Principais destaques:
– O Boticário lançou duas fragrâncias desenvolvidas a partir de Inteligência Artificial;
– Empresa fechou parceria com IBM e uma empresa especialista em aromas e fragrância;
– Algoritmos de Machine Learning foram usados para a criação das fragrâncias.
Tecnologias emergentes podem transformar diversos mercados e o da perfumaria é um deles. O grupo O Boticário anunciou, no fim de maio, o desenvolvimento de duas fragrâncias feitas com a ajuda de Inteligência Artificial: Egeo ON You (Em Você) e Egeo ON Me (Em Mim).
Para criar os dois perfumes, O Boticário utilizou algoritmos avançados de Machine Learning da IBM Research e a expertise da Symrise, empresa alemã especialista em aromas e fragrâncias, para criar o Phylira, sistema inédito da IBM criado para este trabalho.
O Phylira foi alimentado com milhões de dados – fórmulas, ingredientes, história da perfumaria e taxas de aceitação do consumidor – e a Inteligência Artificial foi responsável por cruzar esses dados e conseguir produtos mais próximos do que O Boticário buscava.
Após dois anos de desenvolvimento, o resultado foi a criação de duas fragrâncias sem gênero específico que levam frutas, flores, especiarias, madeiras e até caramelo e leite condensado. “O que parecia uma combinação totalmente improvável resultou em fragrâncias que surpreenderam até mesmo a nossa equipe”, comentou Alexandre Bouza, head do Boticário, sobre criar uma “alquimia perfeita entre o homem e máquina”.
Outros usos da Inteligência Artificial
Quando a Inteligência Artificial está em pauta, ela é sempre relacionada a TI. Mas a tecnologia vai muito além. Ela pode ser um fator disruptivo da indústria farmacêutica, que tem como barreira criar novos modelos sustentáveis de negócios em meio à transformação digital.
Outro exemplo é a utilização da IA para desenvolver um software capaz de produzir artigos de forma autônoma ou até mesmo de aproximar colaboradores de uma empresa.