Saiba mais sobre as vantagens de um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE) e como conseguir os benefícios dessa estrutura
Sua empresa já iniciou a jornada para a nuvem e, apesar de um ou outro departamento já adotar a tecnologia, ainda há desafios, como ser mais ágil e eficiente na entrega? Como ter visibilidade junto aos fornecedores? E a governança e leis regulatórias? Como gerenciar os custos?
Todas essas perguntas convergem para uma mesma resposta: um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE).
Um CCoE vai reunir uma equipe multidisciplinar de especialistas de diversas áreas de uma empresa. Juntos, esses profissionais criarão uma estratégia para uma adoção bem-sucedida da nuvem, impactando positivamente, também, uma unidade de negócios.
“Essencialmente, um Centro de Excelência em Nuvem nos diz quais são os mecanismos internos que uma empresa tem para garantir que aquele serviço seja entregue com qualidade”, explica Gustavo Villa, gerente de portfólio cloud da Embratel.
Ou seja, os desafios citados no início deste artigo podem ser mitigados quando, em um CCoE, a interdisciplinaridade, a colaboração e a experiência de todas as partes envolvidas são levadas em consideração.
No entanto, implementar um centro de excelência deve começar por passos curtos — até porque a caminhada é longa. Quando isso não acontece, há chances de a estratégia dar errado porque:
- Apesar de haver diversos conteúdos disponíveis sobre o assunto, cada empresa possui uma realidade e é necessário definir objetivos e metas de forma muito customizada.
- Muitas vezes a expectativa é estruturar um projeto grandioso e ao mesmo tempo obter resultados rápidos;
- A governança dá lugar à autoridade;
- Os times envolvidos não têm a flexibilidade de testar tecnologias e entender seus benefícios.
Com essas informações em mãos, é hora de ir para o próximo estágio: planejar um CCoE.
Planejando um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE) em 6 passos
O objetivo de um CCoE é levar um conhecimento profundo da computação em nuvem para todos da empresa, não ficando somente na perspectiva técnica. Principalmente para o time de negócios, que terá maior compreensão sobre como usar serviços em cloudcom segurança, eficiência e economia.
Ter essa visão holística é importante porque, segundo Villa, “você consegue inovar serviços que não necessariamente estão ligados à tecnologia”. A integração de diferentes áreas é uma via de mão dupla, já que todos os envolvidos no projeto conseguem opinar e definir, dentro do CCoE, qual é a melhor solução para um problema.
Até porque, em um CCoE, a governança fala mais alto que a liderança.
FIQUE POR DENTRO: Centro de Excelência em Nuvem: por que você deve olhar para essa tendência?
E para ter os benefícios de um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE), como fazer? São duas as opções: em um voo solo, por conta própria, ou então em um voo “supervisionado”, feito em parceria com um service provider. Neste tópico vamos falar sobre como é possível iniciar essa jornada dentro de casa, com recursos próprios.
Segundo o site TechTarget, é preciso considerar 6 passos na hora de estruturar um Centro de Excelência em Nuvem. Confira!
1. Obter patrocínio e financiamento
A primeira etapa envolve os executivos C-Level. Apesar de eles saberem os benefícios e potenciais da nuvem pública, provavelmente não têm experiência com a tecnologia. A orientação do TechTarget é que esses líderes sejam envolvidos nessa estratégia.
É um envolvimento que vai além da aprovação da criação de um CCoE. Eles devem definir um documento inicial, com metas e objetivos desse Centro de Excelência, e, assim, financiá-lo para que um time comece as operações.
2. Definir a equipe
As áreas de negócios e de TI vão se juntar para definir quem será o líder técnico. Assim que ele for identificado, é a vez de recrutar profissionais de outros departamentos, isso envolve encontrar especialistas em:
- Operações;
- Segurança;
- Infraestrutura;
- Aplicativos;
- Partes interessadas.
Como destaca o TechTarget, inicialmente, os times vão encarar o CCoE como um projeto especial. Isso significa, então, que os profissionais não atuarão em tempo integral, nem com funções permanentes ligadas ao Centro de Excelência em Nuvem até que ele esteja totalmente estruturado.
