Projetos de Internet das Coisas (IoT) podem se beneficiar de redes dedicadas como NB-IoT e LTE-M para vencer os desafios de conectividade no Brasil.
Sua empresa provavelmente conhece os benefícios da Internet das Coisas (IoT): eficiência operacional, produtividade da força de trabalho, novas experiências do consumidor e novos modelos de negócio. Mas antes mesmo de você descobrir os benefícios mensuráveis e o valor comercial para os projetos de IoT, você sabe dizer qual rede dedicada é a mais adequada para a mágica acontecer?
No Brasil, a Narrowband-IoT (NB-IoT) e a LTE-M são redes que estão se popularizando entre empresas de vários setores, em especial o agronegócio. São tecnologias usadas em dispositivos de baixa complexidade, mas com um alto volume de dados. Por exemplo, sensores para monitorar a temperatura de uma estufa.
Essas duas tecnologias são suportadas pelos maiores fabricantes de equipamento, processadores e módulos. Sem contar que as redes NB-IoT e LTE-M podem coexistir com as redes móveis 2G, 3G e 4G. Ou seja, a infraestrutura das redes móveis será usada para transportar os dados dessas tecnologias voltadas para a Internet das Coisas.
Isso vai trazer alguns benefícios de segurança e privacidade como:
- Suporte à confidencialidade da identidade do usuário;
- Autenticação de entidade (dispositivos);
- Confidencialidade e integridade de dados;
- Identificação de equipamentos móveis.
Já deu para perceber que as NB-IoT e LTE-M podem ser uma solução para os desafios de conectividade que as empresas encaram na hora de desenvolver projetos de Internet das Coisas. Até então, o uso de redes GPRS/EDGE, 3G e 4G para a IoT poderiam limitar a conexão com os dispositivos por conta do custo de conexão e do grande consumo de bateria.
Por isso, o Mundo + Tech traz uma explicação sobre essas duas tecnologias para você entender qual é a mais adequada para o seu negócio.
Narrowband IoT (NB-IoT)
A NB-IoT é uma tecnologia de LPWAN (sigla para Área Ampla de Baixa Potência) que se conecta com “coisas” de baixa complexidade. Geralmente é usada em ambientes em que a conectividade (3G/4G e Wi-Fi) pode não funcionar de forma satisfatória como espaços muito fechados (estacionamentos e grandes edifícios) e na área rural.
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A tecnologia melhora significativamente o consumo de energia dos dispositivos de Internet das Coisas, a capacidade do sistema e a eficiência do espectro, especialmente em cobertura interna. Outro destaque é que a NB-IoT tem bateria de longa duração e os dispositivos embarcados com a rede podem ter uma vida útil de 10 anos.
Como cita este artigo do RFiD Journal Brasil, a NB-IoT padronizada possui três operações quando implantada em outras redes:
- In-band: quando usa blocos de recursos físicos de um prestador de serviço 4G LTE;
- Banda Guard: quando regula o espectro não usado em um provedor de serviços de banda de guarda 4G LTE;
- Independente: quando implantada em um espectro dedicado.
Geralmente a NB-IoT é utilizada em dispositivos IoT que não precisam transferir grandes quantidades de dados e que não exigem baixa latência. Além disso, é uma tecnologia mais barata com melhor resposta aos dispositivos fixos (sensores, por exemplo).
LTE-M
A rede LTE-M também utiliza as frequências licenciadas pelas operadoras de telefonia. Ou seja, as empresas de telecom não precisam gastar com a construção de novas infraestruturas para suportar a tecnologia, mas somente fazer atualização de software. Outro ponto é que ela é ideal para soluções que realizem grandes transferências de dados.
Dito isso, a LTE-M é usada em aplicações que exigem mais mobilidade, como tratores em um campo ou dispositivos para rastrear veículos, porque tem um alcance de 100 quilômetros e uma taxa de transmissão de 1Mbps. Assim como a NB-IoT, a tecnologia também possui uma bateria de longa duração e um custo baixo.
Onde a LTE-M pode ser usada:
- Setor automotivo e transporte: a tecnologia suporta a transferência de dados entre células da rede enquanto um carro está em movimento. Portanto, ela é adequada para rastreamento de veículos, rastreamento de ativos e gerenciamento de frota.
- Saúde: além da mobilidade por conta da conectividade de longo alcance, a LTE-M também tem suporte a voz. Assim, a tecnologia pode ser usada com aplicações voltadas para a saúde, como o monitoramento ambulatorial e prestação remota de serviços.
- Cidades inteligentes: a LTE-M vai atender a diversas necessidades de uma cidade inteligente, como por exemplo:
• Controle da iluminação das ruas.
• Monitoramento dos horários de coleta de resíduos.
• Identificação de vagas de estacionamento gratuitas.
• Monitoramento de condições ambientais.
• Monitoramento das estradas (reparos na via, acidentes etc).
Qual tecnologia ideal para os meus projetos de IoT?
Quando você for iniciar um projeto de IoT para os seus negócios, é preciso definir alguns pontos:
- Qual o caso de uso?
- Qual a estrutura da aplicação?
- Onde ela será implantada?
- Qual o nível de complexidade do projeto?
No Brasil, as operadoras de telefonia já oferecem a NB-IoT e LTE-M com foco total para soluções IoT. Então, sua empresa já pode ter uma noção sobre qual infraestrutura vai garantir a conectividade, se a cobertura dessas redes vai satisfazer as suas necessidades e quais os dispositivos que você pode adquirir para tocar o projeto.
Principais destaques desta matéria:
- NB-IoT e LTE-M são redes dedicadas para projetos de Internet das Coisas (IoT);
- Tecnologias são baratas e utilizam infraestrutura de redes de telefonia (Edge, 3G, 4G);
- Redes podem ser usadas em diversos setores como agronegócio, saúde e automotivo.