tendências de tecnologias do Gartner

CIOs integrados a negócios pautam tendências de tecnologias do Gartner para 2022

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Consultoria lista as 12 principais tecnologias para o ano e mostra como os CIOs estão cada vez mais integrados às decisões de negócios



Por Redação em 10/12/2021

Os líderes já podem se basear no tradicional guia de tendências de tecnologia preparado anualmente pela consultoria Gartner. Neste ano, são 12 delas, pontuadas para a imprensa pelo vice-presidente de pesquisa do Gartner, David Groombridge, em novembro de 2021. Os insights da lista, a seguir, têm em comum uma demanda de aproximação dos CIOs com as áreas de negócios, inclusive com alinhamento entre líderes executivos e conselhos de administração, na busca por crescimento através de conexões digitais com os clientes. Veja:

  1. Inteligência Artificial Generativa

O Gartner prevê que até 2025 a Inteligência Artificial Generativa vai responder por 10% de todos os dados produzidos. Hoje, representa menos de 1%. Esse crescimento deve ocorrer porque a tecnologia pode ser usada em várias atividades, indo desde a criação de códigos de software, ao desenvolvimento de medicamentos e marketing direcionado. Todavia, se usada indevidamente, ela pode facilitar golpes, fraudes, desinformação política e identidades forjadas.

2. Data Fabric (Malha de dados)

O número de dados e blocos de informação aumentaram na última década, enquanto a quantidade de pessoas qualificadas nas equipes de análise de dados tem se mantido constante ou até mesmo diminuiu. Os Data Fabrics – uma integração flexível e resiliente de dados entre plataformas e usuários de negócios – surgiram para simplificar a infraestrutura de integração de dados de uma organização e criar uma arquitetura escalável.

O valor real de uma malha de dados é sua capacidade de melhorar a dinamicidade do uso de dados com suas análises incorporadas, reduzindo os esforços de gerenciamento de dados em até 70% e acelerando o tempo de valorização.

3. Empresa Distribuída

O Gartner espera que, até 2023, 75% das organizações que exploram benefícios de empresas distribuídas cresçam 25% mais rápido que os concorrentes. Para a consultoria, o aumento dos padrões de trabalho remoto e híbrido levou as organizações tradicionais centradas em escritórios a evoluir para empreendimentos distribuídos, compostos por trabalhadores geograficamente dispersos. “Isso requer que os CIOs façam grandes mudanças técnicas e de serviços para oferecer experiências de trabalho sem atrito, mas há um outro lado dessa moeda: o impacto nos modelos de negócios”, disse Groombridge. “Para cada empresa, do varejo à educação, o modelo de entrega tem que ser reconfigurado para abraçar os serviços distribuídos. O mundo não achava que eles estariam experimentando roupas em um camarim digital há dois anos.”

4. Plataformas Nativas da Nuvem

Até 2025, as Plataformas Nativas de Nuvem servirão de base para mais de 95% das novas iniciativas digitais. Hoje o índice é de 40%. Para o Gartner, isso mostra que as organizações devem se afastar da conhecida migração de “lift and shift” para plataformas nativas da nuvem, caso queiram realmente fornecer recursos digitais em todos os lugares.

Essas plataformas usam os principais recursos da computação em nuvem para fornecer soluções escaláveis e elásticas relacionadas à TI, “como um serviço”, impulsionando a mobilidade para quem usa tecnologias de Internet, proporcionando uma relação tempo/valor mais rápida e com redução de custos. 

5. Sistemas Autônomos

À medida que as empresas crescem, a programação tradicional ou a automação simples acabam não permitindo a escalabilidade que esses negócios precisam para o futuro. Sistemas autônomos são sistemas físicos ou de software autogerenciadores que aprendem com seus ambientes. Ao contrário de sistemas automatizados, sistemas autônomos podem modificar dinamicamente seus próprios algoritmos sem uma atualização de software externa, permitindo que eles se adaptem rapidamente a novas condições no campo, assim como os humanos podem. “O comportamento autônomo já se tornou conhecido a partir de implementações recentes em ambientes complexos de segurança, mas, em longo prazo, se tornará comum em sistemas físicos, como robôs, drones, máquinas de fabricação e espaços inteligentes”, estimou Groombridge.