3. Treinar o time
Depois de os profissionais serem alocados para o desenvolvimento do Centro de Excelência em Nuvem, é importante entender as habilidades em nuvem de cada um. Isso vai permitir identificar lacunas de conhecimento, possibilitando que esses colaboradores sejam capacitados.
Uma sugestão do TechTarget é que esse treinamento venha junto com a possibilidade de esses colaboradores experimentarem e testarem tarefas alocadas em um ambiente na nuvem.
4. Definir um roteiro
Criar um roteiro do projeto é importante para fornecer políticas e orientações uniformes para todas as partes envolvidas. À medida que os times ganham maturidade dentro do CCoE é possível definir quais serão os próximos passos.
“A estratégia deve ser pensada a longo prazo, mas a gente deve começar pequeno, por partes”, afirma Villa. Apesar do desejo de querer tecnologias em nuvem em toda a empresa, as organizações podem pensar em um planejamento que cresça em módulos, por exemplo:
- Identificar cargas de trabalho que possam ser migradas;
- Implementar padrões de monitoramento e relatório;
- Traçar estratégias de recuperação de desastres e continuidade de negócios;
- Atualizar sistemas de gerenciamento de configuração.
Todos esses objetivos, segundo o TechTarget, podem variar ou ser atualizados à medida que novos desafios aparecem ou a equipe cresce.
5. Ganhar credibilidade
Ao finalizar diversos projetos para demonstrar o valor da nuvem pública e do próprio CCoE, os times envolvidos vão construir sua reputação e experiência. Essa experiência será essencial para documentar e atualizar as políticas e melhores práticas, permitindo otimizar o uso e a governança da nuvem.
6. Ter uma visão de longo prazo
Com um CCoE já estabelecido dentro da empresa, é o momento de avaliar os detalhes que foram definidos no início do projeto, mas deixados de lado enquanto o time ainda ganhava maturidade com o centro de excelência em nuvem.
Conforme o projeto for avançando e a equipe evoluindo, a organização consegue expandir a atuação do CCoE até que toda ela esteja transformada.
Por exemplo, a “migração de aplicativos mais complexos ou o desenvolvimento e implantação de aplicativos nativos em nuvem”, cita o TechTarget.
Por sinal, não deixe de ler este artigo do Mundo + Tech, que aborda como ser uma empresa nativa em nuvem. Clique aqui.
Toda empresa pode ter um CCoE?
Pode, mas a grande questão é quanto dinheiro há disponível no orçamento para desenvolver um CCoE dentro de casa e com um time próprio. É aqui que começa a outra opção de caminho dessa jornada: opção do voo supervisionado.
O mercado já conta com service providers, como a Embratel, quando o assunto é ter as melhores práticas da computação em nuvem.
São provedores que oferecem apoio consultivo e profissionais que, em um esforço integrado, vão mapear pontos importantes em que a nuvem pode ser mais bem trabalhada. Implementar um Centro de Excelência exige mudanças culturais na empresa e investimento em tempo e recursos.
Mas, em meio à constante evolução das tecnologias em nuvem e à escassez de talentos, sua empresa pode não ter mão de obra qualificada para esse desafio. E, tudo bem.
Olhar provedores como parceiros ajuda na capacitação desses profissionais e na entrega contínua de serviços em nuvem com qualidade.
Independentemente do objetivo, seja de criar novas experiências ao cliente ou migrar as aplicações para a nuvem, esses provedores podem fornecer as melhores práticas, que ajudarão a quebrar as barreiras culturais e organizacionais, garantindo o melhor uso da nuvem e mais agilidade para sua empresa.
Principais destaques desta matéria
- Apesar de muitas empresas estarem na nuvem, elas ainda encaram desafios de visibilidade, governança e gerenciamento de custos.
- Porém, um Centro de Excelência em Nuvem (CCoE) pode ajudar a traçar metas e objetivos para mitigar essas dores.
- Existem dois caminhos para contar com os benefícios dessa estrutura: sozinho ou apoiado por um service provider.