5g realidade aumentada

5G libera potencial da Realidade Aumentada, segundo especialistas 

3 minutos de leitura

A implantação de redes 5G potencializa a Internet das Coisas e tecnologias interativas emergentes, como a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual



Por Redação em 06/02/2023

A implantação de redes de comunicação móvel 5G vai liberar todo o potencial da Internet das Coisas (IoT), além de permitir que tecnologias interativas emergentes, como a Realidade Aumentada e Realidade Virtual, sejam cada vez mais usadas. Conhecida pelas siglas em inglês AR e VR ou ainda pela combinação AR/VR, a dupla de recursos vai fazer parte cada vez mais do dia a dia das pessoas. Especialistas do site Urgent Comm, por exemplo, citam a aplicação da AR/VR em cidades inteligentes. 

De acordo com eles, os recursos vão melhorar a segurança dos cidadãos por meio de ferramentas de segurança alimentadas por IA, aprimorarão a navegação e o mapeamento para os motoristas, além de incrementar a automação de fábricas, as interações comerciais e sociais e outros aplicativos. A publicação lembra ainda que o 5G, amplamente implantado, viabilizará a criação de cidades mais bem equipadas para lidar com emergências de segurança pública. 

A tecnologia de realidade aumentada também é apontada, ao lado da Internet das Coisas e da inteligência artificial, como uma das soluções mais promissoras para as aplicações de cidades inteligentes. “As cidades inteligentes alavancam uma rede de objetos e máquinas interconectados, que usam big data e soluções digitais para melhorar a qualidade dos serviços governamentais e o bem-estar dos cidadãos”, descreve a publicação AR Post, especializada no tema. 

Realidade Aumentada até no para brisa de carros com o 5G

O site explica que a AR funciona sobrepondo informações digitais em ambientes do mundo real. Ao contrário da realidade virtual, não requer equipamentos volumosos como fones de ouvido. Tudo o que se precisa é de um smartphone, que a maioria das pessoas já possui. 

E no caso das cidades inteligentes, a AR pode fornecer feedback constante, permitindo que todos tomem decisões com base em informações, em sua vida cotidiana. Em suma, pode tornar os espaços urbanos mais centrados nas pessoas e melhorar aspectos como mobilidade urbana, segurança pública, saúde pública, turismo e a gestão de ativos. Um exemplo é o emparelhamento de AR com aplicativos de navegação: apenas apontando a câmera do smartphone ao seu redor, as pessoas poderão ter direções para qualquer destino.

Com o avanço do 5G, os motoristas poderão navegar pelas ruas com eficiência usando o AR. O carro pode sobrepor gráficos no para-brisa, mostrando informações de navegação que podem ajudar o motorista. O impacto nos serviços de emergência – de bombeiros e policiais a socorristas em desastres – pode ser ainda maior, começando com a definição de melhores rotas para alcançar emergências mais rapidamente.

Socorristas adotam realidade aumentada 

É o caso dos minutos iniciais, que são críticos para os socorristas, que podem ter informações relevantes o mais rápido possível sobre a situação para tomar decisões melhor embasadas. Como o AR/VR está sendo incorporado ao treinamento de socorristas, as simulações imersivas melhorarão o treinamento e a consciência situacional, o que, em última análise, deve aprimorar os processos de tomada de decisão. 

Isso já acontece na prática, com o AR/VR sendo usado hoje para treinamento médico na Escola de Enfermagem Johns Hopkins, que adota a realidade virtual para treinar os alunos a tomar decisões cruciais e urgentes ao fazer a triagem de pacientes em situações críticas.

Embora a realidade aumentada esteja principalmente associada à indústria de entretenimento e jogos, ela está fazendo um progresso significativo na área da saúde. O potencial desta tecnologia é significativo, especialmente para uma especialidade como a radiologia.

Estudos sobre negligência médica mostram que até 1.500.000 pessoas sofrem lesões não fatais devido a erros médicos a cada ano. Como uma tecnologia aplicada para reduzir erros médicos e melhorar o atendimento e a segurança do paciente, a AR visa auxiliar os médicos com o acesso imediato aos pacientes, ajudando os socorristas com instruções de tratamento e diagnostico da condição atual dos pacientes usando serviços médicos de emergência (EMS).

A tecnologia AR pode ajudar a diminuir custos, usando recursos de telessaúde de vídeo que facilitam a comunicação em tempo real com profissionais médicos remotos, permitindo que os cuidados de saúde aloquem recursos com eficiência. E mais: a AR auxilia no processo de pesquisa e desenvolvimento em empresas farmacêuticas para descoberta de medicamentos e estudo de diversos tipos de doenças. Além disso, a tecnologia é usada para compartilhar informações com outros cientistas que trabalham em locais remotos. 

Conserto de placas eletrônicas com AR

A AR também vem sendo usada na indústria, como é o caso da planta da Ericsson em Tallinn, na Estônia. Nesse caso, os recursos de baixa latência e a conectividade estável do 5G permitem o uso da realidade aumentada para reparar placas eletrônicas. Com esse cenário, os técnicos podem consertar placas eletrônicas sem consultar plantas ou documentos do Word. 

A empresa descobriu que os técnicos gastam cerca de metade de seu tempo em atividades sem valor agregado, como localizar e incluir esquemas a arquivos de layout, quando estão solucionando problemas em uma unidade defeituosa. Eles usam AR para identificar rapidamente partes de uma placa eletrônica que precisam ser consertadas. Isso reduz significativamente o tempo necessário para criar, editar e atualizar esses documentos, treinar técnicos e reparar placas eletrônicas.

Como o céu é o limite para a realidade aumentada, os especialistas destacam a necessidade de colocar a segurança como uma das prioridades de sua adoção. O site especializado AR Post fez um mini guia sobre o assunto e é uma boa dica para quem está se iniciando no tema. 



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