A escala de dados continua a crescer rapidamente no mercado bancário e a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 confirma esse processo. De acordo com o levantamento, os bancos estão cada vez mais orientados a dados, conscientes da necessidade de transformar a cultura organizacional paralelamente aos avanços tecnológicos, e usufruindo dos benefícios dos investimentos em cloud. Outro movimento envolve a evolução no atendimento, que se torna mais digital e humanizado.
Essas tendências ficam evidentes nas prioridades escolhidas pelo setor bancário em 2022 e também no começo desse ano: a análise e exploração dos dados obtidos via Open Finance é apontada como a número um.
A combinação dela com as outras demandas prioritárias está levando o setor a direcionar ações para suportar esses movimentos e entre eles está a maior escalabilidade da inteligência artificial para lidar com o maior volume de dados. Isso inclui uma agenda com destaque para a IA, segundo a pesquisa.
A agenda apontada pelos executivos entrevistados para a elaboração do levantamento envolve a otimização do legado e priorização de cloud e a IA como tecnologias essenciais para automação. Ao mesmo tempo, a segurança cibernética inteligente surge muito forte para lidar com o aumento da conectividade e com a dependência exponencial de dispositivos e sistemas on-line.
O levantamento da Febraban, realizado em parceria com a Deloitte, mostra que IA está na vitrine dos especialistas em tecnologia da informação dos bancos, com destaque para três vertentes de aplicação: segurança cibernética, automação e eficácia dos assistentes virtuais.
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Na prática, isso se reflete numa lista de soluções que inclui aplicações de biometria, chatbot e RPA (automação de processos robóticos), que são as mais utilizadas e as consideradas mais importantes pelos bancos. As duas primeiras, por exemplo, fazem parte de 100% das instituições ouvidas no levantamento, enquanto a RPA é uma realidade em 92% delas.
Para os analistas do relatório, as prioridades apontadas confirmariam a preocupação do setor com a eficiência nas operações e a oferta de um atendimento ao cliente cada vez mais ágil, responsivo, seguro e humanizado. Para isso, a IA aparece como a chave para uma “interação mais fluida e natural entre o homem e a máquina”.
Uma segunda categoria de prioridades envolve a inteligência cognitiva, a user interface, o robô advisor e a biometria por voz. Essa última é a menos presente nas instituições bancárias entrevistadas, sendo que apenas 17% delas possui a ferramenta ativa. Já a inteligência cognitiva é adotada por 6 em cada dez instituições, entre as entrevistadas.