A pandemia acelerou a migração e adoção de tecnologia em nuvem pelas empresas, que precisaram manter as suas atividades mesmo com o distanciamento social. Em função disso, projetos e investimentos de longo e médio prazos ligados a cloud computing se tornaram prioridade absoluta.
Esta é a avaliação da vice presidente para Cloud & Infrastructure Operations na Capgemini Brasil, Juliana Almeida. E, segundo ela, isso proporcionou não somente ganhos operacionais, mas também ambientais. “O setor de TI consome muitos recursos naturais em todo o seu ciclo, o que inclui desde matérias-primas para a produção de hardwares, passando pela energia para o funcionamento dos equipamentos, até o descarte após a sua vida útil, que é muito curta”, defendeu ela em artigo sobre a chamada green TI (ou TI verde).
Apenas 18% das empresas de TI têm estratégia de sustentabilidade
Juliana cita o estudo “Sustainable IT – Why it’s time for a Green revolution for your organization’s IT”, do Capgemini Research Institute (CRI), apontando que, apesar de metade das empresas entrevistadas manterem alguma estratégia de sustentabilidade, somente 18% delas o fazem especificamente na área de TI. Além disso, apenas 15% dos executivos entrevistados adotaram medidas para reduzir a pegada de carbono do hardware de TI. Foram entrevistados executivos de TI e profissionais de sustentabilidade de mil organizações.
O cenário mostra que existe um grande espaço para fornecedores de soluções em nuvem e que as empresas de TI precisam se modernizar. O levantamento destaca que, entre as companhias que apresentam altos níveis de maturidade em TI sustentável, 12%, em média, reduziram seus custos.
Além disso, cerca de 44% afirmaram que suas práticas verdes estavam gerando economia e 61% relataram melhorias em sua pontuação ESG (ambiental, social e governança). Isso se reflete em valorização da imagem corporativa (citada por 61% dos entrevistados) e melhoria no relacionamento com os clientes (mencionada por 56%).