O investimento em infraestrutura é o divisor de águas para o 5G nesse ano, segundo Thiago Priess Valiati, advogado e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Regulatório (IBDRE). Ele avalia, em artigo para o site TI Inside, que o cumprimento dos cronogramas das operadoras para ativação da tecnologia depende do avanço da rede.
Citando a Anatel, Valiati lembra que até julho de 2025 o foco das empresas de telecomunicações estará no atendimento dos municípios com população igual ou superior a 500 mil habitantes. De acordo com ele, a expectativa é de que elas instalem uma antena a cada 10 mil habitantes. No ano que vem, a cobertura deve se espalhar para cidades com mais de 200 mil habitantes, com a demanda de ativar pelo menos uma antena para cada 15 mil pessoas.
O próximo passo serão os municípios com mais de mais de 100 mil habitantes, seguindo a proporção de uma antena a cada 15 mil pessoas e com data limite de julho de 2027. O processo deverá ser finalizado até julho de 2029, quando a expectativa é de que 100% da população localizada em cidades com mais de 30 mil habitantes seja atendida pelo 5G, com o padrão de uma antena para cada 15 mil pessoas.
5G fomenta o desenvolvimento
O especialista lembra da importância de adoção do 5G: quanto maior a presença do serviço de alta velocidade e qualidade, mais desenvolvimento socioeconômico ele pode gerar para o país. Ele destaca as projeções do governo federal, que apontam que o 5G deve adicionar aproximadamente 0,5% ao PIB ao ano. Nessa conta estão o aumento de produtividade e as novas oportunidades de negócio em setores variados como indústria, saúde, educação, agricultura e logística.
Valiati destaca ainda que o investimento na infraestrutura gera um ciclo virtuoso. Sem um estoque de ativos nessa área, o país estaria limitado em termos de desenvolvimento e em crescimento do ambiente negócios. Quanto mais desenvolvida a infraestrutura, mais capital será investido, enfatiza o especialista.