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Novo arsenal de golpes desafia cibersegurança

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Criminosos lançam mão de tecnologias como deepfake e LLMs para atacar em várias frentes



Por Redação em 10/06/2024

Uma nova época de cibercrime está desafiando os profissionais de cibersegurança, com uma diferença importante: a linguagem usada é gramaticalmente correta e tem um estilo claro. Ou seja, fica mais difícil identificar mensagens criminosas com base no uso de um português precário. A avaliação é de Cassiano Cavalcanti, autor de artigo sobre essa evolução na Crypto ID. Segundo ele, que é um especialista em prevenção de fraudes e cibersegurança, o cenário de golpes digitais mudou.

Duas tecnologias estão por trás dessa nova onda, em particular as ligadas à Inteligência Artificial (IA). Estamos falando do deepfakes e dos grandes modelos de linguagem (Large Language Models, ou LLMs). Para Cavalcanti, são recursos que podem criar conteúdos falsos e bastante realistas, a ponto de serem difíceis de não ser encarados como reais. No dia a dia, a manipulação dos criminosos cibernéticos continua, mas com um novo patamar de sofisticação. 

Combinação explosiva

Nesse sentido, a combinação do deepfake com o LLM é explosiva. A mescla permite a elaboração de golpes e fraudes personalizadas e convincentes. E é fácil entender o porquê: com o deepfake é possível manipular imagens, vídeos ou áudios de pessoas reais. O campo de aplicação é vasto, indo desde a simulação de entrevistas reais, inclusive com a possibilidade de deepfakes online de celebridades e políticos. 

Os LLMs, por sua vez, garantem a geração de textos fluidos e com coesão, numa linguagem natural e simples. A técnica também pode ser usada para imitar estilos, usando os recursos da IA. Numa aplicação positiva, os LLMs estão alimentando os chatbots oficiais de empresas idôneas. No universo do crime, eles infelizmente apresentam a mesma eficiência para enganar pessoas inocentes. 

Um alento nessa nova era de crimes cibernéticos é que também existe uma reação contrária de combate às fraudes e golpes digitais. O movimento vem sendo puxado por instituições financeiras, mas tem outras indústrias, como TI e telecom, envolvidas no processo. Entre as iniciativas tecnológicas estão indicadores como carimbos de data e hora, classificações e uma bateria de recursos de biometria. Essa é aposta dos especialistas para o contra-ataque. 


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