CIAB 2019 Setor de tecnologia deve estar integrado com o de ciência de dados

CIAB 2019: Setor de tecnologia deve estar integrado com o de ciência de dados

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Além da escassez de profissionais qualificados, há empresas que ainda não conseguem usar a ciência de dados em benefício de soluções tecnológicas.



Por Redação em 28/06/2019

Principais destaques:
– Tecnologia e a ciência de dados se desencontram com frequência;
– Escassez de profissionais qualificados na área de ciência de dados preocupa mercado;
– Executivos são céticos em relação à análise de dados nos negócios.

“A tecnologia e a ciência de dados se desencontram com frequência, mas a solução de grande parte das empresas está no encontro dessas duas áreas”. Foi com essa avaliação que H.P. Bunaes, gerente-geral da fintech DataRobot, explicou a importância dos dados estarem integrados à Inteligência Artificial, principalmente no setor bancário.

No terceiro e último dia da CIAB FEBRABAN 2019, evento do setor financeiro que aconteceu de 11 a 13 de junho em São Paulo, o executivo destacou que além da escassez de profissionais qualificados na área de ciência de dados, há empresas que ainda não conseguem utilizar as informações em benefício de soluções tecnológicas.

“Não importa quão bom seja seu programa, se o cliente e os consumidores não entenderem, ele não será viável para o mercado”, destaca ele, ao apresentar as soluções de análise de dados implantadas pela DataRobot em empresas norte-americanas.

Segundo Ricardo Santana, sócio de Inteligência Artificial e Advanced Data & Analytics da KPMG Lighthouse, os próprios executivos são céticos em relação à análise de dados nos negócios. “O teste cego de resultados [comparando sistemas de IA “puros” com sistemas combinados com análise de dados] durante 12 meses de aplicação, contudo, mostra que essa ciência é bastante efetiva”, afirma ele.

O executivo aponta também que o modelo de redes do Machine Learning (em que as informações ficam interligadas) é bastante eficiente para a área comercial do setor financeiro. Ao conhecer melhor os diferentes perfis de clientes, um banco pode, por exemplo, monetizar sua rede de relacionamentos e também estudar um meio para acessar quem ainda não é cliente de forma mais assertiva. Mas cabe um alerta: “Esse trabalho precisa ser feito junto ao [departamento] jurídico para que sejam identificados quais dados podem ser utilizados, principalmente com a iminência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)”, finaliza Santana.



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