6. Inteligência de Decisão

O Gartner prevê que, nos próximos dois anos, um terço das grandes organizações usarão Decision Intelligence para a tomada de decisões estruturada, para melhorar a vantagem competitiva. Isso porque a capacidade de decisão de uma empresa pode ser uma fonte significativa de vantagem competitiva. Com a dinâmica e volatilidade atual, porém, a necessidade de se tomar decisões rápidas está se tornando cada vez mais exigente e difícil. A Inteligência de Decisão é uma disciplina prática usada para melhorar a tomada de decisões, entendendo e projetando explicitamente como as decisões são tomadas, resultados avaliados, gerenciados e melhorados pelo feedback.

7. Aplicações compositivas

Quem adotar uma abordagem compositiva vai superar a concorrência em 80% na velocidade de implementação de novos recursos, prevê o Gartner. “Em tempos turbulentos, os princípios comerciais compostáveis ajudam a dominar a mudança acelerada que é essencial para a resiliência e o crescimento dos negócios. Sem ele, os organizadores modernos correm o risco de perder seu bom momento mercado e fidelização de clientes”, avalia o analista.

No contexto de negócios em constante mudança, a demanda por adaptabilidade, segundo ele, direciona as organizações para uma arquitetura tecnológica que suporta mudanças rápidas, seguras e eficientes. “A arquitetura de aplicações compositivas capacita essa adaptabilidade”, complementa.

8. Hiperautomação

A hiperautomação permite crescimento acelerado e resiliência nos negócios, identificando e automatizando rapidamente o maior número possível de processos. “A pesquisa do Gartner mostra que as equipes de hiperautomação de alto desempenho se concentram em três prioridades fundamentais: melhorar a qualidade do trabalho, acelerar os processos de negócios e aumentar a agilidade da tomada de decisões”, afirma Groombridge. Os tecnólogos de negócios também apontaram uma média de 4,2 iniciativas de automação no último ano”, disse Groombridge.

9. Cálculo de melhoria de privacidade

O Gartner espera que 60% das grandes organizações usem uma ou mais técnicas de computação que melhorem a segurança das informações até 2025. Isso porque, além de lidar com o amadurecimento da legislação internacional de privacidade e proteção de dados, os CIOs devem evitar qualquer perda de confiança do cliente resultante de incidentes de perda de privacidade. Para a consultoria, as técnicas de PEC protegem informações pessoais e confidenciais em nível de dados, software ou hardware, ao mesmo tempo que compartilham, agrupam e analisam dados com segurança.

10. Malha de segurança cibernética (CSMA)

“Os dados estão presentes em muitas das tendências deste ano, mas só são úteis se as empresas puderem confiar neles”, disse Groombridge. “Hoje, ativos e usuários podem estar em qualquer lugar, o que significa que o perímetro de segurança tradicional se foi. Isso requer uma arquitetura de malha de segurança cibernética”, salientou.

A CSMA, segundo o especialista, ajuda a fornecer uma estrutura de segurança integrada para proteger os ativos, independentemente da localização. Até 2024, a estimativa é que as organizações que adotarem malhas de segurança cibernética para integrar ferramentas de segurança para trabalhar como ecossistema cooperativo, reduzirão o impacto financeiro de incidentes individuais de segurança em uma média de 90%.

11. Engenharia de Inteligência Artificial

“Até 2025, os 10% das empresas que estabelecerem as melhores práticas de engenharia de Inteligência Artificial gerarão pelo menos três vezes mais valor pelos seus investimentos em Inteligência Artificial do que os 90% das empresas que não o fizerem”, disse o analista do Gartner. Ele explicou que os líderes de TI lutam para integrar a Inteligência Artificial dentro de aplicações, perdendo tempo e dinheiro em projetos que nunca são colocados em produção ou lutando para reter valor das soluções de Inteligência Artificial uma vez lançadas.

A Engenharia de Inteligência Artificial combate isso, com uma abordagem integrada para modelos operacionais de Inteligência Artificial. “Para as equipes de fusão, que trabalham com Inteligência Artificial, o verdadeiro diferencial para suas organizações será sua capacidade de aumentar continuamente o valor através de rápidas mudanças de Inteligência Artificial “, afirmou ele.

12. Experiência Total (TX)

O TX é uma estratégia de negócios que combina as disciplinas de experiência do cliente (CX), experiência do funcionário (EX), experiência do usuário (UX) e multiexperiência (MX), com o objetivo de promover maior confiança dos clientes e funcionários, satisfação, lealdade e colaboração. O Gartner estima que as organizações aumentarão a receita e o lucro com resultados de TX adaptáveis e resilientes.


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