Cientista de dados é responsável por limpar, tratar e organizar dados para extrair insights que vão agilizar e trazer inteligência aos negócios.
Principais destaques:
- Cientista de dados é uma profissão que está em alta;
- Profissional vai interpretar dados de uma empresa para trazer insights assertivos;
- Empresas de todos os portes devem olhar para o Cientista de Dados.
A profissão de cientista de dados está em alta, segundo um ranking das melhores profissões de 2019, organizado pelo site de emprego e recrutamento Glassdoor.
Ainda que seja uma profissão recente, as companhias já sentem a necessidade de ter um cientista de dados em seus negócios para garantir uma jornada digital fluida.
Parte disso é porque tecnologias emergentes como Inteligência Artificial precisam ser treinadas com os dados produzidos e coletados. E quem melhor que o cientista de dados para isso?
Entendendo melhor o Cientista de Dados
Um artigo de 2015 da Forbes mostrou que o volume de dados criados entre 2013 e 2015 é maior que a quantidade produzida em toda a história da humanidade.
“Há milhares de dados sendo produzidos com a digitalização. O cientista de dados vai pegar esses dados de diversas fontes para tirar insights e trazer inteligência ao negócio”, comenta Devanil Rueda, gerente de soluções verticais da Embratel.
Por exemplo, o cliente de uma operadora de telefonia acessa os serviços pelo site, aplicativo ou parceiros dela. Todos esses acessos geram dados para que a empresa consiga fazer uma oferta mais personalizada.
Essa oferta mais assertiva é possível porque o profissional “limpa, trata, organiza esses dados e usa estatística, Inteligência Artificial, Machine Learning e matemática para extrair os insights”, explica Devanil Rueda.
As habilidades de um cientista de dados
Um cientista de dados não precisa ser necessariamente da área de TI, mas deve ter algumas habilidades técnicas, como programação.
Geralmente são profissionais formados em matemática, estatística, ciência da computação e que têm uma visão mais de negócios e de resolução de problemas.
Mas isso não impede de outros profissionais fazerem transição de carreira. “No futuro próximo, qualquer profissional vai migrar um pouquinho para essa área”, especula Devanil Rueda.
Algumas habilidades são:
- Programação de diversas linguagens como R e Python;
- Saber sobre banco de dados como MySQL e PostgresSQL;
- Entender técnicas de análises como Machine Learning, Deep Learning e análise de texto;
- Usar técnicas de visualização de dados e produzir relatórios.
“É importante que esses profissionais saibam programar e fazer análise quantitativa e qualitativa. Sem essas habilidades, eles não vão saber o que fazer com os dados e nem vão desenvolver algoritmos, não agregando valor ao negócio”, comenta Rueda.
A profissão de cientista de dados no Brasil
Como a profissão ainda é recente, as empresas encontram dificuldades na hora de contratar um cientista de dados ou de especializar algum colaborador interno.
“Todo cientista de dados hoje está empregado e falta profissional disponível no mercado. Para as empresas que tentam formar seu time, o problema é escalar essa especialização”, explica Devanil Rueda.
Internamente, a curva de aprendizado é um fator na hora de escalar esses profissionais. “Se a gente treina um desenvolvedor Java para WEB, que ainda não tem a ver com a profissão, ele pode se tornar um cientista com um ano. Mas tem profissional da mesma área que, depois de um ano e meio, ainda enfrenta dificuldades em se especializar”, complementa o executivo.
Cientista de dados é para todas as empresas?
Sim. Mas Devanil Rueda reforça que as empresas precisam avaliar se devem contratar um profissional ou terceirizar o serviço.
“Uma clínica estética talvez não tenha condições de bancar um cientista de dados. Mas ela pode contratar uma empresa, como a Embratel, que pode terceirizar esse trabalho para que a clínica consiga aproveitar os dados para ter assertividade nas ofertas”, finaliza.