É impossível falar de transformação digital no setor financeiro sem citar nuvem (cloud computing), uma vez que a escalabilidade com baixo custo, a flexibilidade no armazenamento e a segurança no backup de dados são imprescindíveis para o setor. Definitivamente, a nuvem coloca o futuro em movimento no setor bancário. O tema será discutido durante a Febraban Tech 2023, evento que acontece em São Paulo no final de junho.
De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, 67% dos bancos já migraram alguma aplicação para cloud pública e/ou privada. Destes, 36% representam soluções de ERP, 44% de CRM e 29% de Analytics e Business Intelligence. A migração para cloud depende de modernização da arquitetura tecnológica, o que pode associar segurança e robustez operacional. Nesse sentido, os bancos têm optado por migrações em etapas, que compreendem também os canais digitais, como internet banking e mobile. Outro dado revelado pela pesquisa é o interesse das instituições bancárias em desenvolver sistemas cloud native, ou seja, aqueles já são adaptados para cloud pública.
Otimização e priorização de cloud
De acordo com estudos da Deloitte, num cenário global, 80% dos players de serviços financeiros adotam pelo menos uma estratégia multicloud. Por se tratarem de diferentes provedores, a gestão de produtos e de plataformas se torna complexa e exige uma reorganização para a unificação das operações. No entanto, isso pode ser otimizado com o uso de tecnologia que ofereça uma única camada de gerenciamento entre clouds.
Quando a tomada de decisões sobre gastos é baseada em dados e insights, a nuvem possibilita o efetivo controle dos custos. Além disso, trabalha questões de governança de TI e financeira. Esse movimento de consumo em ambientes multicloud converte o FinOps em um sistema que visa não somente a redução de custo com a adoção de cloud, mas, principalmente, a geração de valor agregada a ele.
Um dos executivos do sistema bancário que participou desta edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária declarou que a opção por multicloud foi tomada com base na possível redução de riscos. “Investimos na estratégia multicloud devido à sua flexibilidade, agilidade e capacidade de mitigar eventuais riscos, por questões de indisponibilidade ou instabilidade”, declarou.
Fator segurança da nuvem bancária
Uma das vantagens de utilizar a nuvem no sistema bancário é a possibilidade de utilização em departamentos diferentes, de acordo com a necessidade do gestor. Da mesma forma, a gesgtão de recursos e/ou centro de custos pode ser individualizada, conforme as necessidades de cada departamento. Nesses casos, o habilitador é quem controla os limites das contas gerenciadas. O mais importante disso é que ele atua de forma agnóstica. Em outras palavras, o habilitador não tem acesso aos dados individuais do cliente final.
Segundo a Amazon Web Services (AWS), parceira da Embratel enquanto habilitadora de soluções cloud, nos últimos anos, em decorrência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o mercado exige esse tipo de comportamento. A forte legislação do Banco Central também reafirma o compromisso com a segurança de dados digitais.
Tecnologia de nuvem será discutida na Febraban Tech 2023
Um dos assuntos que estarão em alta na Febraban Tech 2023 é a nuvem. O evento de tecnologia e inovação do setor financeiro que acontecerá entre os dias 27, 28 e 29 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), trará representantes do mercado global para discutir o tema. Entre os convidados, estão: Jenn Darkazalli e Wagner Arnaut, ambos da IBM; Bruno Domingues, da Intel; Cíntia Barcelos e Gloria Kojima, do Bradesco; Fabio Napoli e Ricardo Guerra, representando o Itaú Unibanco; Ricardo Contrucci, do Santander Brasil; Tatiana Orofino, da AWS; Jorge Krug, do Banrisul; Daniela Binatti e Ricardo Josuá da Pismo, do Itaú Unibanco; Andres Sutt, que vem da Estônia, entre tantos outros nomes.
Acompanhe a cobertura do Próximo Nível sobre a Febraban Tech 2023.