Um estudo recente divulgado pela Dell Technologies mostrou que as empresas latino-americanas estão modificando seus planos de ação e promovendo práticas mais sustentáveis em suas unidades. O Catalisador da Inovação revelou, além de tendências, algumas preocupações do mercado em relação à sustentabilidade, principalmente no que diz respeito ao posicionamento da liderança sobre o tema.
Uma das tendências é o uso de materiais reciclados na operação e produção, como forma de reduzir os impactos ambientais.
Melhorar a eficiência energética também está sendo considerado pela maioria dos líderes das empresas latino-americanas como prioridade. Segundo a Forbes, trata-se da otimização do consumo de energia e no quão isso impactará positivamente nos resultados. Nesse sentido, o estudo revelou o interesse da liderança sobre a procura por novas tecnologias para otimizar o consumo de energia e melhorar a eficiência operacional.
A minimização de resíduos e a economia circular também foram apontadas pelo estudo. “A redução de resíduos e a transição para uma economia circular são compromissos significativos para as empresas latino-americanas”, registrou o relatório.
O estudo também aponta desafios que as empresas devem enfrentar. Entre eles está o fato de mais de 60% das empresas terem declarado “ter dificuldades para cumprir com as regulamentações e padrões de ESG”.
Sustentabilidade das empresas latino-americanas
Para Luis Gonçalves, presidente da Dell Technologies, apesar de parte das empresas terem declarado que possuem uma estratégia própria de sustentabilidade e estejam priorizando o uso de produtos sustentáveis, ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Apenas 38% das empresas estão utilizando dados para entender e reduzir seu impacto ambiental, sugerindo uma área significativa para melhorias em termos de integração de tecnologia para tomada de decisões sustentáveis”, apontou o executivo.
Já no que diz respeito às políticas de proteção ambiental, grande partes dos líderes das empresas latino-americanas estão atentos e executando tarefas que resultam em maior proteção ambiental. Segundo o estudo, cerca de 79% dos profissionais consultados gerenciam seus ambientes de TI de forma mais eficiente. “Isso sugere um compromisso ativo para reduzir os custos energéticos e a pegada de carbono, ao mesmo tempo em que busca otimizar o desempenho das operações de TI”, explicou Gonçalves.
O uso de energia de data centers precisa ser melhorado. A maioria das empresas, cerca de 74%, já estão implementando soluções de resfriamento alternativas, que tem como finalidade reduzir o consumo de energia nos data centers. Em suma, uma demonstração sobre a adoção de práticas mais sustentáveis.
De acordo com o estudo, 73% estão realizando inferência de inteligência artificial para melhorar a eficiência energética. De forma prática, o enfoque descentralizado para a inteligência artificial pode reduzir a carga nos principais data centers, otimizando o consumo de energia.
Multicloud
Aproximadamente 41% dos líderes de TI revelam o anseio de melhorar as questões de sustentabilidade também em ambientes multicloud com intuito de reduzir a pegada de carbono e os custos relacionados à energia para manutenção das nuvens. Nesse sentido, a IA generativa pode auxiliar, sobretudo na otimização de processos.
Apesar disso, quase 60% dos líderes empresariais latino americanos acreditam que a IA tem capacidade para comprometer os esforços de sustentabilidade ambiental. Ou seja: começam a aparecer no cenário os ditos impactos negativos da IA.
O estudo revela ainda que quase 30% dos líderes se preocupam com um possível aumento do consumo de energia, “necessário’ para treinar modelos de IA.