A América Latina pode chegar a 2028 com cerca de 80 milhões de usuários de 5G, segundo a reportagem do site Convergência Digital. Hoje, a tecnologia avança, principalmente em redes metropolitanas, em países como Brasil, México e Chile, que puxam as ativações. Porém, um dos gargalos para o avanço da tecnologia estaria na instalação da infraestrutura de fibra óptica, que é fundamental para suportar a demanda maciça de aplicações, como Internet das Coisas (IoT).
As informações são de José Otero, vice-presidente para a América Latina e o Caribe da 5G Americas. Em depoimento à Convergência Digital, ele comentou que a velocidade de implantação depende da liberação de espectro e da regulação de fusões e aquisições no setor de telecom. Em sua avaliação, os preços de dispositivos móveis tendem a cair, ao mesmo tempo em que a expansão das redes continua.
Outra informação importante é que o Brasil está na liderança de ativação das redes privativas 4G e 5G, ou seja, as infraestruturas proprietárias instaladas em vários segmentos, do setor manufatureiro à segmentos como agronegócios e mineração. Nesse caso, o potencial de aplicações é bastante grande.
No mercado de agro, Otero destaca a possibilidade de uso de sensoriamento de nutrientes e minerais do solo, com base em IoT, otimizando plantio, como é o caso da agricultura de precisão na Colômbia. Nessa área, a mais recente edição da Agrishow, no Brasil, mostrou uma lista de novas tecnologias digitais que devem avançar a partir de redes 4G e 5G.
Já o mercado de mineração tem a possibilidade de usar a infraestrutura de redes privativas para ampliar a segurança de pessoas dentro das minas. Outra aplicação é na otimização de operação mineral, com uso de sensores para avaliar as condições dos equipamentos. Esse tipo de uso já acontece em países como o Chile, de forte tradição mineral.