O avanço das redes de telefonia de quinta geração (5G) depende da expansão de antenas, e a liberação do uso desses equipamentos, por sua vez, está nas mãos das cidades. O tema, que é de legislação municipal, preocupa o setor de telecomunicações. Uma das iniciativas para agilizar a instalação das antenas é o Movimento Antene-se, que acaba de ter a adesão da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
A iniciativa surgiu em 2021, criada por entidades de diversos setores, para incentivar e auxiliar os gestores públicos na atualização das leis de antenas das grandes cidades brasileiras, auxiliando os gestores públicos. É o caso da Abinee, que reúne fabricantes de equipamentos para infraestrutura de redes de telecomunicações, assim como produtores de dispositivos móveis, como smartphones e outros.
Para Humberto Barbato, presidente da entidade, o “avanço nas regulamentações municipais para infraestrutura de telecomunicações deve estar na ordem do dia da indústria e dos gestores públicos e é essencial para a efetiva expansão da tecnologia 5G no país e para promover a conectividade de toda a população”. De acordo com ele, a construção de novas torres para que a cobertura do 5G seja igual à do 4G hoje exige uma nova regulação e investimentos.
5G tem impacto econômico
Ainda de acordo com a Abinee, a ativação do 5G tem um impacto positivo em toda a economia. A avaliação está baseada nos dados da consultoria IHS, que estima que a tecnologia pode gerar um impacto global de US$ 13,2 trilhões e criar 22 milhões de empregos até 2035.
Outros estudos citados por Barbato em informativo oficial da Abinee mostram que o 5G tem o potencial de impulsionar a produtividade em vários setores, promover a inovação e estimular o desenvolvimento de novos serviços e aplicações.
“Temos um cenário de oportunidades para acelerar o crescimento do país com o uso intensivo das novas tecnologias, mas essa expansão depende de infraestrutura, ou seja, da instalação de antenas 5G.”