Apesar de garantir produtividade e redução de custos, empresas devem estar atentas a algumas abordagens que podem surgir com a adoção de RPA.
RPA é uma realidade nas empresas. Com a tecnologia, muitas delas conseguiram simplificar fluxos de trabalho e criar dashboards com dados que vão fornecer insights na tomada de decisão.
As ferramentas de RPA provaram ser bem-sucedidas em permitir que o computador execute algumas das tarefas mais onerosas que incomodam a todos na cadeia de produção.
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Porém, a tecnologia ainda fornece outras vantagens. Ferramentas de RPA conseguem integrar sistemas legados, adicionando uma nova camada de configuração. Isso vai permitir manipular de forma inteligente o código antigo e ajudar a estender a vida útil desses sistemas.
Sem contar que qualquer pessoa que não seja programadora consegue implantar uma solução. Basta ser capacitada para entender como mudar os processos operacionais que, até então, podem estar apoiados em sistemas antigos.
Todas essas vantagens são bem-vindas para qualquer empresa, por eliminar trabalhos repetitivos, liberar colaboradores para demandas complexas e ver aumento de receita com a diminuição dos gargalos.
Contudo, a adoção de RPA deve ser feita com uma visão holística dos processos. Sem essa visibilidade, muitos líderes podem achar que o uso da tecnologia é o suficiente para resolver todos os problemas.
Abaixo, confira alguns fatores levantados pelo site CIO.com que você deve prestar atenção para evitar problemas com a RPA.
1. RPA e o sistema legado
Como cita o site CIO.com, a RPA é a versão digital da goma de mascar quando o assunto é integrar sistemas legados. Apesar da tecnologia criar uma camada em que é possível programar o código antigo a executar tarefas, ele ainda está lá.
Ou seja, o código legado precisa ser constantemente verificado para que, em um futuro, o fato dele estar possivelmente desatualizado não afetará nas tarefas e produtividade dos robôs.
2. Verificação constante
Verificar o código legado nos leva ao segundo ponto. A RPA pode resolver problemas mais simples de uma empresa, mas as dores mais complexas continuarão. Se a produtividade de um setor melhorou, antes de alocar o orçamento para outra área é preciso confirmar que está tudo ok.
Nem sempre a correção temporária para atualizar um código que gerou um problema pode ser efetivo. Vale a pena questionar se um esforço em organizar um código legado de uma vez por todas resultará em menos gasto de orçamento que atualizações periódicas.
3. Identificar os bugs legados
Se um sistema legado possui falhas, escondê-las com RPA nem sempre é a melhor opção, porque a tecnologia não vai consertar esses erros. Pelo contrário, quando programada de forma inteligente, ela pode ajudar a identificar e interceptar esses bugs.
4. Não colocar tudo na mão de quem não programa
Como citamos no início do texto, a configuração de RPA pode ser feita por quem não entende muito de programação. No entanto, é preciso entender que essa pessoa não deve ser totalmente responsável por qualquer automação na empresa.
Nem sempre essas pessoas conseguem captar a eficácia da tecnologia. Então, sua empresa ainda precisará de programadores, que sabem como manipular computadores e entendem de regras básicas de arquitetura de sistema.
Se o objetivo é escalar a tecnologia, esses profissionais não devem ficar de fora dos projetos.
5. A burocracia vem das pessoas e não da RPA
As ferramentas RPA prometem simplificar os fluxos de trabalho, mas a maioria dos gargalos de processo não tem nada a ver com computadores ou com a tecnologia.
A verdadeira complexidade no fluxo de trabalho vem das pessoas. Se apoiar na tecnologia como uma solução mágica pode cegar sua organização para o trabalho real envolvido na simplificação de seus processos.
Por exemplo, se uma empresa de São Paulo decide que o time do Rio de Janeiro terá a responsabilidade em aprovar o orçamento do mês, a RPA pode organizar e empacotar a documentação para facilitar a equipe nessa tarefa.
No entanto, a RPA não fará a aprovação sozinha e nem vai eliminar esse gargalo operacional. A tecnologia, neste caso, só terá o papel de facilitadora mesmo.
6. Evite muita automação
Um dos perigos é pensar que uma implementação de RPA acelera as coisas a ponto de os problemas passarem pelos colaboradores que presumem que a tecnologia está fazendo todo o trabalho pesado.
Por que perder muito tempo com os detalhes se a tecnologia sinalizará os casos estranhos?
No entanto, não há maneira fácil de automatizar tarefas complexas que envolvem conformidade e proteção contra fraude. São processos que vão demandar outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Machine Learning.
Assim, pensar que somente RPA dá conta dessa complexidade é um erro, porque cibercriminosos podem estudar o sistema para explorar falhas e brechas de uma ferramenta RPA.
Principais destaques desta matéria
- RPA automatiza processos de uma empresa.
- Diminuindo os custos e evitando queda de produtividade dos colaboradores.
- Mas alguns pensamentos sobre a tecnologia podem gerar problemas para as empresas.
- Confira 6 fatores que você deve considerar para não ter dor de cabeça com a RPA.