Servidores de um data center emparelhados

Qual será a transformação do data center?

3 minutos de leitura

Gartner aponta que empresas com data center próprio irão desativá-los nos próximos anos, mas centros podem se tornar provedores de serviço.



Por Redação em 13/05/2020

Gartner aponta que empresas com data center próprio irão desativá-los nos próximos anos, mas centros podem se tornar provedores de serviço.

Quando você lê a Gartner afirmar que “o data center está (quase) morto”, surge um questionamento: por quê? Até 2025, prevê a consultoria, 80% das empresas irão desligar seus centros de dados tradicionais, enquanto 10% já desativaram.

Esses dados podem ser um choque de realidade, mas que não devem impactar a sua empresa. Até porque, é preciso pensar o seguinte: muitas companhias ainda mantêm seus próprios data centers. Porém, outras não enxergam os processos de TI como parte do negócio.

Ou seja, os custos com infraestrutura são altos uma vez que ter um centro de dados próprio vai exigir uma renovação tecnológica. Constantemente, os líderes precisarão investir em novos servidores e máquinas para manter as operações.

Comprometer o orçamento com esses gastos vai na contramão da transformação digital, em que empresas buscam adotar tecnologias, como a computação em nuvem, ao mesmo tempo que tentam reduzir os custos.

No entanto, se a nuvem é o principal impulsionador da inovação, o que fazer com os data centers tradicionais? “Transformá-los em provedores de serviço”, destaca Claudio Ferreira, gerente de Arquitetura de Data Center e Cloud.


A transformação do data center tradicional

É natural que empresas com data center próprio passem por um processo de transformação, em que elas se tornem clientes de fornecedores desse ambiente para reduzir seus custos com gerenciamento. Em outras palavras, vão passar a ter um modelo de negócio como serviço.

Isso também exige uma adaptação do profissional de TI. Ele deve estar conectado ao negócio da empresa e olhar para o data center como um provedor de serviços que vai atender as demandas existentes.

Pense, por exemplo, numa empresa do varejo e que possui um data center próprio para suportar as transações do e-commerce. Na jornada de transformação digital, ela resolve migrar a maior parte de suas operações para a nuvem.

Embora ela mantenha alguns processos de negócio no centro de dados, a varejista pode adaptar o modelo de negócio para fornecer infraestrutura de TI para ela mesma e para outras empresas que precisem desse ambiente. Isso vai exigir um profissional de TI capaz de gerenciar todas essas demandas como serviço.

“A empresa com um data center próprio pode continuar mantendo ‘em casa’ o teste de sistema por exemplo. Mas, a frase ‘o data center vai morrer’ é no intuito dessa companhia não ter nada internamente e sim ser usuária de serviço, seja de nuvem ou alguma outra modalidade oferecida”, aponta Ferreira.

O que substituirá o data center próprio?

A computação em nuvem pode até ser a primeira opção para substituir o data center. A disponibilidade das plataformas cloud acontece devido a existência de um centro de processamento de dados.

A diferença é que nessa migração, a empresa deixará de ser dona do ambiente e passará a contratar o serviço de grandes provedores.

Esses provedores, como a Embratel, vão oferecer os serviços de nuvem ou de colocation, que explicamos abaixo:

– Serviços em nuvem:
Quando você vai adotar soluções em nuvem, é preciso atentar para itens de disponibilidade e performance. Há situações em que exigem o mínimo de latência, quando, o centro de processamento de dados precisa estar o mais próximo do cliente.

Imagine um e-commerce do Amapá que quer expandir as operações. Ele não pode contratar uma solução em nuvem que esteja alocada em um site em São Paulo com baixa latência. Neste caso, o tempo de resposta dos serviços será maior, consequentemente gastando mais recursos.

Essa proximidade entre empresa e fornecedor abre também mais espaço para a adoção da Edge Computing, que vai garantir o processamento de um grande volume de dados em um tempo menor de resposta.

Colocation:
Você pode não estar pronto ainda para a computação em nuvem, então o colocation pode ser uma opção. Nesse modelo, é possível alugar um espaço físico de um provedor de data center, quando os equipamentos e seu gerenciamento continuam sob sua responsabilidade.

Assim, você terá um ou mais racks trancados em uma gaiola para montar o seu site, podendo gerenciá-lo por conta própria ou até mesmo contratar o provedor para essa tarefa, de acordo com a sua estratégia de negócio.

Data center ou computação em nuvem?

Como é possível perceber, computação em nuvem e data center precisam trabalhar em conjunto. Mas, independentemente de você possuir ou não um centro de dados, migrar para um ambiente cloud vai depender da sua estratégia de negócio.

Por exemplo, startups já possuem uma forte tendência a nascer em um ambiente cloud. Para fazer melhor uso dos serviços oferecidos, é preciso entender em qual estágio de maturidade a empresa  se encontra.

Se este é o seu caso, é possível criar uma “bolha” na nuvem e, aos poucos, migrar os serviços e aplicações para este ambiente.

Nesta jornada, é importante contar com parceiros como a Embratel, que além de ser provedora de soluções cloud e possuir um data center próprio, também faz o intermédio e o fornecimento de parceiros estratégicos (como AWS, IBM e Microsoft) para levar o seu negócio ao próximo nível.


Principais destaques nesta matéria

  • Gartner prevê que o data center está (quase) morto.
  • Mas previsão é para empresas que possuem seu próprio centro de processamento de dados.
  • Neste caso, companhias podem se tornar provedoras de serviços


Matérias relacionadas

industria de chips Conectividade

Governo oferece R$ 100 milhões para estimular indústria de chips no Brasil

Edital Mais Inovação Semicondutores foi lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

cidades mais inteligentes do Brasil Conectividade

Quais são as cidades mais inteligentes no Brasil

Entenda como o Ranking Connected Smart Cities avalia quais são as cidades mais inteligentes do Brasil e como elas estão evoluindo

5g em sp Conectividade

Regulação do 5G em SP avança para 242 cidades

Estado de São Paulo fecha 2023 com mais cidades legalizando a quinta geração de telefonia móvel

conectividade e inclusão digital Conectividade

Conectividade e inclusão digital estão no caminho das cidades inteligentes

Em 2023, 84% dos brasileiros tiveram acesso à internet, mas 29 milhões de pessoas ainda não têm conectividade