Como a Inteligência Artificial pode ajudar a diagnosticar um câncer de pulmão

Como a Inteligência Artificial pode ajudar a diagnosticar um câncer de pulmão?

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Pesquisadores da Universidade Northwestern mostraram que tecnologia aumenta em 5% a detecção da doença e reduz em 11% os falsos positivos.



Por Redação em 31/05/2019

Principais destaques:
– Pesquisadores da Universidade Northwestern testaram como a Inteligência Artificial pode ajudar a detectar o câncer de pulmão;
– Projeto foi feito em parceria com o Google;
– Doença mata, por ano, 1.76 milhão de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde;
– Resultado sugeriu que IA consegue identificar melhor a doença que profissionais;
– Expectativa é que IA seja usada para antecipar diagnóstico com maior precisão.

O Google já deixou claro seus esforços para desenvolver tecnologias que ajudem a identificar o câncer. Em parceria com pesquisadores da Universidade Northwestern (Estados Unidos), a companhia espera utilizar Inteligência Artificial para aumentar a eficácia em identificar de forma mais ágil a doença.

Recentemente, um estudo feito por essas duas instituições sugeriu que a IA consegue diagnosticar câncer de pulmão um pouco melhor do que médicos especialistas e que identificá-lo em um estágio inicial pode ser mais fácil de tratar.

A pesquisa foi publicada na revista médica Nature Medicine e teve como objetivo encontrar maneiras de evitar a biópsia invasiva em pessoas que, às vezes, não possuem a doença. Os resultados mostraram que a IA pode aumentar a detecção do câncer em 5% e reduzir os falsos positivos em 11%.

Como o estudo com Inteligência Artificial foi feito?

Os pesquisadores focaram o estudo no câncer de pulmão, que mata 1,76 milhão de pessoas por ano globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, o câncer de pulmão é o segundo mais comum entre homens e mulheres (sem contar o câncer de pele não melanoma) e foi responsável pela morte de 26 mil brasileiros em 2015, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

O primeiro passo foi treinar o algoritmo com mais de 40 mil exames de tomografia computadorizada de quase 15 mil pacientes. Os pesquisadores não apontaram à Inteligência Artificial o que procurar nesses exames, mas somente quais pacientes tiveram câncer e quais não tiveram.

Em seguida, a IA foi testada junto a um time de seis radiologistas que fizeram carreira na análise de tomografia computadorizada. O resultado mostrou que o uso de IA é mais eficaz ao analisar apenas uma tomografia, mas a tecnologia é igualmente eficaz quando realiza várias varreduras desses exames.

Como a IA pode ajudar a diagnosticar o câncer?

Para os pesquisadores, a Inteligência Artificial terá um papel fundamental no futuro da medicina, mas é preciso aprimorar o software antes de disponibilizá-lo para uso clínico.

O próximo passo é testar a tecnologia para entender se a solução pode ser aplicada com precisão a um maior número de pessoas, evitando técnicas invasivas para o diagnóstico do câncer.

“Da mesma forma que aprendemos com nossas experiências, os algoritmos de Deep Learning executam uma tarefa de forma contínua, cada vez fazendo ajustes para melhorar a precisão”, comentou Rebecca Campbell, da Cancer Research UK, ao site BBC.



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