O desenvolvimento de soluções digitais passou por grande aceleração nos últimos três anos com a pandemia desencadeada pelo novo coronavírus, no início de 2020. Esse movimento resultou em uma forte integração entre o mundo físico e digital, reverberando ainda em mudanças no relacionamento com o consumidor em setores estratégicos, como o varejo.
De acordo com entrevista do Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Varejo da Embratel, Daniel Feche, para a Estúdio Folha, tecnologias como o 5G desempenharão um papel importante na consolidação do mundo digital no setor do varejo. Essa sobreposição de mundo digital diante do mundo físico é chamada de figital.
Daniel Feche fala sobre como a transformação do varejo precisa acompanhar as necessidades do consumidor — que está em constante mudança, e cada vez mais velozes.
“As demandas dos consumidores surgem de forma muito rápida. E a tecnologia deve atuar cada vez mais como protagonista da transformação do varejo nos próximos anos.”
Mudança no mercado de varejo
Durante a pandemia, o desenvolvimento de soluções digitais foi acelerado com o isolamento social. Segundo o Gerente de Desenvolvimento de Negócios em Varejo da Embratel, os projetos de inovação tecnológica foram finalizados rapidamente para atender os consumidores.
“Durante a fase mais intensa da pandemia, muitas inovações que estavam em desenvolvimento tiveram de ser implementadas imediatamente para atender consumidores que ficaram isolados e amedrontados.”
O uso do 5G
O uso de novas tecnologias no mercado varejista pode trazer benefícios à gestão de recursos no setor, além de proporcionar melhorias na experiência do consumidor. E a rede 5G é apontada como uma importante ferramenta para a consolidação dessa integração entre o mundo físico e o virtual.
Se, durante a pandemia, a adoção de soluções digitais aumentou significativamente no mercado de varejo, o próximo passo é a consolidação dessa experiência por meio da imersão digital.
Para Daniel Feche, o 5G será essencial para o desenvolvimento de inovações tecnológicas, como experiências de imersão digital e a popularização do uso de metaversos, conceitos que fazem parte da nova era da internet, a Web 3.0.
Além da velocidade, o uso de redes 5G oferece uma conexão com a internet mais precisa, de baixa latência, o que pode corroborar na transformação de experiências digitais, tornando-as cada vez mais realistas.
“Boa parte dessas inovações será destravada com a chegada do 5G, que traz uma expectativa de maior velocidade no compartilhamento de dados e a possibilidade de experiências virtuais cada vez mais realistas, por exemplo.”
Com metaversos sendo desenvolvidos por grandes empresas de tecnologia, como a Meta, novos cenários devem modificar a relação do consumidor com o mercado de varejo. Daniel Feche acredita que essa transição digital será estabelecida entre dois ou três anos, provocando uma reestruturação na relação com o consumidor final. Por outro lado, a adoção de metaversos exigirá mais atenção no que diz respeito à proteção de dados do usuário.