ia na nuvem Imagem gerada por Inteligência Artificial

lA e nuvem se tornam receita de sucesso corporativo

4 minutos de leitura

Com habilitação da computação em nuvem, as empresas focadas em inteligência artificial dominam o volume de processamento e análise de dados



Por Redação em 24/03/2025

Os conceitos de computação na nuvem (cloud computing) e inteligência artificial (IA) estão intrinsecamente ligados. Mais ainda, é possível afirmar que a evolução da IA só é possível graças aos recursos de cloud computing, que revolucionou, nos últimos anos, a forma como empresas armazenam, acessam e processam dados.

Não sem motivo, em um ranking da Forbes com as 100 maiores utilizadoras de computação em nuvem no mundo em 2024, grande parte é ocupada por empresas de inteligência artificial. A OpenAI ficou em 1º lugar, a Databricks em 2º e grandes ascensões de Anthropic e ScaleAI no top 10. Em 2025, a expectativa é que ainda mais empresas de IA avancem no ranking, competindo com fintechs, empresas de cibersegurança e de desenvolvimento de softwares. No ranking da Forbes, organizado em parceria com a Bessemer Ventures Partner, ainda é possível verificar que nada menos que 55 integrantes, entre os 100 listados, anunciaram algum produto ou recurso de IA generativa nos últimos oito meses. E mais: 70% delas estão usando IA ou aprendizado de máquina (ML) em seus produtos, atualmente.

Confira os destaques do ranking navegando pelos links abaixo.

7 motivos do sucesso da IA com a nuvem

1. Top 100 em cloud

A OpenAI ficou no topo da lista e reflete o movimento de que muitas das organizações que estrearam em 2023 se beneficiaram do boom da inteligência artificial e se estabeleceram rapidamente como fornecedores líderes. 

2. Valor das empresas

O Cloud 100 de 2024 mostra que as empresas listadas valem um total de US$ 654 bilhões, contra os US$ 738 bilhões em 2022, representando uma redução de 11% ano após ano. No entanto, as 10 principais empresas Cloud 100 ainda representam um surpreendente valor patrimonial de US$ 211 bilhões (32% do valor da lista) e, em média, cada empresa Cloud 100 vale US$ 6,6 bilhões.

3. Adoção da IA

ia na nuvem

Parte da razão para a rápida proliferação da IA ​​é a sua facilidade de adoção, segundo a Forbes. Para que as empresas migrem para a nuvem, em primeiro lugar, é necessária uma “refatoração completa de seus produtos”. A IA, por outro lado, pode ser incorporada mais facilmente em produtos e fluxos de trabalho existentes.

4. IA para capturar valor

Algumas empresas estão adquirindo recursos por meio de fusões e aquisições, e outras estão criando aplicativos nativos de IA desde o início, como a OpenAI, Anthropic, Midjourney, Hugging Face e DeepL. 

A OpenAI não apenas entrou na lista pela primeira vez, mas também substituiu o Stripe ao conquistar o primeiro lugar. A Databricks, outra empresa que faz grandes investimentos em IA, também foi destaque ao ocupar o segundo lugar.

5. Previsão de crescimento

A lista da Forbes mostrou ainda que os últimos anos comprovaram a eficiência na nuvem. Quase dois terços das empresas listadas apresentaram tendência de fechamento de fluxo de caixa equilibrado ou lucrativo para 2024 e a expectativa é que 94% delas se confirmem lucrativas até o final de 2025.

6. IA Generativa

ia na nuvem

Com a proliferação da IA generativa, as empresas que ainda não estavam prestando a devida atenção à tecnologia correram para entender os impactos nos negócios. Quem já está trabalhando com a IA, acelerou o passo para avaliar como a IA generativa pode afetar ainda mais as suas aplicações e a mudança de chave foi rápida, acontecendo a partir de novembro de 2022. 

7. API e IA

Para alguns especialistas, não existirá IA sem interfaces de programação de aplicações (API). Ou seja, as empresas precisam investir em infraestrutura, camadas de dados e microsserviços para garantir que estão prontas para integrar a IA em seus negócios. Para abraçar o uso da IA é necessário, entre outras coisas, construir novas verticais e frameworks para incentivar a inovação com IA. 

IA e nuvem no varejo

A integração da inteligência artificial (IA) com tecnologias de computação em nuvem tem transformado a personalização da experiência do cliente no varejo. Empresas como a Magazine Luiza, por exemplo, implementaram assistentes virtuais operados por IA generativa para interagir com os clientes de maneira mais assertiva, oferecendo sugestões personalizadas e aprimorando o atendimento.

Isso porque plataformas baseadas em nuvem permitem que varejistas analisem o comportamento dos consumidores em tempo real, adaptando ofertas e recomendações de produtos às preferências individuais, o que aumenta a satisfação e a fidelização dos clientes.

No âmbito do gerenciamento de estoques e inventários, a combinação de IA e computação em nuvem tem se mostrado eficaz na medida em que a nuvem habilita que a IA processe dados em alto volume e velocidade para prever a demanda de produtos e serviços com base nos históricos de vendas, tendências de mercado e comportamento dos clientes.

Dessa forma, a automação de processos de reposição e a visibilidade em tempo real do inventário proporcionadas pela nuvem permitem uma gestão mais eficiente e ágil, reduzindo custos operacionais e melhorando a eficiência logística.

IA no setor financeiro

No setor financeiro, a computação em nuvem permite que sistemas de IA processem quantidades vastas de dados em tempo real, identificando padrões e anomalias que podem indicar atividades fraudulentas. 

Em artigo publicado na imprensa especializada, Antonio Kikuti, diretor de crédito e modelagem preditiva da C&M Software, resumiu que Instituições financeiras utilizam algoritmos de aprendizado de máquina, por exemplo, para analisar transações e comportamentos de clientes, detectando rapidamente operações suspeitas e reduzindo o risco de fraudes.

Além disso, ao processar dados históricos e atuais, esses sistemas podem prever tendências de mercado, auxiliando na tomada de decisões estratégicas e na gestão de riscos. A capacidade de escalar recursos computacionais na nuvem, portanto, permite que as instituições financeiras ajustem rapidamente as suas operações analíticas, sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura física.

Não sem motivo, a adoção dessas tecnologias tem sido uma prioridade para líderes do setor financeiro, segundo estudo da Topaz. No Brasil, 52% dos líderes desse setor disseram planejar o implemento de IA para detecção de fraudes, por exemplo.

Edge computing potencia a nuvem e a IA

Com o crescimento exponencial do processamento de dados, provocado principalmente pelas soluções de IA, a computação de borda (edge computing) ganha relevância como interface entre os processadores de nuvem e os desenvolvedores. Isso porque ela permite o processamento de dados mais próximo da fonte, reduzindo latência e aumentando a eficiência operacional. 

Essa abordagem evita a necessidade de enviar grandes volumes de dados para servidores distantes, tornando as respostas mais rápidas e aprimorando aplicações que exigem baixa latência, como monitoramento em tempo real e automação industrial.

No contexto das redes privativas 5G, a computação de borda viabiliza novas arquiteturas de processamento descentralizado, garantindo maior confiabilidade e segurança na transmissão de dados. Assim, as empresas podem processar informações sensíveis localmente, minimizando riscos e melhorando a tomada de decisão. Além disso, essa integração com a nuvem permite escalabilidade, otimizando o uso de recursos computacionais conforme a demanda.



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