Infraestrutura digital mais robusta e capaz de fornecer respostas rápidas com base em dados obtidos em tempo real podem ser otimizadas com a combinação de Edge Computing e 5G. E mais: a aplicação adequada dessas tecnologias, pode gerar benefícios para veículos autônomos, saúde inteligente, indústria 4.0, cidades inteligentes e diretamente a setores de mercado, como o financeiro.
De acordo com matéria do G1, ao combinar as tecnologias, as empresas se mantêm atualizadas em um ambiente mais conectado e podem reduzir custos, aumentar a eficiência e gerar novas oportunidades de negócios.
Processamento descentralizado e respostas em tempo real
O conceito de Edge Computing, ou computação de borda, se baseia na descentralização do processamento de dados ao aproximar servidores dos dispositivos e sensores que coletam informações. Em vez de enviar todo o tráfego de dados para centros distantes, como ocorre na computação em nuvem tradicional, o Edge Computing permite respostas quase instantâneas ao processar os dados próximos à origem.
Essa arquitetura se torna mais poderosa quando combinada com a conectividade rápida e de baixa latência do 5G. Na prática, significa menos tempo de resposta, maior confiabilidade das conexões e capacidade de atuação autônoma de sistemas críticos, como carros sem motorista ou robôs industriais. Casos de monitoramento remoto de pacientes em hospitais e controle de tráfego urbano em cidades inteligentes também são exemplos disso.
Indústria 4.0 e mobilidade autônoma como vitrines tecnológicas

Na indústria 4.0, sensores conectados em máquinas e linhas de produção capturam dados em tempo real que são processados localmente, permitindo ajustes instantâneos, manutenção preditiva e controle de qualidade mais preciso.
Além da manufatura, o setor de mobilidade autônoma também tem avançado com essas tecnologias. Veículos autônomos precisam analisar grandes volumes de dados, como imagens de câmeras, sensores de proximidade e mapas de tráfego em frações de segundo. A computação de borda e a rede de quinta geração permitem que esse processamento ocorra no próprio veículo e assegura a troca constante de informações com infraestrutura urbana.
Setor financeiro também se beneficia
Já no setor financeiro, o tema foi discutido durante o Febraban Tech 2025 e teve contribuições como a do diretor de Pesquisa e Consultoria em Telecomunicações do IDC Brasil, Luciano Saboia, que menciona os aspectos de personalização, segurança, experiência do usuário e eficiência operacional como direcionadores do edge computing.
Segundo ele, o usuário sente a diferença de velocidade. Mas, além disso, há também a detecção local de ameaças e a personalização para contribuir com a experiência de uso.
Pelo lado da empresa, como mostrou a matéria do Próximo Nível, “restringir o tráfego simplifica as implementações de segurança e compliance, ao se reduzir o perímetro de exposição a ataques ou vazamentos”. Assim, a utilização do Edge Computing facilita a operação da instituição financeira ao mesmo tempo em que favorece a utilização de produtos por parte dos usuários.