de dados

Os fornecedores de TIC também terão papel cada vez mais importante no apoio a análise de dados em ambientes governamentais. As análises do Gartner indicam que, até 2024, 60% dos investimentos governamentais em Inteligência Artificial e análise de dados visam impactar diretamente as decisões e resultados operacionais em tempo real.

“O planejamento e as decisões devem ser cada vez mais preditivos e proativos, usando Inteligência Artificial para reduzir significativamente o custo devido à intervenção tardia. O objetivo é tornar a prestação de serviços governamentais responsiva e oportuna”, pontua o relatório de tendências da consultoria.

Nessa linha, destaca Odélio, o Claro GeoData fornece informações estatísticas dos usuários da operadora e, por meio de uso de machine learning, aponta sobre o fluxo e deslocamento de pessoas. “A assertividade é superior a 95% e isso pode, por exemplo, ajudar ações de turismo em uma cidade específica, sobre um determinado feriado que aconteceu há poucos dias, entre outras aplicações”, conclui o especialista.


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