burnout

Inteligência artificial ajuda a identificar burnout

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Tecnologia mapeia padrões de comportamento que podem levar os profissionais ao estresse crônico



Por Redação em 23/08/2022

Nome dado para definir um estresse crônico – e não administrável – no ambiente de trabalho, a síndrome de burnout é cada vez mais comentada no ambiente corporativo, mas a subjetividade de suas causas ainda dificulta as ações de prevenção. Uma reportagem do Estadão Conteúdo, contudo, mostrou recentemente que as respostas para isso podem estar na análise e gestão de dados, com captação de inteligência artificial. 

Sim, medir a gravidade da síndrome e as causas de origem já é possível, segundo a startup Fhinck, desenvolvedora de um software de gestão do trabalho que notou a possibilidade de extrair informações sobre excessos que comprometem a saúde dos profissionais.

“Na questão do burnout, desenvolvemos um algoritmo para identificar variáveis que os estudos apontam. Uma das últimas etapas de uma pessoa entrando em burnout [por exemplo] é ficar isolada, quando ela se comunica menos”, disse o CEO e cofundador da empresa, Paulo Castello. Ele detalhou que a empresa busca traduzir fatores de risco em números, com base em estudos científicos sobre saúde mental no trabalho.

A tecnologia da Fhinck foi desenvolvida para rotinas de escritório e coleta dados da interação das pessoas com o computador. Dessa forma, a inteligência artificial identifica as pessoas que estão ficando mais isoladas do que o normal e ainda alerta sobre jornadas semanais superiores a 60 horas, além de atividades digitais realizadas por mais de 85% da jornada semanal de trabalho. Vale destacar que esses são índices importantes validados pelos estudos citados anteriormente.

Reuniões, e-mails e o burnout

O tempo gasto com comunicação escrita também é motivo de atenção, quando esse ultrapassa 20% da jornada de trabalho. O mesmo vale para as reuniões, que não devem ocupar mais de um quinto do expediente dos profissionais. Segundo a reportagem, esses números limites também são estabelecidos com base em estudos.

“Os dados criam uma pontuação que não significa que a pessoa está em burnout, mas separa entre ‘isso é normal’ e ‘isso é anormal’. Quanto mais pontos vai ganhando, maior a tendência de entrar em burnout”, disse Castello. Segundo ele, os pontos só começam a ser contabilizados quando há um desvio do padrão estabelecido, que pode mudar ao longo do tempo, seguindo tendências de novos estudos.



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