Até 2026, o mercado global de saúde digital deve saltar dos atuais US$ 29 bilhões ao ano para US$ 59 bi/ano, caso mantenham a média de crescimento anual de 15%. É o que estipulou uma pesquisa recente da Juniper Research, denominada Hospitais inteligentes: tecnologias, adoção global e previsões de mercado para 2021-2026.
Assim como acontece atualmente, os Estados Unidos e a China devem manter a liderança no mercado de telemedicina, representando proporção semelhante à atual, que é cerca de 60%. Ou, em números redondos, dos US$ 29 bi citados, os dois países concentraram US$ 17 bi dos negócios gerados acerca da saúde digital no mundo.
A pesquisa da Juniper destaca que as iniciativas implementas para combate à pandemia nos Estados Unidos e na China, com altos níveis de digitalização na infraestrutura de saúde, mostra como as regiões são líderes no assunto e, por isso, devem usar os seus serviços já existentes de saúde digital para aliá-los à novas estruturações, como as de reembolsos favoráveis. Com isso, esses países – e outros que seguirem a metodologia – poderão fomentar um novo cenário para as implantações de hospitais inteligentes.
Interoperabilidade atrapalha saúde digital na África e América Latina
Por outro lado, locais onde a infraestrutura digital para telemedicina ainda não está consolidada, como a América Latina e a África, o segmento não deve crescer acima de 5%, segundo a pesquisa da Juniper. Isso, claro, se essas regiões não avançarem mais rapidamente com questões primordiais como os registros eletrônicos de saúde, algo que no Brasil está bastante voltado às questões de interoperabilidade.
“O aprisionamento do fornecedor e os requisitos de alto investimento são os problemas mais prevalentes para os provedores de saúde na adoção de serviços hospitalares inteligentes. Em um momento em que as indústrias de saúde ainda estão sentindo os impactos da pandemia global, os benefícios de longo prazo dos serviços hospitalares inteligentes devem ser demonstrados para fomentar a confiança na capacidade desses serviços de garantir um retorno sobre o investimento”, disse Adam Wears, autor da pesquisa