Em evento sobre agronegócio, Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro/Embratel, destacou as tecnologias que impulsionam o setor.
As oportunidades de inovação no agronegócio são muitas: de sensores inteligentes a Blockchain, o uso dessas tecnologias pode tornar o setor líder no avanço do PIB brasileiro. Essa foi uma das discussões do AGROtic, evento promovido pela Tele.Síntese e que contou com a participação de Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro/Embratel.
O agronegócio representou, em 2019, 23,5% do PIB nacional, mas ainda há uma grande lacuna de conectividade no setor, afirmou Polidoro. O executivo destacou que um dos investimentos da empresa de telefonia é, justamente, fomentar ainda mais a internet no campo.
Tanto que uma das frentes para atender os produtores rurais e empresários do ramo foi a instalação de conectividade Cat-M em todos os sites 4G (antenas) da operadora disponíveis no Brasil.
FIQUE POR DENTRO: Entenda o que é NB-IoT e LTE-M, redes dedicadas a projetos de IoT
A tecnologia Cat-M tem uma cobertura maior que a do GPRS (3G), além de ser mais barata e não precisar de um gateway (que tem a função de rotear o tráfego de rede local para dispositivos remotos).
“Com o Cat-M, eu chego a até 1 Mbps de conectividade, enquanto o GPRS fica em 30 a 50 Kbps, e consigo muito mais dispositivos por células”, disse Polidoro durante o evento. Sem contar que a tecnologia alcança maior área de cobertura, chegando a mais dispositivos por células.
As outras inovações do agronegócio
Ainda no AGROtic, Polidoro aproveitou para explicar algumas soluções que podem trazer valor imediato aos agricultores. O executivo destacou uma solução de sensoriamento de solo capaz de fornecer informações ricas para uma melhor tomada de decisão.
A tecnologia vai monitorar toda a cadeia e, com os dados coletados, consegue alertar os produtores qual é o melhor momento para realizar o plantio, a colheita, a fertilização do solo, da pulverização e irrigação de uma cultura.
Outra inovação apresentada foi um sistema de conectividade para a telemetria de máquinas e para as estações agrometeorológicas, que quantificam a evapotranspiração de referência (ETo) para notificar o produtor quando aplicar agrotóxicos.
Por exemplo, ao fazer uso desse sistema na telemetria de caminhões, um agricultor pode ter, como benefícios, a redução de consumo de combustível, a definição do melhor momento para ancorar e descarregar e ainda ter ciência sobre quando fazer a manutenção preventiva.
Aproveite para ouvir o episódio “O sucesso do agronegócio do amanhã” do podcast “Juntos no Próximo Nível”, da Embratel. É só dar o play abaixo:
Satélites no Agronegócio 4.0
Já falamos no Próximo Nível sobre o lançamento do novo satélite da Embratel, o Star One D2. O novo equipamento, a ser lançado neste ano, traz mais bandas e mais potência para ser o satélite da era digital.
“A cobertura vai se estender para estados do centro-oeste e do Norte, que são fronteiras do agronegócio”, disse José Antonio Gonzalez, gerente de produtos e projetos especiais de Redes Satélites da Embratel, e que participou do painel “Satélites aumentam o leque para o agro”.
Um dos avanços do novo satélite é a maior capacidade na banda KA, considerada mais competitiva e com preços mais atraentes. Essa banda será a responsável por conectar o interior do Brasil à internet, promovendo inclusão digital e levando o mundo digital para mais pontos do país.
O que mais foi abordado no AGROtic
Uma das principais discussões do AGROtic foi a transformação digital no campo impulsionada pela pandemia da COVID-19. Se muitos setores viraram a chave para manter relacionamentos e negócios a distância, também não foi diferente no agronegócio.
“Surgiram aplicativos, formas de comunicação novas que nos permitiram estar mais próximos e conectados do que éramos há um ano”, destacou Marcelo Kappes, presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfams) sobre trabalhar remotamente.
A digitalização do campo traz benefícios para todos os elos da cadeia de produção. Muito porque os trabalhadores, pequenos e médios produtores passam a se especializar, gerando maior valor nos negócios e produtos de maior qualidade.
FIQUE POR DENTRO: Internet das Coisas: conheça 4 casos de uso da tecnologia na agricultura
Por sinal, a capacitação digital passa por uma experimentação, acredita Martiniano Lopes, sócio líder de Agribusiness em Consulting da KPMG no Brasil. Em sua passagem no AGROtic, o executivo orientou que os produtores se especializem para que a tecnologia facilite a tomada de decisões.
Uma sugestão é que esses produtores tenham uma plataforma digital para experimentar soluções e entender como elas podem trabalhar bem, mas sem interromper a produção. “Esse processo de testes e aprendizagem é importante”, disse.
Como Lopes citou, ter um objetivo pode ajudar nessa jornada digital e possibilita manter a eficiência e competitividade dos negócios.
Para ler mais sobre os temas discutidos no AGROtic, é só clicar aqui.
Principais destaques desta matéria
- AGROtic debateu inovação no agronegócio.
- Evento da Tele.Síntese teve participação de Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro/Embratel.
- Confira quais as oportunidades de transformação digital o setor tem.