Em tempos de Cloud, a Infraestrutura de Data Center ainda é uma opção vantajosa

Em tempos de Cloud, a Infraestrutura de Data Center ainda é uma opção vantajosa?

4 minutos de leitura

Assim como a nuvem, a infraestrutura de Data Center também pode impulsionar a transformação digital



Por Redação em 22/10/2020

Assim como a nuvem, a infraestrutura de Data Center também pode impulsionar a transformação digital

Sem muitas delongas, a resposta mais adequada para o título deste artigo é: sim. É fato que a computação em nuvem tem ganhado espaço nas empresas, mas a infraestrutura de data center tem papel fundamental no funcionamento da tecnologia.

Até porque, por trás de toda cloud, há um data center para garantir a disponibilidade das soluções baseadas na tecnologia. 

Ao longo deste artigo, você vai entender que não se trata de escolher qual infraestrutura é a mais adequada ao seu negócio. A grande questão é como conseguir traçar uma estratégia que consiga unir o melhor desses dois mundos: a nuvem e um centro de dados. Um bom exemplo disso são as instituições financeiras.

Muitas passaram a adotar a nuvem pública para acompanhar a mudança digital do mercado. Por outro lado, essas empresas mantêm o data center por questões de segurança, exigências regulatórias e aplicações críticas envolvendo dados.

Outra movimentação bastante comum em instituições que utilizam um data center é terceirizá-lo, como mostra um recente relatório publicado pela consultoria Markets and Markets.

A pesquisa destaca que, apesar do mercado global de computação em nuvem chegar a um valor de US$ 832,1 bilhões em 2025, o data center vai continuar em operação em 98% das empresas participantes do relatório.

Então, independentemente de o seu negócio possuir uma infraestrutura de data center própria ou de terceiros, aqui vão 5 motivos em que uma estratégia híbrida (que combine o físico com a nuvem) trará diferencial competitivo ao seu negócio.


5 motivos para ainda olhar para uma infraestrutura de data center

Há quem diga que o data center está morrendo. Na verdade, a consultoria Gartner fez esta afirmação em maio deste ano, ao divulgar que organizações iriam desativar seus próprios centros nos próximos anos.

Porém, uma nova previsão da Gartner, de outubro de 2020, mostra que é esperada a retomada desse mercado global em 2021, com crescimento de 6% e um investimento na casa dos US$ 200 bilhões.

Isso mostra que uma infraestrutura de data center ainda tem muito a oferecer para as companhias. Por exemplo, algumas usam seus centros de distribuição de dados para ofertar soluções de CDN.

Por sinal, a transformação do data center em uma solução de Edge Computing se torna uma oportunidade para organizações com uma infraestrutura própria ou terceirizada.

Com o processamento de dados na borda, as companhias têm uma camada a mais de segurança da informação, além de economia de recursos de um ambiente em nuvem uma vez que a baixa latência trará uma resposta mais ágil.

Se essas vantagens de um data center ainda não são suficientes, o site InformationWeek reuniu alguns motivos para também considerá-lo nos negócios.

1. Investimentos em sistemas existentes

Algumas instituições – principalmente as financeiras – utilizam aplicativos de missão crítica baseados em COBOL. Essa linguagem de programação, presente há 60 anos no mercado, é conhecida por ser totalmente orientada a negócios.

Tanto softwares escritos em COBOL quanto outros sistemas legados fornecem algum valor de negócios que as companhias já testaram e aprovaram. Porém, entre mantê-los e substituí-los por programas baseados na nuvem, qual decisão tomar?

Mantê-los, já que o código é proprietário e o data center vai garantir a disponibilidade dele. Apesar de soluções em nuvem serem adaptativas às necessidades de um negócio, é preciso encontrar nelas qual será a vantagem competitiva.

2. Gestão do ciclo de vida

Donos de data center sabem que a vida útil dos equipamentos vai exigir um investimento de tempos em tempos. Além disso, precisam encarar também o fim do suporte ao sistema operacional de um servidor.

