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Entenda como a transformação digital estabelece nova era às empresas e negócios

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Em termos gerais, a conectividade tornou-se o ponto focal para as empresas líderes em transformação



Por Redação em 05/06/2024

Embora a adoção de práticas digitais pelo setor corporativo tenha aumentado, isso não é suficiente para ditar a transformação digital das empresas. Na maioria das vezes, as organizações buscam essa mudança para o digital no intuito de se tornarem mais ágeis – afinal, estarão eliminando barreiras e otimizando processos. Mas isso traz desafios, como a necessidade de mudança da cultura interna.

De acordo com o International Data Corporation (IDC), cerca de 75% das companhias devem receber aportes em áreas ligadas à tecnologia até 2026. Isso deve promover maior eficiência, desde que todas as equipes estejam engajadas no propósito da mudança.

Mas afinal, o que é a transformação digital nas empresas?

Ao incorporar amplamente tecnologias digitais nas empresas, visando a melhoria da eficiência operacional, as organizações precisam adotar novos modelos de negócios, que resultam na geração de valor aos clientes. A experiência do cliente, portanto, está no centro dos projetos de transformação digital. Dessa forma, o movimento pretende instigar, por meio de tecnologias, cada setor a melhorar algumas questões da operação, como atendimento, relacionamento e entrega. 

Para o co-fundador e presidente da Ci&T nos Estados Unidos, Bruno Guicardi, a missão de transformar digitalmente as empresas inclui “enxergar o potencial da web, das tecnologias que estão vindo com esses novos paradigmas e ajudá-las a se reajustar a esses novos tempos e como podem competir e vencer, considerando um cenário com as novas forças competitivas”, declarou em entrevista ao Próximo Nível

De acordo com a McKinsey, a transformação digital pode ser identificada de algumas maneiras:

  • modelos de negócio: empresas adotam novas formas de operação;
  • conectividade: engajamento amplo em tempo real;
  • processos: foco na experiência do consumidor, com uso de automação;
  • analytics: cultura de dados para melhorar a tomada de decisão.

O impacto da transformação digital nas organizações

A transformação digital nas empresas pode ser notada em todos os setores e níveis operacionais. A cultura organizacional também consolida esse momento.

O primeiro impacto notado foi na inovação de escritórios. Em um passado não muito distante (anos 1990), os “indispensáveis” blocos de pedidos deram espaço aos softwares e planilhas online. Hoje é comum encontrar escritórios com estações de trabalho de última geração, mostrando que as tecnologias digitais são utilizadas para otimizar esforços e ampliar resultados. 

Empresas líderes globais com maturidade digital costumam se destacar em produtividade. Entre tantos indicadores que medem esse sucesso, o crescimento de EBITDA, é um deles. Em alguns casos, chega a ser cinco vezes maior em comparação às outras empresas que não investem em tecnologia.

Em outro indicador, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) afirma que as empresas com maturidade digital são 23% mais lucrativas quando comparadas às concorrentes.

As dinâmicas de mercado também são amplamente atingidas pela transformação digital. Assim, o nível de maturidade digital de uma empresa ou organização dita, não somente o caminho a ser percorrido, mas a trajetória e os resultados que serão apresentados. 

Maturidade digital

Recentemente, a McKinsey publicou um estudo realizado com 124 empresas de grande e médio portes. O objetivo foi entender os efeitos da transformação digital nas empresas brasileiras. A consultoria selecionou empresas de diversos setores e utilizou a ferramenta Analytics & Digital Quotient (A&DQ), para avaliar práticas de gestão críticas para o sucesso da transformação digital e captura de resultados financeiros. E chegou aos seguintes resultados: 

  1. Os líderes digitais apresentam melhor desempenho financeiro;
  2. Em relação à pontuação, os líderes digitais brasileiros estão próximos aos líderes globais. Embora haja disparidade de maturidade entre as empresas pesquisadas;
  3. Empresas líderes em maturidade digital reconhecem a natureza das práticas digitais e se destacam. Já as com menor índice de maturidade se desenvolvem digitalmente de forma isolada;
  4. A maioria das empresas enfrentam desafios relacionados à roadmaps específicos, dados e analytics, retenção de talentos e mentalidade baseada em dados;
  5. A velocidade de transformação digital das empresas está correlacionada ao setor da economia a que elas pertencem.

De acordo com o estudo, as empresas brasileiras líderes têm probabilidade 3,5 vezes maior de ter uma vinculação clara entre o digital e a estratégia do negócio. Outro dado é que estas organizações têm cinco vezes mais chances do que as iniciantes de ter um roadmap de casos de uso detalhado . Dessa forma, conseguem ampliar a estratégia com mudanças estruturais, mesmo que tenham dificuldade de implementação.

Tendências 

Em termos gerais, a conectividade tornou-se o ponto focal para as companhias líderes em transformação, sendo que, acompanhar o comportamento online do futuro cliente é uma tendência que já virou prática em muitos negócios e mercados.

Os dados passaram a ocupar lugar de destaque nos novos negócios e a informação se tornou valiosa. Além de revelar o comportamento de consumo do público-alvo, os dados otimizam ações em busca de assertividade e até possibilitam certa flexibilidade nas tomadas de decisão.

Com a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), novas diretrizes foram estabelecidas para o tratamento de dados pessoais, de modo que o consentimento dos “donos” dos dados tornou-se obrigatório e mandatório para o sucesso das ações online das companhias com clientes. Nessa linha, empresas como Netflix, Tesla, Amazon, Uber, Airbnb têm ressignificado os seus mercados por meio da transformação digital. 

Empresas tradicionais que encararam a transformação digital resolvendo uma série de problemas comprovam que não se trata apenas de ideias inovadoras, mas de modelos de negócios otimizados, que geram lucros considerando a experiência do cliente, com o apoio da tecnologia como facilitadora. 

As automobilísticas Ford, GM, BMW, Volkswagen e Toyota, por exemplo, investiram em tecnologia e otimizaram negócios para criar veículos elétricos, uma tendência do mercado atual. A semelhança em todos os projetos, além das tecnologias digitais, é o foco na experiência do cliente. 

No setor agrícola não é diferente. A John Deere, por exemplo, usa a tecnologia no campo para monitoramento de áreas, mapeamentos e até orientações sobre a otimização de insumos agrícolas para maximizar a colheita. 


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