Imagem conceito sobre a tecnologia 4K das televisões

Tecnologia entra nas casas brasileiras

3 minutos de leitura

Entenda as exigências e as limitações na oferta, bom funcionamento da transmissão depende de conexão à internet, que precisa ser rápida



Por Redação em 06/08/2018

A qualidade da imagem é um dos principais critérios para clientes na hora de comprar aparelhos que gravam ou exibem conteúdos visuais. Quando a resolução HD surgiu, com 1280 x 720 pixels, foi considerada uma grande revolução. Depois, veio o Full HD, com resolução de 1920 x 1080 pixels. Agora, é a vez da tecnologia 4K (ou Ultra HD), que se fortalece no mercado e apresenta uma resolução quatro vezes maior que o Full HD.

Mas qual o buzz em torno do 4K? Enquanto o Full HD tem cerca de 2 milhões de pixels na tela, a resolução 4K tem 8 milhões e uma resolução de 3840 x 2160 pixels. É, basicamente, uma transição similar à mudança da definição padrão (das nossas extintas TVs de tubo nos anos 1990) para o HD, que se popularizou nos televisores finos.

Além de TVs, a tecnologia 4K aparece em smartphones, monitores de computador, tablets, consoles de videogame e câmeras. Hoje, a principal fonte de conteúdo em 4K é o serviço de streaming.  Empresas como Netflix e Amazon Prime Video já disponibilizam filmes e séries com essa resolução.

Para além da Netflix, este é o ano em que a transmissão em 4K começou a chegar na casa dos brasileiros pelos canais de TV – apesar de já ter sido testada durante os Jogos Rio 2016, quando a OBS (Olympic Broadcasting Services, na sicla em inglês), em conjunto com a emissora japonesa NHK, gerou, em caráter experimental, imagens em 4K, que foram transmitidas com sucesso por meio da infraestrutura de fibras ópticas da Embratel, instalada no Parque Olímpico.

Agora, o preço dos aparelhos diminui cada vez mais: os primeiros televisores que chegaram ao Brasil em 2013 custavam cerca de R$ 40 mil. Hoje, o preço de alguns modelos já chega a menos de R$ 2 mil. Parte disso foi consequência da Copa do Mundo, evento que sempre impulsiona o consumo de telas – segundo a consultoria GfK, a venda sobe 97% nos anos do mundial de futebol. Esta foi a primeira Copa transmitida em 4K no mundo. No Brasil, graças ao aplicativo da SporTV, exclusivo nas Smart TVs da Samsung.

De acordo com a revista EXAME, a marca sul-coreana registrou crescimento de 412% no mercado de TVs entre janeiro e maio deste ano. A parceria com o canal esportivo foi determinante para o resultado. Uma boa jogada em um país que para quando a Seleção entra em campo.

Em 2014, os fabricantes de TV já tinham expectativa de aproveitar a oportunidade do evento para introduzir a super resolução no mercado. O problema era que as emissoras responsáveis pelas gravações não suportavam essa tecnologia, pois oferecer conteúdo em 4K demanda equipamentos de gravação e transmissão de última geração e caríssimos.

Além disso, um dos maiores desafios para tornar o 4K uma realidade de massa hoje é o delay entre o desenvolvimento do 4K e a entrega de conteúdo. Apesar de o número de programas disponíveis ter aumentado nos últimos anos, o bom funcionamento da tecnologia depende da conexão à internet, que precisa ser rápida. Por isso que o streaming, que não é uma transmissão ao vivo, funciona nesse sentido. A Netflix indica uma conexão com velocidade mínima de 25 Mb/s para assistir a séries e filmes com a super resolução.

Em relação aos celulares, os vídeos gravados em 4K ocupam muita memória. No caso do iPhone 8, um smartphone capaz de capturar imagens Ultra HD, um minuto de vídeo em qualidade máxima exige um espaço de 400 Mb.

Em breve, o sinal analógico será passado no Brasil. O próximo passo é que a excelente qualidade de imagem vença o atraso nas exibições ao vivo e que todos possam gritar gol ao mesmo tempo, na próxima Copa.



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