A crescente necessidade de proteção digital levou à criação do programa Hackers do Bem, que atua no Brasil formando profissionais em cibersegurança com foco na ética e no uso social da tecnologia. O projeto atende a demanda por expertise em segurança da informação em um cenário de crescimento das ameaças digitais, investindo na capacitação técnica de voluntários e apoiadores.
Nos últimos anos, a organização expandiu suas atividades para engajar a comunidade em práticas de segurança cibernética. O modelo de formação engloba oficinas, workshops e um treinamento prático que simula desafios reais enfrentados pelos profissionais de cibersegurança. Segundo dados da entidade, foram cerca de 500 participantes treinados em 2023, com uma expectativa de crescimento de 30% em 2024. Além disso, o programa registra uma taxa de engajamento em projetos voluntários acima de 80%, com atuação em áreas que vão desde a proteção de dados pessoais até o suporte a organizações sem fins lucrativos.
Modelo prático do Hackers do Bem
O treinamento oferecido pela Hackers do Bem é estruturado em um formato que prioriza a experiência prática, preparando os alunos para situações cotidianas de defesa digital. Os módulos incluem temas como análise de vulnerabilidades, práticas de firewall, resposta a incidentes e princípios éticos. Uma característica diferenciada do programa é a ênfase na aplicação direta dos conhecimentos em projetos reais de impacto social.
Com parcerias estratégicas, a organização permite que os participantes atuem em setores essenciais, oferecendo suporte a escolas, ONGs e instituições com menos acesso a esses recursos.
Com o setor de cibersegurança em constante expansão e uma lacuna de profissionais qualificados, a Hackers do Bem visa preencher essa necessidade ao proporcionar acesso à formação gratuita para quem deseja ingressar ou se especializar na área.
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia (ABES) indicam que o Brasil carece de cerca de 300 mil profissionais de cibersegurança, o que impulsiona programas de qualificação a seguirem ampliando suas turmas e adaptando o currículo para se alinhar às novas demandas do setor.
A organização também aposta na formação de uma rede colaborativa. Esse esforço já resultou em projetos de sucesso, como o apoio a pequenas empresas locais para implantação de sistemas de segurança, a participação em mutirões de proteção de dados e a orientação sobre práticas de privacidade digital.
Nos próximos meses, o Hackers do Bem prevê novas turmas com foco em habilidades avançadas, como inteligência artificial aplicada à segurança e monitoramento de ameaças em redes complexas.