imagem de um homem fazendo uma compra pelo celular shopstreaming

SXSW21: Especialistas apontam shopstreaming como tendência do varejo on-line

3 minutos de leitura

Formato que une experiências físicas e digitais deve ganhar mais espaço no coração dos consumidores. Saiba mais sobre essa tendência



Por Redação em 30/03/2021

Formato que une experiências físicas e digitais deve ganhar mais espaço no coração dos consumidores

O e-commerce foi muito impulsionado pela pandemia do novo coronavírus em 2020.  Inúmeras marcas ampliaram sua presença on-line e se adaptaram para continuar encantando os consumidores longe das lojas e dentro das telas. Uma dessas formas atende pelo nome de shopstreaming. Você já ouviu falar desse (não tão) novo jeito de vender mais?

O shopstreaming foi citado como a tendência para o varejo on-line durante um painel realizado no South By SouthWest (SXSW), um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, como mostrou esta matéria da Época Negócios. Gregg Renfew, fundadora da Beautycounter, David Sandstrom, CMO na Klarna, e Munira Rahemtulla, diretora da Amazon Live, foram unânimes ao demonstrar que este formato, que une experiências físicas e digitais, ganhará mais espaço.

LEIA TAMBÉM: Transformação da experiência do cliente para se destacar no varejo on-line

A mistura da experiencia física com a digital pode ressignificar as vendas

Com tantas mudanças provocadas pela pandemia, a mistura entre o on-line e o off-line virou uma demanda para que as marcas pudessem interagir com o público. Uma prova disso é o sucesso do shopstreaming, que nada mais é do que uma live interativa dentro de uma plataforma de compras. Isso impacta diretamente na experiência do usuário, que se sente parte de algo muito maior do que apenas a experiência de compra.

Para muitas pessoas, a compra pode acabar ficando em segundo plano, e a experiência de interagir e entender mais sobre o produto com pessoas influentes se transforma em algo mais atraente do que o produto em si. “O consumidor é convencido, durante a live, a comprar aquele produto, que está a apenas um clique de chegar à sua casa. É um processo irresistível”, comenta o CMO da Klarna, David Sandstrom.

Essa estratégia é muito comum no mercado asiático, como mostra o UOL, onde a prática é conhecida como livestreaming commerce. Em junho do ano passado o Alibaba, um gigante do e-commerce mundial, vendeu quase US$ 740 milhões em produtos em um único dia usando esse formato de venda.

Talvez você esteja pensando que já viu isso por aí. Sim, o shopstreaming é uma versão “século 21” das televendas. A lógica é a mesma, mas a tecnologia é outra. Afinal, lá na década de 1970, não existiam ferramentas de interação tão instantâneas como as de hoje. Sem contar o alcance e a facilidade em realizar pagamentos no meio digital. Tudo isso na mesma tela!

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Estratégia potencializada por influenciadores

Munira Rahemtulla, diretora da Amazon Live, conta que, para sua empresa, a estratégia deu muito certo quando misturada também com influenciadores. “Fazer show para vender é uma ideia bastante antiga. O que nós fizemos foi adaptá-la para as ferramentas que temos hoje disponíveis e conversar com o maior número possível de pessoas.”

O mais interessante desse tipo de interação com os consumidores é que funciona para qualquer tipo de segmento. “O público já está acostumado a assistir a esses produtores de conteúdo testando e falando sobre produtos. A mensagem fica mais natural. Além disso, eles levam milhares de seguidores para as nossas plataformas”, conta a fundadora da Beautycounter.

Já tem shopstreaming no Brasil?

A resposta é sim. No ano passado, alguns dos principais varejistas do país, como Americanas, Riachuello, Marisa, Shoptime e Chilli Beans, realizaram vendas usando esse formato.

“As visitas em produtos que foram apresentados nas lives aumentaram mais de dez vezes. É uma nova forma de compras. Acreditamos que, em breve, todos os players de mercado estarão nesse negócio”, disse ao UOL Leonardo Rocha, head de marketing da plataforma digital da Americanas.

A Riachuello também testou o shopstreaming em 2020. Nas duas vezes, contou com a presença de influenciadores e artistas para estimular a compra de seus produtos. E tem quem também tenha apostado numa solução mais “caseira”. A marca de óculos e acessórios Chilli Beans recrutou o seu fundador, Caito Maia para apresentar a live. “Ter novos canais de venda já era uma necessidade. Como lançamos uma coleção toda semana e todo mês temos um tema, as lives caem como uma luva”, disse o empresário.

Principais destaques desta matéria

  • SXSW 2021 debate o futuro do e-commerce
  • Shopstreaming é eleito como forte tendência para o comércio eletrônico
  • Formato é um “revival” das televendas de antigamente (só que com muito mais tecnologia)

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