dificuldades implementar IA Imagem gerada por Inteligência Artificial

Empresas relatam dificuldades para implementar IA

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Levantamento aponta que executivos têm clareza da importância da inteligência artificial, mas enfrentam problemas para implementá-la



Por Redação em 30/01/2025

Parceria Editorial imagem parceria editorial

Um novo levantamento da consultoria Gartner sobre investimentos em tecnologia da informação (TI) e inteligência artificial (IA) revelou que o setor deve crescer pelo menos 8,2% esse ano em relação a 2024. Na prática, isso significa uma injeção de US$ 5,75 trilhões na economia global. Segundo o Gartner, parte desses investimentos vão para implantação de novas estruturas de inteligência artificial generativa (GenAI). Apesar do movimento positivo, executivos ainda revelam dificuldades para implementar IA em suas respectivas empresas.

A consultoria ainda aponta o poder de adaptação à nova realidade. “Enquanto outras soluções cruciais para os negócios, como a nuvem, demoraram mais de uma década para se consolidarem, a IA tornou-se uma agenda urgente”, citou o instituto, no e-book produzido pelo Valor em parceria com a Embratel (baixe o material completo aqui). 

Recentemente, o Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos dos EUA declarou que investimentos privados em GenAI saíram de US$ 2,85 bilhões para US$ 25,23 bilhões no comparativo entre 2022 e 2024, o que reafirma o senso de urgência para a adoção da nova tecnologia.

“O grau de maturidade no uso da IA ainda é baixo. As empresas precisam ajustar suas culturas, e isso toma tempo” , declarou Thiago do Val, consultor jurídico e coordenador executivo da Comissão Jurídica da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Ações pontuais e dificuldades para implementar IA

dificuldades implementar IA

Segundo a Abrasca, 65% das companhias abertas nacionais utilizam IA, ressaltando ações pontuais. “Ainda não é um tema para os conselhos, ele está mais focado no desenvolvimento de aplicações úteis para o dia a dia e de soluções que produzam ganho de eficiência”, justificou o consultor. 

Para Dora Kaufman, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pesquisadora dos impactos sociais da inteligência artificial, trata-se de uma situação passageira e que tende a mudar. “Forma-se um consenso entre os conselhos e os C-Level sobre o caráter estratégico da IA para impulsionar o desenvolvimento de produtos e serviços, a experiência do cliente (UX), a expansão para novos mercados e negócios e a sustentabilidade da própria companhia”, explicou a professora. 

Segundo ela, para que o avanço aconteça de fato é preciso superar uma série de obstáculos, entre eles a reunião de informações precisas, assim como a proteção à propriedade intelectual e a segurança online. 

A professora ressaltou ainda os impactos da ausência de um marco regulatório de IA no Brasil. “Na medida em que ainda não existe um marco regulatório de IA no Brasil nem diretrizes das agências reguladoras setoriais e agências certificadoras, a responsabilidade sobre a gestão de risco ainda é inteiramente das organizações”. Para ela, os desafios de implantação de IA nas empresas são tão grandes quanto as oportunidades. “As organizações estão cientes de que solucioná-los vai representar a diferença em seu desempenho futuro”, disse.


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