O consumidor deve estar no centro para garantir o sucesso dos negócios. Esta é a visão de Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e consultor. Segundo ele, a pandemia contribuiu para a mudança de hábitos das pessoas e acelerou a digitalização, e as empresas que ficarem fora desta transformação digital tendem a reduzir seus resultados ou até mesmo desaparecer.
“Apenas para se ter ideia, hoje o Brasil já tem 120 milhões de contas de WhatsApp ativas. O brasileiro é muito aberto à inovação”, afirmou. “Em dois anos, tivemos mais de 25 milhões de novos consumidores digitais”.
Atualmente, 90% dos consumidores consultam a internet antes de fazer uma compra e 80% dos usuários de smartphone utilizam o aparelho mesmo quando dentro de uma loja física, para consultar preços e fechar o negócio. Essa mudança de comportamento exige que os varejistas adotem soluções para facilitar a tomada de decisão do comprador.
5G vai promover uma verdadeira transformação nos negócios
Para Serrentino, a tecnologia tem um papel fundamental nesse processo. “A inteligência de dados permite entender melhor o comportamento e as demandas dos clientes. Ao mesmo tempo, a inteligência artificial e a integração de processos melhorou o supply chain das empresas. E tudo isso será ainda mais acelerado com o 5G”, destacou.
Serrentimo mencionou que é preciso que o varejo passe por uma verdadeira mudança de cultura. “O 5g não é uma evolução do 4G, é outra geração de conectividade, que vai mudar completamente a forma como as empresas operam. Será possível ter a automação de vários processos e novas aplicações serão viabilizadas”, disse.
Real e digital estarão cada vez mais integrados
O especialista lembrou que a pandemia não está extinta, mas sim controlada, e que novas soluções para atendimento são cada vez mais importantes para os clientes do varejo. Por exemplo, o chamado atendimento sem contato, quando o consumidor consegue fazer o seu pedido e pagamento em um totem, sem a necessidade da presença de um funcionário.
“Muitos varejos já estão adotando a solução de autoatendimento, inclusive na área de alimentos”, observou Serrentino. E para garantir a segurança destes pagamentos, várias tecnologias já estão sendo usadas, incluindo a biometria – que traz consigo a necessidade de outras ferramentas para proteção de dados.
“Teremos uso de tecnologia cada vez mais frequente, para resolver qualquer problema do negócio. O varejo terá que tomar decisões sobre tecnologia todos os dias”, alertou.
Em sua opinião, a realidade virtual e o metaverso também estarão cada vez mais integrados ao varejo. “Um usuário de um game que quiser pedir um lanche, por exemplo, não precisará nem sair do fogo e acessar um aplicativo de delivery; basta comprar na unidade da rede que estará no metaverso”, afirmou.