Novo satélite Star One D2 da Embratel tem maior potência, regionalizando o conteúdo e permitindo ao setor de mídia segmentar a publicidade de acordo com o local.
A final de um clássico campeonato de futebol é um daqueles eventos transmitidos via satélite que são muito importantes para a TV aberta. Afinal, é muita gente reunida na frente da telinha ao mesmo tempo.
Em 2019, a vitória do Flamengo sobre o River Plate na final da Taça Libertadores da América rendeu à TV Globo uma grande audiência no país. Números do Ibope, à época, mostraram que a audiência no Rio de Janeiro e em São Paulo, dois dos principais mercados do país, foi maior do que a registrada nas últimas quatro finais de Copa do Mundo.
Agora, já imaginou se o sinal da transmissão tivesse caído bem na hora em que o Flamengo já nos minutos finais da partida, fez os gols da vitória de virada que deu o título ao clube? Uma tragédia tanto para o torcedor quanto para a emissora que estava transmitindo e os anunciantes que investiram para expor a marca para tanta gente junta ao mesmo tempo.
Ainda bem que existem os satélites para que momentos como esses sejam possíveis de ser acompanhados ao vivo e sem interrupções, independentemente do lugar em que o telespectador esteja. Torcedor, anunciantes e emissoras, todos ficam felizes.
Essa felicidade é possível porque as emissoras utilizam a banda C desses satélites para distribuir seus sinais tanto para as afiliadas quanto para headhends (central de transmissão e recepção de sinais) de TVs por assinatura.
Porém, apesar de a banda C ser a responsável na transmissão de sinais que chegam aos lares, há ainda um desafio: como regionalizar o sinal e conseguir segmentar a publicidade para gerar novas receitas?
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Se você acha que a propaganda na TV aberta se tornou uma realidade distante por conta das redes sociais e internet, não se engane. A Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017-2021 da PwC mostrou que o mercado brasileiro de mídia deve chegar a US$ 43,7 bilhões em 2021.
Embora as mudanças de hábitos de consumo dos espectadores tenham levado anunciantes e emissoras a repensarem suas estratégias, a TV aberta ainda tem potencial de atingir os lares com publicidade. Dados do Conselho Executivo de Normas-Padrão (CENP) mostram que, de janeiro a setembro de 2020, foram investidos R$ 4,8 milhões em mídia na TV aberta, 54,1% de todo o valor gasto em publicidade.
O alto poder de alcance da TV aberta, presente em 96,4% dos lares brasileiros, ajuda a explicar essa preferência. E só é possível estar presente em praticamente todas as casas brasileiras graças às antenas parabólicas. Segundo a PNAD Contínua 2018 – TIC, no Brasil, 21,5 milhões de famílias brasileiras recebem a transmissão aberta de TV exclusivamente via satélite. A parabólica é, por assim dizer, uma parte importante na integração nacional.
A chance de impactar esses lares aumenta ainda mais com o Star One D2, o novo satélite que a Embratel vai lançar ao espaço no terceiro trimestre de 2021.
O novo satélite da Embratel traz como grande diferencial maior potência de banda C, a mais indicada e utilizada transmissões de vídeo por causa da sua alta disponibilidade. Essa potência a mais irá melhorar a transmissão do sinal de televisão no Brasil, além de ajudar as empresas de mídia no árduo desafio de cortar custos ao mesmo tempo em que a qualidade da transmissão precisa ser mantida e até melhorada.
“O satélite que temos hoje na posição 70° oeste [a posição preferida das emissoras de TV] estará operacional até o fim de 2024. Já que era preciso construir um novo e a tecnologia evoluiu desde o nosso último modelo, nós decidimos que iríamos lançar um satélite mais moderno e com mais potência na banda C”, explica José Antonio Gonzalez, gerente de produtos e projetos especiais de Redes Satélite da Embratel.
Potencializando o negócio com o satélite Star One D2 da Embratel
O satélite Star One D2 da Embratel oferece alguns benefícios para o setor de mídia. E, aqui, estamos falando não apenas das emissoras de TV, mas também das empresas que querem anunciar em canais abertos para expandir sua presença no mercado.
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“Por conta da potência quatro vezes maior do Star One D2 em relação ao satélite atual, as emissoras de TV vão conseguir enviar a sua programação com qualidade HD, mas com menor uso de capacidade de megahertz, reduzindo também os gastos dos recursos com transmissão”, explica Gonzalez.
Por exemplo, se, hoje, uma emissora precisa usar 9 megahertz de um dos satélites que estão em órbita para realizar suas transmissões, com o Star One D2, ela conseguirá enviar o mesmo conteúdo com a mesma qualidade, porém usando menos capacidade (metade ou um terço, a depender da estratégia do broadcaster).
Algumas oportunidades surgem quando as emissoras utilizam menos capacidade de megahertz. Dentre elas a possibilidade de segmentação geográfica, uma vez que o uso de sinais menores permite que as emissoras adotem também sinais mais regionalizados.
Assim, uma emissora com diversas afiliadas consegue promover melhor a programação local. Ou até mesmo uma empresa com sinal nacional consegue entrar no mercado regional, já que ela terá economia no orçamento, podendo encontrar novas formas de receita.
Outro ponto são os pequenos canais, geralmente disponíveis na TV paga. A partir do momento que grandes emissoras utilizam menos banda de transmissão, haverá maior disponibilidade de espaço para que elas consigam aumentar o público e, com isso, o número de anúncios.
O que nos leva aos anunciantes. Com uma maior variedade de canais chegando a um número maior de residências, empresas de diferentes setores terão mais espaço para apresentar seus produtos e serviços, atingindo a uma massa que ainda encontra na TV aberta uma fonte de informação, entretenimento e contato com o mundo.
Acelerando a digitalização das parabólicas com o Star One D2
Como dito no tópico anterior, o satélite Star One D2 da Embratel tem uma potência quatro vezes maior que o Star One C2, atual satélite em órbita na posição 70° oeste. Esse ganho de potência vai levar mais qualidade para as parabólicas profissionais (como a emissora que faz a transmissão de um evento esportivo). Além disso, a banda Ku, também presente neste novo satélite, terá um papel relevante na digitalização das parabólicas.
Assim que ocupar essa hot position, o satélite Star One D2 vai abrir espaço para uma maior oferta de canais
para a distribuição profissional de vídeo. Ao mesmo tempo, a digitalização em banda Ku irá “melhorar ainda mais a qualidade das imagens transmitidas para as residências brasileiras”, como explica Gustavo Silbert, Diretor Executivo Embratel Satélites.
Uma das vantagens para as emissoras, segundo o executivo, é que a tecnologia permitirá a aceleração do processo de digitalização dos sinais analógicos e a maior oferta de canais de alta definição (HD) com custos mais baixos e antenas de recepção menores. Ou seja, tanto emissores quanto consumidores acabam ganhando com esse avanço na tecnologia de satélites.
E a perspectiva para o futuro?
Com 21,5 milhões de lares que ainda recebem transmissão via satélite, emissoras e anunciantes terão o desafio de entender como impactar e como comercializar para esse público. Porém, um satélite novo, como o Star One D2, ajuda nessa jornada.
Isso porque as afiliadas poderão inserir a programação regional para atrair anunciantes locais, atingindo um público específico. “A programação regional de uma emissora ocupava duas a quatro horas da grade diária. Agora esse tempo aumentou bastante, podendo chegar até a 8 horas”, comenta Guilherme Saraiva, diretor de vendas da Embratel Satélites.