Bem-vindo ao mundo das inforganizations

Bem-vindo ao mundo das inforganizations

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Cristina De Luca discute sobre "inforganizations", companhias que transformam os seus fluxos conforme a necessidade para garantir a sobrevivência.



Por Redação em 23/01/2020

Esse início de ano dediquei um tempo para ler o instigante relatório “Data Thinking”, do Cappra Institute for Data Science. Dentre os muitos insights sobre como a nova realidade digital vem ajudando a moldar uma nova geração de pessoas e organizações, quase sempre através de instrumentos que potencializam a adoção da cultura analítica, um me chamou particularmente a atenção: o que descreve as “inforganizations”. Já ouviu falar nelas? Provavelmente, não. Mas garanto que você as conhece bem.

O termo parte do princípio de que toda organização é um organismo vivo. E, como tal, precisa ajustar seus fluxos conforme a necessidade, de acordo com as interações que realiza, para garantir a sua própria sobrevivência, exatamente como todos os organismos vivos funcionam.

Se pararmos para pensar, não vai ser difícil concluir que aquelas empresas que possuem modelos adaptativos mais eficazes são as que estão sobrevivendo nos ambientes complexos e de alto risco, como o do mercado atual. Aquelas que reagem mais rápido aos estímulos, ensinam algo novo ao organismo, criando assim uma cadeia adaptativa completa baseada em um modelo em que a informação é o maior combustível.

Essas organizações precisam se manter permanentemente atualizadas, exatamente como um sistema biológico. Nossas células recebem informação do ambiente externo, filtram e ajustam para que nosso organismo funcione mesmo em uma adversidade. Formam um sistema comunicativo em loops de feedback, que garante constante adaptabilidade.

Segundo o pessoal do Cappra Institute, a transformação digital criou organismos de negócio reagentes à dados. Empresas com melhores dados estão criando melhores produtos, atraindo mais consumidores e, no limite, gerando mais dados.

Não por acaso, as organizações mais bem-sucedidas estão desbloqueando seus dados para inovar rapidamente, segundo pesquisa da MuleSoft apontando as 7 principais tendências de transformação digital que moldam 2020, ouvindo mais de 850 líderes globais de TI e 9 mil consumidores. Se os dados não fluem da forma adequada, as organizações sofrem. Pouco mais de 80% dos tomadores de decisão de TI relatam que os silos de dados criam grandes desafios de negócios em suas organizações, referentes às melhorias na experiência dos clientes, otimização das operações e rápido lançamento de novos produtos e serviços.

Por isso, ao pensar em 2020, os gestores digitais devem estar preparados não apenas para liderar uma mudança cultural maior na empresa, mas também se prepararem para mudanças centradas em uma ótima governança de dados e adoção de recursos de Inteligência Artificial. Construir um mecanismo de insight será uma prioridade em 2020 – porque é necessário “para a sobrevivência”! A quantidade de dados que precisa ser armazenada dobra a cada seis meses e se apresenta cada vez mais em formatos não estruturados que dificultam a integração e a síntese em algo significativo.

O Machine Learning e a IA também podem ser aproveitados dentro dos paradigmas modernos da arquitetura de dados para automatizar e mitigar o problema de governança de dados.

Além de tudo isso, novos regulamentos como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exigem um gerenciamento de dados mais cuidadoso. Fazer um inventário de dados minucioso e um relatório de impacto consciente ajudam não só a estar em conformidade com a legislação como também, na prática, a melhorar a governança de dados.

Portanto, não é preciso esperar pela estruturação de uma Autoridade Nacional de Proteção de Dados, nem torcer pelo adiamento da vigência da lei para arregaçar as mangas e começar a colocar ordem na casa. Aja rápido. Já! Agora! Quanto mais não seja, para garantir que a sua empresa seja, de fato, uma inforganization.



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