A internet móvel 5G será responsável por criar novos produtos e serviços que necessitam de uma expansão em datacenters. O avanço da capilarização do 5G no Brasil resultará em uma nova demanda por armazenamento e processamento de dados, provocada pelo uso de dispositivos de tecnologias disruptivas como realidade virtual, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial. Para atender essa expansão, empresas que controlam datacenters em todo o país apostam na ampliação dos serviços e no aumento da capacidade de armazenamento de informações.
A Odata, por exemplo, fornece infraestrutura para datacenters na América Latina e, em sua última rodada de investimentos, captou US$ 35 milhões para expandir os negócios.
Somente em datacenters na América Latina, a Odata investirá R$ 2,4 bilhões, sendo que quase metade deste valor será destinado ao centro de processamento e armazenamento de informação da empresa no Brasil, localizado em Hortolândia (SP). A empresa prevê ainda a construção de uma nova unidade de datacenter no Rio de Janeiro (RJ).
Alguns investimentos em expansão de datacenters no Brasil
Outra empresa que está investindo em datacenters no Brasil é a Equinix. Até o final de 2022, a empresa de infraestrutura prevê aporte de US$ 7 milhões no datacenter conhecido como SP5x, que está localizado em São Paulo.
Enquanto isso, a Ascentry afirma que pode gastar R$ 1,5 bilhão na expansão de datacenters no próximo ano. Somente no Brasil, a empresa possui 18 centros de armazenamento de dados.
Em entrevista ao Valor,Marcos Peigo, CEO da Scala Data Centers, explicou que o 5G será responsável por uma mudança significativa nos centros de dados. Com as novas tecnologias avançadas, as redes curtas demandam datacenters localizados próximos aos usuários.
Ele fala ainda sobre como o 5G impulsionará a adoção de tecnologias disruptivas e ferramentas como telemedicina, streamings de vídeos e até o uso de carros autônomos.
“O 5G vai impulsionar o uso de IoT, streaming de vídeo, telemedicina, carros autônomos e aplicação de hiperlocalização e hiperpersonalização.”