Os números do mercado de telecom e TI (TIC) indicam que o setor respondeu por 6,5% do PIB em 2023, em função da movimentação de R$ 707,7 bilhões no período. Isso significa um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. E mais: o setor empregava 2,05 milhões de profissionais e também representava 30% do mercado de TIC na América Latina. O país também manteve a posição de 10° maior em produção de TIC no mundo.
Os dados são da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) e fazem parte do Relatório Setorial 2023 do Macrossetor de TIC. Nesse grupo estão as empresas de tecnologia e telecom (TIC), o subsegmento das operadoras de telecomunicações e o chamado TI in House, formado pelos profissionais de tecnologia que atuam internamente em empresas de outros segmentos.
A entidade aponta, ainda, que são esperados investimentos de R$ 729 bilhões em tecnologias de transformação digital até 2027. Esse indicativo positivo explica em parte o volume de profissionais empregados no segmento, que são 4% dos empregos nacionais, tendo agregado 29 mil postos de trabalho em 2023, com média salarial 2,1 vezes maior do que a média nacional.
A Brasscom também destacou que houve uma queda de 15,4% no subsegmento de hardware na área de telecom e TI, mas as outras áreas mostraram um incremento, caso do mercado de softwares (21,6%), serviços (33%), nuvem (25%) e exportações (9%). No geral, o mercado interno para TIC (não inclui nem operadoras de telecom e nem TI in House) foi de R$ 302 bilhões, ou seja, um incremento de 8,4% em relação a 2022.
Conectividade
O documento também traz um balanço da conectividade no Brasil, mostrando que o país tinha 82,8% de usuários com acesso à internet até dezembro de 2022. Trata-se de uma média acima do índice mundial (67,9%) e próxima dos Estados Unidos (88,9%) e Europa (89,2%).
Segundo a Brasscom, o número de usuários de internet aumentou a uma taxa anual de 5,3% entre 2015 e 2022, com a inclusão de 55 milhões de pessoas. Outra tendência é a rota de universalização de usuários entre as classes de menor renda. Na classe C, por exemplo, o percentual é de 85% e, nas classes D-E, ele chega a 66%. Nas classes A e B, a participação é maior, respectivamente, 95% e 93%.