Centro de Excelência em Nuvem: por que você deve olhar para essa tendência?

Centro de Excelência em Nuvem: por que você deve olhar para essa tendência?

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Ao buscar por um Centro de Excelência em Nuvem, empresas conseguem sinergia entre diferentes equipes e suas responsabilidades com serviços em nuvem.



Por Redação em 05/05/2021

Ao buscar por um Centro de Excelência em Nuvem, empresas conseguem sinergia entre diferentes equipes e suas responsabilidades com serviços em nuvem. 

computação em nuvem é o principal pilar para habilitar novas tecnologias em uma empresa e desbloquear o crescimento organizacional. Desde 2020, com o início da pandemia de COVID-19, as companhias entenderam que sem soluções ou sem um ambiente cloud, não há como prosperar. 

Em 2021, os gastos mundiais dos usuários finais (B2B) com serviços de nuvem pública devem crescer 18,4%. Essa expectativa é da consultoria Gartner e já foi abordada em um artigo do Mundo + Tech. Leia aqui as tendências de computação em nuvem para 2021

Mesmo com muitas empresas familiarizadas com a tecnologia, elas ainda sentem dificuldades de entender suas próprias jornadas de inovação baseadas em cloud. Anderson Paulucci, professor e coordenador acadêmico do MBA em Cloud do Centro Universitário FIAP, destaca duas delas:

  • Segurança dos dados (confidencialidade);
  • Custo final da nuvem (fatura).

“É preciso um trabalho para desmistificar que a nuvem vai trazer problemas com a confidencialidade dos dados. Assim como a empresa deve entender que não é preciso comparar o custo ao usar a nuvem com o custo do modelo tradicional (de desenvolvimento)”, diz.

É aqui que um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE, na sigla em inglês para Cloud Center of Excellence) se faz necessário. “Ele tem sido cada vez mais aplicado pela necessidade de transição rápida de um modelo de tecnologia ou uma transformação digital mais ampla”, explica Paulucci.

Quer saber qual é o impacto desse modelo para o seu negócio? Continue a leitura deste artigo e descubra mais! 

Entendendo um Centro de Excelência em Nuvem

Em um artigo publicado no Blog da AWS, Milin Patel, arquiteto chefe da Rearc e ex-head de Cloud DevOps da Dow Jones, explica que um Centro de Excelência em Nuvem pode ser o motor de mudança de uma empresa, o ponto focal para uma transformação ampla e profunda. 

“O objetivo de um CCoE é pegar um problema organizacional grande, difundido e profundamente enraizado, e resolvê-lo em um escopo menor, com uma abordagem de mente aberta e, em seguida, conseguir escalá-lo em toda a organização”, escreveu o especialista.

Essa descrição pode seguir por dois caminhos: o primeiro é o de uma empresa que ainda usa modelos de tecnologia tradicionais (como o cascata, saiba mais sobre ele aqui). É uma metodologia cujos tempos de desenvolvimento e de lançamento vão exigir muito dos profissionais.

O segundo é quando empresas já utilizam serviços em nuvem. Parece algo positivo, mas em muitas companhias, o time de negócios depende muito dos profissionais de TI para conseguir lançar seus produtos e serviços com maior agilidade no mercado.

São dois caminhos que vão chegar ao mesmo destino:

“Consolidar a nuvem como padrão em todos os processos e operações da empresa.”

Anderson Paulucci, FIAP

Ou seja, uma empresa entende as oportunidades que a nuvem traz e até já viu resultados em uma área específica. “Mas ao criar um CCoE, ela quer disseminar a nuvem de forma mais equalizada e direcionada para toda a organização”, destaca o coordenador da FIAP.

No entanto, um centro de excelência bem-sucedido vai exigir definições bem claras do papel dele em uma organização. “É preciso ter um objetivo para estruturar um CCoE e as metas para que a empresa consiga impulsionar esse modelo em um setor ou nela por inteiro”, diz Paulucci.

Por isso, pensar em CCoE é transformar a cultura organizacional

Não é novidade que a computação em nuvem quebrou paradigmas dentro das companhias. Porém, o uso de serviços em nuvem vai exigir da empresa um amadurecimento em relação à tecnologia. Isso se dará no dia a dia, enquanto o time de TI for criando afinidade com os projetos.

