Como acelerar e subir no ranking da IA em 2021 - agricultura inteligente baseada em IA

Como acelerar e subir no ranking da IA em 2021

3 minutos de leitura

A jornalista Cristina de Luca discute sobre como as empresas podem acelerar e subir no ranking de IA em 2021.



Por Redação em 16/12/2020
cristina deluca_colunista_mundo+tech

Um ano atrás, a Tortoise lançou o The Global AI Index: um projeto de dados abrangente projetado para medir e classificar os países em sua força em inteligência artificial. Agora, em 2020, acaba de sair a primeira atualização, que coloca o Brasil  na 46ª posição, atrás do Chile e da Colômbia, se considerarmos apenas nossos vizinhos latino-americanos.

A Tortoise analisou 62 países, considerando questões como inovação, implementação e investimento, divididas em sete subcategorias: pesquisa, desenvolvimento, talento, ambiente operacional, infraestrutura, empreendimentos comerciais e estratégia governamental. Por serem motores essenciais para a maturidade da IA, capital humano e intelectual, bem como ao investimento, tiveram um peso maior.

China e Estados Unidos seguem liderando o ranking, apesar na queda de investimentos este ano nas duas nações, por conta da pandemia de coronavírus. O Brasil aparece entre os países que ainda estão despertando para a importância da IA, assim como Argentina e México.

O que podemos fazer para subir algumas posições e aumentar a competitividade de nossas empresas em 2021?

Bom, para começar, enxergar o investimento em IA como estratégico. Além disso, ter uma visão e um projeto em inteligência artificial nacional, um setor de tecnologia robusto e capaz de inovar, que forneça capital humano e ferramentas modernas, alta qualidade de dados e de infraestrutura, programas de governança e ética, etc.

E não se ataca essas questões com alguma seriedade sem que se enfrente três dificuldades apontadas por uma outra pesquisa, da MIT Tech Review com a Everis. A saber:

  • Falta de estratégia clara em IA: as grandes organizações carecem de visão e de conhecimento no nível diretivo, cultura organizacional e liderança;
  • Falta de talento especializado e de habilidades: falta infraestrutura para uso de IA, políticas de ética e governança e disponibilidade dos dados;
  • Baixo investimento: 55% das grandes empresas investem apenas de 1% a 10% em IA e 31% não investem nada.

A boa notícia é que o Brasil tem o Brasil tem 31,9% de empresas em estágio avançado de adoção de IA, de acordo com pesquisa recente da Microsoft em 19 países. E 40% estão no estágio intermediário. Outro dado que chama a atenção é que 98% dessas empresas já estão se beneficiando financeiramente graças à IA. Foram analisadas companhias com mais de 250 funcionários, em diversos setores e foram entrevistados 500 colaboradores em níveis gerais e 100 gerentes.

Além disso, o governo brasileiro tem grandes planos para a IA, apesar de ter chegado tarde à festa.  Em novembro, anunciou o lançamento de uma rede nacional de inovação com foco em Inteligência Artificial. O objetivo é aumentar a capacidade produtiva e a competitividade das empresas locais. Descrita como a maior do país, a rede é resultado da cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), e terá representantes de 12 instituições parceiras em seu Conselho Consultivo, encarregado de definir as estratégias e as diretrizes de atuação.

A questão agora é treinar mais pessoas para entender não apenas como usar as ferramentas de IA, mas também como implementá-las em todos os níveis da empresa. Com o governo brasileiro e o setor privado incentivando os investimentos em pesquisas de IA, espera-se que essa lacuna de qualificação comece a estreitar.

O problema é que muitas organizações não estão gastando o tempo e os recursos necessários (e significativos) nas mudanças culturais e organizacionais necessárias para levar a IA a um nível de escala capaz de agregar valor significativo. Sem abordar essas mudanças antecipadamente, os esforços para dimensionar a IA podem rapidamente descarrilar.

Executar uma estratégia efetiva com Inteligência Artificial requer muito mais do que entender o funcionamento da tecnologia. Para que o impacto da IA nos negócios ser realmente positivo, são necessárias habilidades “humanas”. Para garantir a adoção da IA, as empresas precisam educar a todos, dos principais líderes para baixo.

Construir recursos organizacionais de IA/Machine Learning requer uma reengenharia fundamental dos processos de negócios existentes. Esses esforços incluem, naturalmente, a contratação ou treinamento de talentos técnicos.

Vale lembrar que a IA e automação chegaram com força total às operações de TI. As plataformas de AIOps aceleram a identificação e a resolução de problemas, aumentando a precisão da análise de causa raiz (RCA) e a identificação proativa, o que reduz o tempo de resolução e ajuda a melhorar a aderência aos SLAs. Qualquer empresa, em qualquer setor, pode se beneficiar. Não por acaso, esse é um mercado que deve movimentar US$ 11,02 bilhões até 2023, de acordo com a Markets and Markets.

E aí, o que você está fazendo para aumentar o conhecimento de IA na sua organização?



Matérias relacionadas

tecnologias transformadoras Inovação

IA e Open Finance são tecnologias transformadoras para grandes empresas

Estudo realizado pela Visa aponta que a tecnologia é prioridade para grandes empresas da América Latina e Caribe

ai academy Inovação

Web Summit Rio terá academia de IA

Palestras com especialistas vão discutir os vários usos da inteligência artificial

ageu dantas Inovação

Claro apresenta sua plataforma de Open Gateway em Barcelona

Empresa demonstrou uso comercial do SIM SWAP e Number Verification com vários parceiros durante o evento deste ano

big data analytics Inovação

Big Data Analytics opera como apoio estratégico à empresas

Tecnologia é capaz de fornecer, com a análise de dados, insights valiosos para o sucesso de um negócio