O Smart Sampa, projeto de monitoramento de segurança na capital paulista, vai receber pouco mais de meio bilhão de reais, aplicados na instalação de 20 mil câmeras de reconhecimento facial. Com duração de 18 meses, o projeto será implementado por um consórcio formado por diversas empresas.
A distribuição dos equipamentos prioriza a Zona Leste da cidade, com 6 mil câmeras. Já a Zona Sul receberá outras 4,5 mil, seguida pela Região Central, com 3,3 mil câmeras e pela Zona Norte, que terá outras 2,7 mil. Com a soma, a primeira fase do projeto envolve a ativação de 16,7 mil câmeras. Os focos do monitoramento incluem unidades de saúde e escolas, áreas de grande circulação e de grande criminalidade.
Câmeras com reconhecimento facial e segurança pública
De acordo com publicação do site Mobile Time, além do monitoramento público, o projeto poderá agregar câmeras privadas, ampliando o total de equipamentos para 40 mil. A lista pode incluir desde os dispositivos instalados em residências e empresas e até mesmo câmeras de concessionárias de serviços públicos.
A integração também acontece com as centrais de forças de segurança – a ser realizada futuramente em um centro de monitoramento no Vale do Anhangabaú, área central da cidade. O centro deverá integrar várias instituições, como a Guarda Civil Metropolitana, que controla o projeto, e empresas de transporte urbano como Metrô e CPTM, além do SAMU e da CET e SPTrans, focadas na área de trânsito, e das políticas militar e civil.
Segundo publicação da CNN, a prefeitura paulistana diz que a captação de imagens de eventuais suspeitos de crimes não será transferida automaticamente para as forças policiais. O processo de análise de imagens deverá passar por um comitê com a participação da Controladoria-Geral do Município. Outro requisito é a obrigatoriedade de 90% de similaridade entre os pontos biométricos da face captados pelas câmeras e as imagens do banco de dados existentes, antes de ser realizada alguma abordagem de segurança.