Em primeiro plano, uma mão segurando um ipad e na tela mostrando uma ilustração de geolocalização de carros. No segundo plano, carros.

O que é preciso para os carros compartilhados ganharem as ruas?

3 minutos de leitura

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Por Redação em 28/05/2018
Várias cidades do Brasil já sinalizaram o desejo de implantar sistemas de compartilhamento de veículos

Para que os carros compartilhados ganhem as ruas do Brasil, o que falta é matemática. Isso significa que é preciso encontrar uma fórmula de equilíbrio econômico e financeiro que viabilize a sua implementação. Os veículos são caros e, assim como com as bicicletas compartilhadas, é necessário o apoio de empresas patrocinadoras.

Os sistemas de compartilhamento de veículos surgiram há 30 anos na Europa. A ideia é a de que eles funcionem como uma solução tecnológica capaz de otimizar a utilização dos carros, permitindo que mais pessoas usem o mesmo veículo, além de promover práticas sustentáveis e de preservação do meio ambiente. Hoje, a taxa efetiva de utilização de um veículo é de apenas 5%, ou seja, os carros ficam parados durante 95% do tempo, de acordo com o especialista Carlo Ratti, professor do MIT, em entrevista à revista Época Negócios.

No Brasil, a opção existe desde 2010, mas apenas no último ano foi reconhecida como alternativa pelo seu público-alvo: jovens motoristas que não têm carro, porque nunca tiveram ou porque fizeram as contas e decidiram se desfazer. Entre julho de 2016 e o mesmo mês de 2017 o número de usuários dobrou. Entretanto, ainda não passamos de 100 mil usuários no total.

Por que não compartilhá-los?

As pessoas não precisam ter um carro, e sim um celular, que é a chave para a utilização dos veículos que estão à disposição nas ruas das cidades. Um levantamento da Frost & Sullivan, feito no ano passado, indicou que, no mundo inteiro, 7 milhões de pessoas usam algum tipo de compartilhamento de veículos. A mesma pesquisa calcula que, em 2025, serão 36 milhões de usuários no mundo.

Israel Araújo, diretor comercial da Serttel, empresa brasileira que se dedica a desenvolver soluções tecnológicas para gerenciamento de trânsito e mobilidade urbana, explica que há sistemas de compartilhamento conhecidos como based station, nos quais os carros ficam em vagas específicas pela cidade; e também soluções chamadas free-floating, em que os veículos podem ser encontrados em qualquer vaga nas ruas e localizados por GPS.

O principal modelo de negócio é a locação de veículos em pontos definidos nas cidades para deslocamentos curtos. Não há intermediação, pois o usuário se cadastra e libera o carro a partir de um cartão ou aplicativo. O Brasil já tem sete experiências na área, a maioria no modelo based station, cobrindo boa parte dos estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Ceará.

No Nordeste, duas propostas estão em funcionamento: um projeto-piloto em Recife (PE), com cinco veículos; e o primeiro projeto comercial, em Fortaleza (CE), com 20 carros. A tecnologia que permite o funcionamento é bem parecida com a das bicicletas disponíveis em bases por vários pontos das cidades. Os usuários, por meio de um aplicativo, se comunicam com os servidores, que, por sua vez, interagem diretamente com os veículos, liberando-os para uso. Simplificando, é um comando dado pelo aplicativo de celular, que abre a porta do veículo compartilhado e permite que o usuário o ligue.

Araújo fez uma lista de itens necessários para o sistema ser efetivo:
• frota de veículos;
• estações de recarga (em casos de veículos elétricos);
• aplicativo;
• site;
• softwares de gestão;
• call center;
• gateway de cobrança (sistema de pagamento mobile);
• servidores;
• estrutura para a manutenção dos veículos;
• equipe de remanejamento de veículos (os carros precisam ser remanejados para que estejam à disposição nos locais definidos);
• equipe de projetos (arquitetos urbanistas que estudam a cidade).

Várias cidades no Brasil já sinalizaram o desejo de implantar sistemas de compartilhamento de veículos elétricos, mais sustentáveis tanto no aspecto de uso consciente e aproveitamento, quanto na questão da queima de combustíveis fósseis. “Isso demonstra o interesse dos gestores públicos pela iniciativa”, destaca o diretor comercial. No entanto, um fator que atrasa e dificulta esse processo é o custo dos carros, que ainda são muito caros no Brasil.

“Uma forma de viabilizar esse serviço tão importante e revolucionário é conseguir patrocínios de empresas que se identificam com a causa da sustentabilidade. Em Fortaleza, em parceria com a Hapvida, conseguimos disponibilizar 20 carros elétricos para a população”, aposta.

No entanto, para ter sucesso, o preço precisa ser interessante para as pessoas. Como o serviço é muito novo no Brasil, o valor das tarifas ainda não foi testado.



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