Por exemplo, a Microsoft retirou o suporte estendido para o Windows Server 2008 em janeiro de 2020. Em seguida, retirou o suporte para o SQL Server 2008 em julho de 2020.

A falta de atenção a isso coloca a segurança da informação em xeque. Nessas horas, muitas companhias olham para a computação em nuvem para disponibilizar produtos e serviços, além de manter o backup seguro das operações.

Porém, como qualquer outra tecnologia, a cloud também está sujeita a falhas. Assim, as empresas podem ainda ter servidores próprios ou terceirizados para ter controle de possíveis indisponibilidades da nuvem, mantendo as operações funcionando.

3. Segurança de propriedade intelectual

Algumas organizações possuem código proprietário em seus sistemas e que são uma vantagem competitiva nos negócios. Por isso, muitas esperam guardar esses dados da forma mais segura possível.

Apesar da nuvem ser completamente segura, os recursos contratados e a falta de uma governança podem abrir vulnerabilidades. Assim, manter esses ativos hospedados em um data center faz sentido.

4. Agilidade e flexibilidade

Uma estratégia híbrida oferece agilidade e flexibilidade às organizações, porque vai permitir decidir pelas melhores opções estratégicas, operacionais e de custo. Em um momento pode ser a nuvem pública, em outro, um data center.

Por exemplo, uma empresa pode usar a computação em nuvem para prover agilidade, mobilidade e disponibilidade do seu aplicativo aos clientes. Enquanto o data center aloca os sistemas internos da empresa que são usados por funcionários.

5. Testes e tolerância a falhas

Os sistemas de missão crítica alocados em uma infraestrutura de data center podem ser replicados facilmente em um ambiente em nuvem. Seria como ter uma opção prontamente disponível para testar possíveis atualizações dessas aplicações.

Outra vantagem é a flexibilidade da tolerância a falhas (failover em inglês). Quando os sistemas estão nessas duas infraestruturas, essa operação automaticamente vai acionar o data center quando a nuvem cair e vice-versa.

Data center ou nuvem: qual a melhor opção para sua empresa?

A computação em nuvem e uma infraestrutura de data center têm suas vantagens a depender das necessidades de uma empresa. Por exemplo, quem atua no setor da saúde pode apostar nos dois ambientes para garantir o backup seguro dos dados.

Já companhias de serviços financeiros possuem dados de propriedade intelectual. Então, para elas, ter um controle direto desses ativos a fazem enxergar o data center como melhor opção.

De qualquer maneira, a tecnologia cloud tem beneficiado empresas devido ao modelo de negócio. Mas, apesar dessa migração para a nuvem, o data center se mostra uma opção segura para o armazenamento de sistemas e infraestrutura mais críticos.

Muitas empresas podem até ter certo receio de migrar seus negócios de vez para a nuvem. Por isso, o data center terceirizado serve como essa porta de entrada a partir de soluções como hosting e colocation.

São duas soluções que, a partir do centro de dados terceirizado, fornecem um espaço seguro e privado para alocar servidores, sistemas, aplicações críticas e de negócios, dando a opção de uma equipe própria ou da fornecedora fazer o gerenciamento.

Sendo assim, como quase tudo na vida, a melhor opção para a sua empresa vai depender das características do seu negócio e das necessidades atuais. A boa notícia é que existe uma solução para (quase) tudo.


Repassando o que vimos neste post

  • Infraestrutura de data center mantém o funcionamento da computação em nuvem.
  • Apesar de muitas empresas adotarem a tecnologia cloud, o data center ainda possui vantagens, principalmente na execução de aplicações de missão crítica.
  • Confira 5 motivos que mostram como uma estratégia híbrida – entre nuvem e data center – pode fazer a diferença nos negócios.

Gestão de dados é determinante para eliminar gargalos dos call centers

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