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ai privacidade chelsea Crédito: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio via Sportsfile – Flickr

Grandes companhias têm papel relevante sobre privacidade

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Chelsea Manning, da Nym, defende responsabilidade das corporações e dos especialistas em manter a privacidade dos usuários



Por Redação em 02/05/2023

A onda de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) é nova, mas a tecnologia em si não é novidade. Essa é a avaliação de Chelsea Manning, consultora de segurança da Nym Technologies, empresa norte-americana focada em soluções de privacidade para sistemas de comunicação e também para transações de criptomoedas. Palestrante do Web Summit Rio, ela foi um dos destaques do segundo dia do evento e conhece bem o assunto, inclusive com passagem pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 

O próprio tema de sua apresentação – IA é melhor com privacidade – deu o tom da necessidade de se compatibilizar os recursos trazidos com a tecnologia com a segurança de dados pessoais. 

“Vamos continuar a enfrentar os problemas de privacidade que temos visto nos últimos 15 anos”, explicou Chelsea. “Com o advento de novos modelos de linguagem também teremos uma grande oportunidade”, completou. Segundo ela, a questão é como os especialistas em tecnologia usam os recursos, inclusive entendendo às limitações éticas. 

Regulação pode aumentar 

“Enquanto estamos construindo essas ferramentas, temos que reconhecer que elas terão um impacto em um grande número de pessoas”, argumentou Chelsea, que defende um padrão ético similar ao dos médicos e de outras profissões que também trabalham com o uso de dados pessoais. 

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Crédito: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio via Sportsfile – Flickr

“Não gostaria de ir a um médico e descobrir mais tarde que ele tem a mentalidade de divulgar as informações”, comparou a especialista a respeito da imensa coleta de dados que é feita pelas tecnologias atuais, a partir de vários mecanismos. 

Apesar de destacar a responsabilidade dos especialistas, Chelsea avalia que o encargo de proteger os dados é de atribuição de todos, inclusive dos consumidores finais. O papel das grandes companhias, no entanto, é relevante. E esse fato tem grande implicação, na medida em que os sistemas regulatórios de muitos países devem mudar para reforçar as questões de privacidade, inclusive com a possibilidade de seguir padrões mais rígidos como os da Europa.

“Temos uma enorme responsabilidade e, se não assumirmos esse papel, os reguladores virão e eles vão reagir de forma exagerada, podendo regular, talvez, de maneiras que não são construtivas ou úteis para o público em geral”, finalizou.

Comunidade de segurança na América Latina 

Além de Chelsea, o COO da Nym Technologies, Alexis Roussel, também participa do Web Summit Rio. Em encontro com a imprensa, ele destacou a importância da comunidade de tecnologia na América Latina e o interesse da empresa na região. Roussel também diferenciou como os dados, culturalmente, têm sido tratados em várias regiões. 

O executivo lembrou que, nos Estados Unidos, os dados são considerados commodities, enquanto que outros países tratam o assunto como um ativo público. Já na Europa o tema é tratado como questão pessoal. Assim como Chelsea, o executivo destacou a importância de regulação a respeito do uso deles. 


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