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Por que provedores de software devem se adaptar a uma nova era?

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Com a popularização dos modelos as a Service, empresas buscam novos modelos de negócio, gerando desafios para provedores de software legado.



Por Redação em 30/12/2020

Com a popularização dos modelos as a Service, empresas buscam novos modelos de negócio, gerando desafios para provedores de software legado.

O surgimento de Software como Serviço (SaaS) aconteceu há quase uma década e, desde então, esse modelo de negócio mudou a indústria de software corporativo. Porém, os provedores de software devem estar alinhados com as necessidades atuais de seus clientes.

FIQUE POR DENTRO:
– Quais são as tendências de nuvem pública para 2021?

Um artigo publicado pela McKinsey prevê que os próximos 10 anos serão bem agitados neste setor por conta de três motivos:

  • O amadurecimento da adoção de SaaS e a alta expectativas dos clientes em relação à facilidade de uso e à facilidade de fazer negócios.
  • A maior participação de Plataformas como Serviço (PaaS) como serviço de contratação de computação em nuvem.
  • Uma preocupação maior dos investidores com a saúde financeira de suas empresas em um mundo pós COVID-19.

Atender a essas demandas, observa o artigo da consultoria, exigirá que os fornecedores de software adotem um “novo manual de negócios”, em que será preciso renovar o foco estratégico, ter disposição para expandir as ofertas as a Service, rever o preço das assinaturas e ter muita ênfase no crescimento do lucro.

Provedores de software devem prover uma experiência SaaS

Nos últimos anos,o Software como Serviço se tornou um modelo de entrega de software padrão e em uma velocidade vertiginosa. Este modelo teve uma penetração de, no mínimo, 20% em todas as indústrias, aponta a McKinsey. O setor de serviços profissionais (arquitetura, direito, marketing, tecnologia etc) e de mídia têm 38% e 36%, respectivamente.

Em 2010, as ofertas de SaaS comandaram apenas 6% das receitas de software empresarial. Em 2018, essa participação subiu para 29%, ou US$ 150 bilhões globalmente. No entanto, esse número subestima o verdadeiro tamanho do mercado.

De acordo com a McKinsey, quando as receitas de empresas ainda em transição para SaaS são contadas, a participação do modelo as a Service total sobe para 75% de todas as receitas de software corporativo, ou mais de US$ 380 bilhões.

Esses dados mostram como o mercado tem se tornado maduro e chamado a atenção de empresas que ainda estão iniciando sua jornada para a nuvem.

Por outro lado, se as companhias estão de olho no SaaS, isso não significa que todos os fornecedores desse modelo iniciaram sua transformação.

O próximo normal, diz o artigo da McKinsey, irá acelerar a adoção de modelo SaaS graças ao crescimento de trabalho remoto, à rápida implementação de soluções digitais e aos custos iniciais mais baixos.

No entanto, passado o estágio de adaptação à pandemia, os fornecedores precisam continuar se reinventando para os clientes: é preciso combinar a experiência de entrega de produto como um serviço simplificado e amigável ao cliente com uma experiência de jornada de ponta a ponta (da identificação da dor até a implementação da solução) com as mesmas características.

O motivo? Porque a experiência do cliente de muitos fornecedores de SaaS geralmente parece desconexa. Processos de faturamento legados e formulários de pedidos complexos deixam seus consumidores sem entender muito bem pelo o que eles estão pagando.

Por sinal, discutimos brevemente esse assunto num artigo sobre FinOps. Confira aqui.

Qual o novo manual dos fornecedores de aplicações?

O cenário é, de certa maneira, muito simples: as empresas buscam a nuvem pública como ferramenta para aumentar a sua lucratividade. Nesse contexto de negócio, fornecedores de software devem avaliar e redesenhar os processos principais para torná-los mais intuitivos e responsivos.

Isso porque, anos atrás, as empresas que adotavam ofertas de SaaS esperavam enxergar um crescimento dessas soluções internamente. Porém, com o tempo perceberam que ter cada vez mais modelos as a Service não significava, necessariamente, lucratividade.

Com isso, o desafio dos provedores é entender como otimizar as margens de seus portfólios. A sugestão da McKinsey é olhar função por função de cada serviço e identificar em qual área uma reestruturação pode resultar em melhor eficiência operacional e experiência do cliente.

Gerenciar ativamente o portfólio e vender regularmente produtos de baixo desempenho, diz a McKinsey, geram duas vezes mais receita e valor empresarial do que um provedor de software que realiza um gerenciamento reativo dos produtos em oferta.

Assim, o novo manual dos provedores de software destacado pela consultoria aborda 4 pontos que essas companhias devem observar:

1. Com os fornecedores de SaaS sendo responsáveis ​​por 75% de todas as receitas de software, as empresas que não se converteram para esse modelo devem fazê-lo agora.

2. O preço da assinatura e a nuvem não são suficientes. Vencer com SaaS significa reimaginar a jornada do cliente de ponta a ponta.

3. Para competir em um mundo de PaaS, os fornecedores de software terão que justificar suas propostas de valor exclusivas sobre os gigantes da tecnologia – normalmente com base na experiência de domínio ou neutralidade da nuvem.

4. As margens serão mais importantes no mundo pós-COVID-19. Para satisfazer os investidores, os líderes devem equilibrar o crescimento com a saúde dos resultados financeiros.

Principais destaques desta matéria

  • Com maior adoção de SaaS, provedores de software irão encontrar alguns desafios.
  • Segundo a McKinsey, esses fornecedores devem desenvolver uma experiência do cliente positiva, já que as contratantes esperam criar modelos de negócio com ofertas SaaS.
  • Confira 4 tópicos do novo manual de soluções de software destacados pela McKinsey.

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