Mas, como Paulucci explica, pensar em um centro de excelência não é apenas disseminar internamente conhecimento sobre serviços em nuvem. “Um CCoE pode ser patrocinado por uma empresa parceira que vai trazer know-how para a organização”, explica.

Ou seja, é um tipo de inovação que vai exigir dos CIOs não somente objetivos claros dos principais benefícios de um CCoE, mas buscar especialistas do mercado que “plantem uma semente na empresa” e leve a cultura da nuvem para todos os cantos.

É uma evolução orgânica da cultura organizacional que, segundo Paulucci, acontece quando há influências externas (no caso, de empresas parcerias). Um exemplo citado por ele é a busca por uma solução de data analytics.

Nem toda empresa está preparada para essa inovação e pode buscar uma provedora de tecnologia. Mas, se ela busca um fornecedor que possui também um CCoE, pessoas mais especializadas desse fornecedor vão começar a difundir data analytics dentro da contratante.

Como Paulucci ressalta, o CCoE será um acelerador de inovação dentro das empresas. Internamente, os executivos precisam estar abertos a essa proposta, já os especialistas externos, podem ajudar a alinhar a TI com Negócios, garantindo a independência de cada um deles.

Um CCoE bem-sucedido é TI e negócios andarem lado a lado

Talvez o maior desafio para empresas de qualquer segmento é a agilidade. Como lançar logo um produto no mercado se o time de negócios tem a ideia, mas é o time de TI que executa? Simples, com um Centro de Excelência em Nuvem.

Veja, por exemplo, os aplicativos de entrega e alguns bancos digitais. O que eles têm em comum é que os serviços oferecidos foram criados a partir de soluções nativas em nuvem. Isso pode ser traduzido de duas formas:

Do lado técnico, aplicativos nativos em nuvem têm menor necessidade de configuração. Ou seja, depende de poucas pessoas para escrever o código. E quanto menor o número de desenvolvedores em um projeto, menor a complexidade para que ele fique pronto.

Já na visão de negócios, um aplicativo nativo em nuvem, além de contar com a rapidez no lançamento, permite que os times envolvidos lancem novos recursos na mesma velocidade. Sem contar com a agilidade, eficiência e disponibilidade dessas aplicações para os clientes.

Só TI pode se interessar por um Centro de Excelência?

Não. E essa resposta deve ser compartilhada quando você for conversar sobre um Centro de Excelência em Nuvem na sua empresa. Apesar de os líderes de TI serem os primeiros e os mais interessados, há dois pontos a serem tratados aqui: 

O primeiro é que pessoas com cargo de gerência de TI terão papel essencial nessa jornada. Mesmo assim, é preciso que o CIO e outros executivos de TI estejam presentes nesse processo, pois são eles que fomentarão a cultura de inovação que um CCoE fornece. 

O segundo ponto é que os líderes de negócios devem ser envolvidos também no planejamento de um Centro de Excelência. Até porque, são eles que buscam levar agilidade nas estratégias de entregar um produto ou serviço em menor tempo possível no mercado. 

Como destaca Paulucci, um CCoE vai “maximizar o que acontece de inovação e ajudar todas as áreas para que elas tenham o direcionamento necessário para inovar de maneira equilibrada”. Assim, o time de Negócios passa a ser independente, mesmo com o apoio técnico do time de TI.

Se esses dois já têm uma motivação para atuarem lado a lado, um CCoE pode fornecer novas perspectivas e ideias em todo esse ecossistema para que a empresa consiga inovar e criar vantagem competitiva no segmento em que atua.

“Mas as metas precisam estar definidas para não ficarem genéricas e tentarem resolver diversos problemas, mas não solucionar nenhum”, aconselha o coordenador da FIAP.

Principais destaques desta matéria

  • Centro de Excelência em Nuvem (CCoE) vai garantir que um time multidisciplinar consiga entregar produtos e serviços com agilidade e qualidade.
  • São entregas que, em todos os processos, a computação em nuvem e soluções baseadas na tecnologia devem ser priorizadas.
  • Confira mais dessa tendência que vai levar as empresas a um nível de excelência em nuvem.

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